segunda-feira, 14 de julho de 2025

Carta aos meus sete anos


Exercício de Escrita terapêutica.
Exercício proposto por um grupo de escritores.

CARTA AOS MEUS SETE ANOS

Caro Juliano. Estou no futuro. Te escrevo esta carta a tu que estás com sete anos. Hoje temos quarenta e cinco anos. Estamos no ano de 2025. Em pouco mais de dois meses faremos quarenta e seis.

Lembro-me até hoje que pedimos um pega do cigarro do pai aos sete anos na frente de casa. Ele nos deu o cigarro queimando e disse: "Toma pra ver como é ruim".

Estamos conseguindo parar de fumar. Já fizemos isto duas vezes por mais de ano. Três anos entre os trinta e os trinta e cinco. Também durante o ano de 2023 inteiro.

Também lembro que ganhamos um vinil do mano da trilha sonora do filme Trinity no nosso aniversário de sete anos. Até hoje ouvimos a música do Colt 45. Pois esta é nossa idade hoje. Que chamo de Calibre.

No primeiro verso do Salmo 45, diz "... minha língua é a pena de um destro escritor".

Acredite. Somos um escritor que publicou seis obras individuais impressas, alguns artigos acadêmicos quando fizemos mestrado e participamos de mais de cem antologias impressas. Autografamos em algumas feiras do livro. Somos graduados em Jornalismo. Membros Correspondentes da Academia de Letras, Música e Artes de Salvador. Também fomos membros da Sociedade Partenon Literário.

Bastante aconteceu desde os nossos sete anos. O pai desencarnou quando tínhamos dezesseis. Na mesma idade começamos a morar sozinhos. Estudamos as Religiões, o Espiritismo e a Magia.

Aos doze anos nos batizamos no Grande Oriente do Brasil. Aos vinte e sete anos nos crismamos no dia em que o Inter tornou-se campeão mundial de clubes. A mãe estava lá. Ela está bem.

Aos trinta anos fomos estudar inglês na Inglaterra. Moramos em Cambridge. Também conhecemos Londres, Edimburgo, Roma, Vaticano e Paris.

Quero que saibas que aqui no futuro estamos bem. Te guardo no peito até hoje. Sempre guardarei.

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