Exercício de Escrita terapêutica.
Exercício proposto por um grupo de escritores.
CARTA AOS MEUS SETE ANOS
Caro Juliano. Estou no futuro. Te escrevo esta carta a tu que estás com sete anos. Hoje temos quarenta e cinco anos. Estamos no ano de 2025. Em pouco mais de dois meses faremos quarenta e seis.
Lembro-me até hoje que pedimos um pega do cigarro do pai aos sete anos na frente de casa. Ele nos deu o cigarro queimando e disse: "Toma pra ver como é ruim".
Estamos conseguindo parar de fumar. Já fizemos isto duas vezes por mais de ano. Três anos entre os trinta e os trinta e cinco. Também durante o ano de 2023 inteiro.
Também lembro que ganhamos um vinil do mano da trilha sonora do filme Trinity no nosso aniversário de sete anos. Até hoje ouvimos a música do Colt 45. Pois esta é nossa idade hoje. Que chamo de Calibre.
No primeiro verso do Salmo 45, diz "... minha língua é a pena de um destro escritor".
Acredite. Somos um escritor que publicou seis obras individuais impressas, alguns artigos acadêmicos quando fizemos mestrado e participamos de mais de cem antologias impressas. Autografamos em algumas feiras do livro. Somos graduados em Jornalismo. Membros Correspondentes da Academia de Letras, Música e Artes de Salvador. Também fomos membros da Sociedade Partenon Literário.
Bastante aconteceu desde os nossos sete anos. O pai desencarnou quando tínhamos dezesseis. Na mesma idade começamos a morar sozinhos. Estudamos as Religiões, o Espiritismo e a Magia.
Aos doze anos nos batizamos no Grande Oriente do Brasil. Aos vinte e sete anos nos crismamos no dia em que o Inter tornou-se campeão mundial de clubes. A mãe estava lá. Ela está bem.
Aos trinta anos fomos estudar inglês na Inglaterra. Moramos em Cambridge. Também conhecemos Londres, Edimburgo, Roma, Vaticano e Paris.
Quero que saibas que aqui no futuro estamos bem. Te guardo no peito até hoje. Sempre guardarei.
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