sábado, 31 de março de 2012

Assuntos polêmicos


Chegamos ao ano eleitoral e já é possível começar a estudar as possibilidades de voto. Apesar de hoje em dias muitos dos eleitores escolherem seus candidatos pela pessoa, e não pela sigla, o partido continua sendo importante nesta decisão. São os partidos que definem a aprovação de projetos por parte dos vereadores. Neste sentido alguns assuntos polêmicos fazem a diferença nesta escolha. Vou citar apenas três temas polêmicos para que possamos ter uma ideia.

O primeiro assunto que gostaria de enumerar é a questão do aborto. Muitas vezes condenado pelas religiões e contestado por alguns médicos, os abortos pré-natais são realidade em nossos dias, mesmo que realizados de forma ilegal e perigosa. A questão do aborto precisa ser estudada principalmente  nos casos de estupro e em casos de gravidez onde há risco de vida da gestante e filho. Estes casos são exceções e merecem nossa atenção.

Outro tema que merece destaque é a descriminalização das drogas. Como a maconha por exemplo. Todos sabemos que as drogas ilícitas fazem mal a saúde. Física e mental. Assim como o álcool e o tabaco. E, sobretudo, o tráfico serve para financiar o crime organizado. A legalização da maconha e criação de zonas de consumo legal, como na Holanda, acabaria com o tráfico. De outro lado, sabemos que a proibição não acabou, e nunca irá acabar com o consumo. Neste sentido o usuário não deve ser tratado como um criminoso, mas sim encaminhado a tratamento. Contudo, os traficantes continuam sendo criminosos. Pois além do comércio ilegal, sem o pagamento de impostos, contribuem de certo modo para a morte de inúmeros usuários além de financiar outras formas de crime. Deve ser levado em consideração que no plantio ilegal da maconha por exemplo são utilizados agrotóxicos que por vezes são até mais prejudiciais que a própria canabis. Talvez o plantio legal e fiscalizado pudesse acabar com este detalhe fatal.

O terceiro tema que gostaria de compartilhar é a questão do casamento gay. Sabemos que os homossexuais, assim como outras minorias, são discriminados por sua opção sexual. Por vezes visto até mesmo como doentes. Na Argentina, assim como em outros países, o casamento entre pessoas do mesmo sexo já é oficial há algum tempo. Esta é uma questão a ser revista em nosso país.

Neste sentido precisamos estudar as opções de voto. Pois por trás dos candidatos, existem siglas que defendem determinadas ideologias. Esta é a melhor maneira de ter certeza de que seus princípios e interesses serão defendidos no poder. Faça a melhor escolha.

J.P.D.


sexta-feira, 30 de março de 2012

Identidades e diferenças


Como já dizia o Sociólogo francês Michel Maffesoli, 'vivemos no tempo das tribos'. Tribos estas que não se resumem em aglomerados e grupos reunidos por suas afinidades e interesses comuns. Ainda sobre as tribos, hoje em dia ouvimos muito falar em identidades. Diferenças que nos fazem iguais. Com o sentimento de pertencer a um grupo de estilo, cultura ou padrão de pensamento. Contudo muito daquilo que nos distingue também nos une; Naquilo que uma banda gaúcha de rock da década de oitenta, chamada 'Os Eles', já retratava, na época, na letra de uma de suas músicas: 'Quem quer diferente, diferente se encontra, com todos os outros igualmente diferentes'.

As diferenças que nos unem e nos dividem vão desde o sexo, a faixa etária, a etnia, a classe social, a religião, a visão política, o gosto musical, a moda e até mesmo o time de futebol para o qual torcemos. Num universo heterogêneo e cosmopolita globalizado, onde o samba convive com o rock e o tango, precisamos aceitar a convivência pacífica de punks, emos, grunges, hippies, rastafáris, crentes e ateus. Neste sentido é necessário respeitar nossas diferenças dentro de nossas semelhanças. Pois mesmo dentro da diversidade todo homo sapiens é mamífero, bípede, vertebrado, pluricelular, sexuado e racional.

Neste contexto devemos observar os direitos humanos à moradia, à alimentação, à saúde, à escola e sobretudo à liberdade de expressão. Na era da inclusão social, infelizmente ainda é há exclusão das minorias. E a discriminação dos ditos 'diferentes'. Já dizia o Doutor em Sociologia do Direito, Boaventura de Souza Santos: "As pessoas têm o direito a serem iguais sempre que a diferença as tornar inferiores; contudo, têm também direito a serem diferentes sempre que a igualdade colocar em risco suas identidades". Realmente precisamos refletir sobre isso.

J.P.D.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Desenvolvimento pedagógico da educação

Em tempos de convergência midiática, globalização da cultura, lutas pelos direitos humanos e comunicação total precisamos rever nossas metodologias pedagógicas. O jovem de hoje é muito mais ativo. Em um mundo onde a maioria das previsões é incerta. Um mundo em que a cultura global se mundializa sufocando as culturas locais; Mas, também, um universo de soluções locais para problemas globais e vice versa. Neste ambiente os jovens (alunos) precisam ter mais espaço para interagir com o processo pedagógico da educação nas escolas.

Há muitos anos a indústria cultural, assim como os acadêmicos da educação e comunicação, tem originado inúmeros estudos que buscam primeiramente entender a cultura e os grupos sociais. A arte, a música, o cinema, e mais recentemente a internet, tem se tornado objeto de estudo de pesquisadores do mundo inteiro. Assim como os grupos de indivíduos e tribos inseridas neste processo de apropriação cultural de bens simbólicos e tentativa de inclusão social.

É notável que a escola atual carece de um apresentação mais encorpada destes termos para os alunos. Falo dos jovens do ensino fundamental e do nível médio, assim como universitários dos primeiros anos. Tratar de temas que fazem parte do cotidiano do jovem, como a música, o cinema e a internet. Poderíamos facilmente incluir neste conjunto de interesses as redes sociais virtuais, os mangás e até mesmo os games em rede. Pois esta é de fato a cultura vigente na década atual.

Acredito ser interessante que a escola aja em em conjunto com os alunos na elaboração do currículo. Seria interessante se os alunos pudessem manifestar-se em relação aos assuntos de seu interesse. O que gostariam de estudar. Que atividades de fato fazem parte de suas vidas. Que cultura consomem. E em de quais tribos participam. Esta é uma alternativa para a inclusão social das minorias. Ou digamos, dos  ditos 'diferentes'.

É necessário abordar em aula assuntos como a discriminação social, Seja ela de sexo, grau, gênero ou classe. Assim como as diferenças culturais. Que vão desde o gosto musical, estilo de vestir, linguagem e outros itens que definem as tribos. Tais caraterísticas devem ser compartilhadas, compreendidas e colocadas em comunhão, para que os jovens sintam-se mais semelhantes contrapondo as possíveis diferenças. E assim, sucessivamente desenvolvendo uma melhor convivência.

Será preciso resgatar a cultura, e implementar novas formas de inclusão cultural. Lembro do tempo das disciplinas de Moral e Cívica e OSPB. Particularmente lembro de uma apresentação de slides que assisti em uma aula de ciências, ainda no extinto primeiro grau, onde meus colegas e eu, então alunos da oitava série, tivemos uma aula sobre sexualidade, doenças sexualmente transmissíveis e uso do preservativo. Também lembro de palestras sobre os males do tabagismo e o perigo das drogas. Temas como estes devem ter maior abordagem na escola, pois fazem parte de nossa realidade. A escola precisa educar o jovem para que ele esteja apto a sobreviver no mundo em que vive.

Enfim, será preciso rever não só os currículos, mas o formato pedagógico da educação. A construção social do conhecimento e da cultura deve se dar de forma conjunta com o aluno. O aluno precisa participar de forma ativa, pautando seus interesses e colocando suas necessidades de aprendizagem. Desta forma a pedagogia chegará mais perto de suprir a demanda de informações dos jovens, oferecendo a eles ferramentas de maior utilidade na caminhada.
  

J.P.D.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Show no Largo Zumbi dos Palmares


Nesta quarta-feira teve show no Largo Zumbi dos Palmares em Porto Alegre. Os shows fizeram parte da semana de comemoração dos 240 anos de Porto Alegre. Tocaram por lá Nando Gross, Bidê Ou Balde e Papas da Língua. E também teve a apresentação do humorista Guri de Uruguaiana.

J.P.D.

Cursos gratuitos com bolsa


Com o apoio da Petrobras, a ANP e o Ministério de Minas e Energia,  a partir do dia 7 de abril, estarão abertas as inscrições para o PROMINP (Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural). Serão oferecidos cursos gratuitos na área de Petróleo e Gás. Com bolsa auxílio mensal de R$ 300 a R$ 900 para alunos desempregados. São mais de 11 mil vagas em 14 estados. Em Porto Alegre as inscrições podem ser feitas na Rua Dr Flores 385 até o dia 12 de abril. Maiores informações no site da PROMINP ou pelo fone 0800 7012028.

J.P.D.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Acústicos e Valvulados na Usina


Após a banda Tópaz tocar foi a vez dos gaúchos dos Acústicos e Valvulados fazerem o show. O pessoal cantou e dançou as músicas da banda. O show que terminou próximo das 20 horas, fez parte da programação   das 24 horas de cultura dentro da comemoração dos 240 anos de Porto Alegre. Durante a semana ocorrerão outros shows e atividades culturais na cidade; Saiba mais no site da programação.

J.P.D.

Tópaz na Usina do Gasômetro


O show da banda Tópaz movimentou ontem a Usina do Gasômetro. A Tópaz começou o show as 17:30 após  a apresentação do músico Nei Van Sória. Devido a uma indecisão, do tipo se vou ou se fico, acabei saindo de casa neste horário; Cheguei à Usina uns 10 minutos após o início da apresentação da banda. Depois ainda teve show dos Acústicos e Valvulados.


J.P.D.

sábado, 24 de março de 2012

Maria Rita interpreta Elis Regina


Neste sábado Maria Rita interpretou sucessos de sua mãe, Elis Regina, no palco do Anfiteatro pôr-do-sol. O público compareceu em massa para prestigiar o evento que faz parte da série de shows comemorativos do aniversário de 240 anos de Porto Alegre. No vídeo acima Maria Rita interpreta a música águas de março de Tom Jobim. Durante esta semana serão inúmeras atrações espalhadas pela cidade. Confira a programação completa no site da Prefeitura de Porto Alegre. 

J.P.D. 

Contos de Paz Dornelles


Entre poetas e políticos

Era seis da tarde de uma sexta-feira qualquer. Tomava meu chimarrão e ouvia a programação da noite de Porto Alegre em um programa de rádio. Ouvi um estrondo na rua, como se fosse um trovão. Mas era um dia de sol e céu azul. Era apenas o gerador da rua que havia estourado. O ventilador, o rádio e o computador desligaram automaticamente. Então falei para mim mesmo lembrando Drummond. ‘E agora José; A luz apagou. A festa acabou’. Deitei no sofá e adormeci.

Minutos depois acordei. A luz ainda não havia voltado. Espreguicei-me. Olhei para o lado. E tive uma surpresa. Meu corpo ainda estava dormindo sobre o sofá. Perguntei-me se aquilo era um sonho. E parafraseando Quintana, refleti: ‘Tudo passa. Eu passarinho’. Neste exato momento um passarinho entrou pela janela e pousou sobre mesa onde começou a saborear algumas migalhas de pão que ali estavam.

‘Toc, toc, toc’. Alguém bateu a porta. Para minha surpresa chegavam para me fazer uma visita nada menos que Mário Quintana e Carlos Drumond de Andrade. Quintana logo perguntou: ‘Ainda tem chimarrão?’ Falei que sim, ainda surpreso;  E sem saber o que estava acontecendo, fui lentamente fechar a porta. Drummond disse: “Espere o Érico’. Perguntei: ‘Érico?’. ‘Sim, Veríssimo’. Disse Quintana.

Bom, a sociedade dos poetas mortos estava completa. Acomodei o pessoal pela sala e começamos a conversar. Um deles me disse: ‘Fiquei sabendo que és poeta’. Seguido dos outros que comentaram: ‘Estamos acompanhando seu trabalho’.’Me fale um pouco de você’.

‘Moro em Porto Alegre desde a virada do milênio. Sou natural da fronteira. São Borja. Terra de Jango e Getúlio. E também onde enterraram o Brizola.’ Neste exato momento ouvi um barulho no quarto. Falei aos poetas: ‘Esperem um momento, vou ali ver o que é...’. Quando entrei no dormitório estavam ali Brizola, Goulart e meu falecido pai. Brizola me disse: ‘O Vargas não pode vir, estava com dor de cabeça. Mas mandou um abraço.’. Meu pai falou: ‘tudo bem com você... Só estou acompanhando o pessoal’ Convidei-os então a uma rodada de chimarrão: ‘Vamos até a sala tomar um mate’.

Conversamos por aproximadamente uns vinte minutos sobre vários assuntos, que segundo eles eu deveria abordar em meus textos. Ao se despedirem, Drumond disse: ‘Visita de poeta e político é jogo rápido’. Meu pai acompanhou Brizola e Goulart até o Palácio Piratini. Enquanto Quintana seguiu com Drummond e Érico até o centro para dar um passeio na Rua dos Andradas.

Fechei a porta. E deitei novamente na mesma posição onde meu corpo repousava. Minutos depois o rádio começou a tocar, o ventilador a girar e o PC fazia uma varredura de disco em virtude do desligamento forçado. Neste momento acordei pela segunda vez. Mas desta vez com corpo e tudo. E sussurrei para mi mesmo: ‘Que sonho louco’. ‘O que iriam querer aqui poetas imortais políticos famosos?’.

Então, peguei meu chimarrão, abri um novo documento no Word e comecei a escrever um texto sobre viagem astral. No fim do texto me perguntei: ‘O que diria Kardek sobre este conto...‘. Será que Freud explica?’. Neste momento ouvi duas batidas na porta. ‘Toc, toc’. Fui abrir surpresamente: ‘Quem será?’. Desta vez era apenas o zelador que vinha me avisar: ‘A luz voltou’.


J.P.D.

sexta-feira, 23 de março de 2012

O eterno mestre do humor



Ao assistir o Jornal Nacional desta noite me deparei, tardiamente, com a triste notícia de que havia falecido o humorista Chico Anysio. Aos 80 anos o mestre do humorismo pós-moderno no Brasil sai dos palcos para contracenar no céu como São Pedro. Fico imaginando neste momento em qual personagem Chico escolheu para se apresentar no céu na sua passagem para a eternidade. Eram tantos que se torna impossível enumerá-los. 

Chico começou sua carreira no rádio, mas foi na televisão que alcançou o seu apogeu. Foi campeão de audiência na televisão durante sete anos. Era habilidoso em outras áreas. Sobretudo em descobrir outros humoristas. Ajudou a lançar inúmeros talentos do humor brasileiro. 

Em uma das frases de Chico, que encontrei agora na internet no site da Globo.com, ele já anunciava  com humor como seria a sua morte: 'Vou morrer no Projac, depois de um diretor dizer: "Corta. Valeu, Chico". Eu direi. "Que bom que valeu" e morro em seguida. Será bonito.'. Em outra frase, no mesmo site, ele falou sobre sua experiência com o tabagismo: 'Me arrependo enormemente de ter fumado durante 40 anos'.

Recentemente, já em março deste ano, a última e oitava esposa de Chico colocou em na sua página do Facebook que o mestre do humor era "uma das vítimas de uma geração desinformada que usava o cigarro por uma questão de charme". Assim como já desejava Chico Anysio, esperamos que seu exemplo sirva para desencorajar o uso do tabaco.

Mas a principal lição que Chico nos deixa é a de encarar os problemas cotidianos com doses de humor. Essa é a maneira mais fácil de ultrapassar os obstáculos que encontramos na jornada. Outra lição é a de que a vida como a conhecemos é passageira. E que neste sentido devemos aproveitar a oportunidade de estarmos vivos para transmitir momentos felizes às pessoas que fazem parte de nossos círculos de interação. E certamente este é o maior legado que Chico deixa a todos nós. Como diria um dos alunos da escolinha ao Professor Raimundo. Vai com Deus ‘amado mestre e incontestável guru!'

J.P.D.

240 anos de Porto Alegre


Como todos sabemos, Porto alegre, capital do Rio Grande do Sul, está completando 240 anos. Cidade fundada por portugueses à margem do Lago Guaíba, que por muitos anos foi chamado de Rio Guaíba. Com uma milhão e meio de habitantes Porto alegre é a capital mais ao sul do Brasil. Terra de dois times campeões mundiais (Grêmio e Internacional). POA, como também é chamada, já foi chamada de Porto dos Casais, em virtude do fato de que o  rei de Portugal mandou dezenas de casais de açorianos para povoar a região na época da colonização. Bom, até aqui aposto que você já sabia de tudo, mas vamos ao que interessa.

Na semana da comemoração dos 240 anos, Porto Alegre será palco de inúmeros eventos. Dentre eles podemos destacar alguns shows que acontecerão pela cidade. Neste sábado teremos a apresentação da cantora Maria Rita no anfiteatro pôr-do-sol, onde interpretará músicas de sua mãe, a Porto-Alegrense Elis Regina. No domingo teremos show em vários outros locais para completar o que está sendo chamado de 24 horas de cultura. Na usina do Gasômetro por exemplo, no domingo, teremos shows da banda Tópaz, Acústicos e Valvulados e do músico Nei Van Soria (a partir das 16h).

Outros shows acontecerão espalhados pela cidade. Na praça da Encol, na Avenida Nilo Peçanha, Terá show de Fernando Noronha e Black Soul. Na vila Mario Quintana, teremos carnaval comunitário. Na escadaria da Igreja Nossa Senhora da Dores, no centro, teremos apresentação de coreografia às 20 horas. O grupo de samba Fique Atento toca na praça Salomão Abraão às 17 horas. No largo da Feira Moab Caldas, Gustavo Martins e banda também às 17 horas. Paulo Dionísio e Banda na Praça Carneiro Cruz às 18 horas. 

A programação segue durante a semana. Já na segunda feira teremos show de Maria Luiza Benites no Largo Glênio Perez , em frente ao mercado Público, às 12 horas  e de Armandinho às 19 horas no mesmo local. Após a realização de eventos por toda a cidade, durante uma semana completa, que se iniciam neste sábado, a programação se encerra com o tradicional Baile da Cidade no Parque Farroupilha (Redenção) na noite do dia 31. Veja a programação completa dos eventos no site

Serão inúmeros eventos, e motivos para comemorar este 240º aniversário da cidade. Porto Alegre, cada vez mais cosmopolita, segue o caminho do crescimento rumo ao futuro. São inúmeras obras a serem realizadas. Podemos citar a revitalização da Cais do Porto e as obras na orla do Guaíba. O Projeto do metrô que promete a muito tempo a solução para os problemas de transporte na cidade. A construção da Arena do grêmio e a reforma do Beira Rio. E inúmeras outras obras que a cidade precisa e que serão feitas. 

Para finalizar encerro esta postagem com um poema de minha autoria que ficou entre os vencedores da última edição do Apolinário de Porto Alegre, e publicado na Edição Especial de Poesias 2012 da CBJE. No mais, parabéns a todos aqueles que fazem desta cidade um Porto Alegre.


Na Porto Alegre dos casais

Às vezes ando pela Andradas
Recorto o centro por suas escadas
Medito sob o sol de belas praças
Na Porto Alegre, minha amada

Este namoro segue pelo cais
Esquina democrática, Ipanema
Gasômetro, Marinha e toda a cena
Na Porto Alegre dos Casais

No Brique da Redenção saúdo todos
Chimangos, Maragatos;
Gremistas, Colorados
Gaúchos e outros loucos

Há sempre um fórum Social Mundial
Cosmopolita como um GRE-NAL
Como os profetas do Mercado Público
Como os atletas que estão por tudo

Moinhos de Vento sopram o recado
Que o Guaíba é um lago
Sendo poeta, sigo meu rumo
O Laçador é testemunho


J.P.D.

terça-feira, 20 de março de 2012

Por a mão na massa


Estamos cada vez mais próximos da Copa do mundo 2014, que como todos sabem será sediada no Brasil. As obras nos estádios brasileiros estão em ritmo acelerado. Em Porto Alegre, após uma longa paralisação, as obras no Estádio Beira Rio voltam, nesta quarta, em aceleração total. Vi hoje no jornal Diário Gaúcho um chamado para a contratação de 1500 operários para a obra. Isto lembra em parte a construção do Estádio entre 1959 e 1969, quando torcedores colorados ajudaram na realização do sonho colorado de construir o 'Gigante', carregando sacos de cimento e tijolos.

Este é um exemplo que tende a se repetir. A paixão pelo futebol move os torcedores, impacientes com a 'novela' da assinatura do contrato entre o Inter e a construtora Andrade Gutierrez. A pressa é grande. A obra agora corre contra o tempo. Neste sentido há torcedores dispostos a por a mão na massa em nome do sonho de sediar jogos da copa no estádio colorado. 

Enquanto isso as obras na Arena Tricolor (novo estádio do Grêmio) estão cada vez mais adiantadas. Mas a possibilidade de ocorrer algum jogo na Arena é distante. Se houvesse algum entrave na obra do Beira Rio, Porto Alegre deixaria de sediar os jogos. (Apesar do seu lado demoníaco, diria o Saci neste momento: Deus nos proteja). Ou seja, há motivos, inclusive aos gremistas, para torcer que as obras do Beira Rio fiquem prontas no prazo estipulado. (Completaria ainda o Saci: Deus nos ajude). Agora será preciso por a mão na massa.

J.P.D.

segunda-feira, 19 de março de 2012

O cinema como arte na educação

Este fim de semana, como muitos brasileiros e cidadãos do mundo, aproveitei o domingo para ver um filme. Assisti em DVD o filme 'X Man - First class', de 2011. Casualmente, hoje, em meus estudos cotidianos sobre tecnologia, educação e comunicação, li um artigo sobre o cinema na educação infantil, da Doutora Monica Fantin (professora da UFSC), publicado na Revista Educação & Realidade da FACED/UFRGS. Somado ao fato de ser apaixonado por cinema, o artigo da professora Monica abriu minha mente no sentido de perceber que o cinema como arte contemporânea pode se tornar um aliado na educação.

No Brasil, ao contrário de alguns países mais desenvolvidos culturalmente, ainda inexiste uma disciplina curricular aonde as crianças possam ter um contato maior, e uma consequente aprendizagem, sobre as artes contemporâneas como a música, as artes plásticas e o cinema. Posso incluir nesta lista a arte multimídia digital. 

Durante muito tempo o cinema foi questionado como arte. Principalmente pelo fato de ter se tornado mercadoria de massa pela indústria cultural. Contudo, ele está cada vez mais presente e faz parte do dia-a-dia  de crianças, jovens e adultos. 

O cinema estimula o imaginário. Coloca-nos em outro mundo onde experimentamos outras realidades. Podendo viajar no tempo através da cronologia das cenas, interligando presente, passado e futuro. O pensador francês Edgar Morin descreve o cinema como uma possibilidade de refletir a realidade e o imaginário. Onde o indivíduo se insere na trama, se identifica com personagens e se projeta em um outro mundo. Interligando as experiências dos personagens com as suas próprias.

No artigo de Fantin está claro a carência da criança brasileira por um entendimento maior sobre a arte do cinema. Neste sentido precisamos pensar na possibilidade de inserir um espaço no currículo escolar para estudar estas e outras artes. O cinema, assim como a música e a multimídia podem, e devem entrar na educação como aliados na alfabetização cultural do jovem brasileiro. Por enquanto acho que era isso. Vamos ao próximo filme.

J.P.D.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Por um mundo melhor


Muitas vezes, ao andar por algumas cidades do Brasil, encontrei despachos e oferendas pelas ruas, praças e outros locais. Desde velas, a comidas, bebidas, roupas, calçados, carros e até mesmo dinheiro. Isto tudo além de dar um aspecto negativo, anti-higiênico e ajudar a entupir os bueiros em dias de chuva, pode contribuir para a proliferação de doenças e outros males. Este é um problema a ser solucionado não somente em nosso país, mas também em outras partes do mundo. Apesar de estes rituais serem feito desde a antiguidade, precisamos rever tais atitudes no sentido da evolução do indivíduo e da sociedade.'.

Meu conselho é que ao invés de sujar as ruas, seria melhor realizar estes rituais em locais apropriados como terreiros, igrejas e casas de religião. E ao invés de colocar fora comida, bebidas e demais bens materiais, que pudéssemos ajudar as pessoas que precisam dando a elas o que necessitam. No mais, fica o pedido a todos. Um mundo mais limpo é um mundo melhor.'.


J.P.D.

quinta-feira, 15 de março de 2012

A era do imediatismo


Você já se deu o direito de observar que a grande massa está cada vez mais acelerada, correndo de um lado para o outro, à margem dos planejamentos a longo prazo e das previsões certeiras sobre o futuro? A sociedade dos bens duráveis agora é a sociedade dos bens descartáveis. Onde a orientação pela produção deu espaço a orientação pelo consumo. A Era Sólida ficou para trás e configurou-se de vez na Modernidade Líquida de Zigmount Bauman.

O filósofo francês Michel Foucault já chama a atenção para algumas destas mudanças sociais há algum tempo. Podemos observar, sobretudo nas últimas décadas desde a passagem do liberalismo ao neoliberalismo. A competição pela conquista dos consumidores é cada vez maior. A comunicação, o marketing e o design ganham cada vez mais importância nas transações comerciais. A globalização tem seus prós e contras, uma vez que invade as fronteiras com produtos multinacionais e sufoca produções locais. 

A era das redes coloca todo mundo em conexão. O trabalho em equipe deu lugar ao trabalho em rede. Onde se observam variações na importância do espaço e tempo. O tempo agora é descontínuo. E o conhecimento é superado ao mesmo tempo em que é produzido. Na era do imediatismo, se tronou mais difícil fazer planos sobre o amanhã. Hoje vigora um mundo onde as pessoas vivem para o presente.

Já foi o tempo em que perguntas como "Quais seus planos para daqui cinco anos?", "Onde você vai querer estar daqui dez anos?", 'O que você vai querer fazer aos sessenta anos?' faziam alguma diferença. Estas eram perguntas que orientavam o planejamento estratégico nas décadas de 1980 e 1990. E esta tática, mesmo ultrapassada, até hoje norteia planos de negócio e carreira. Contudo a imprevisão dos fatores paralelos, das forças sobrenaturais da natureza, das variações de mercado, câmbio, empregabilidade e muitas outras variáveis nos colocam em um labirinto onde o que vale é ganhar o hoje. Um dia de cada vez. Vinte e quatro  horas, sete dias por semana. A cada minuto. A cada segundo. Sem muitas expectativas em relação aos resultados, mas cientes da caminhada.

A primeira vista isto lembra um navegador sem bússola no meio do oceano. Ou um carro, com o marcador de combustível quebrado, fazendo uma longa viagem. E é mesmo isto que está acontecendo. Poucas pessoas se deram conta do que o Sociólogo norte-americano Richard Sennett já observou há algum tempo. Neste contexto precisamos ser empreendedores de si mesmos, sendo flexíveis e se adaptando às transformações cotidianas. Processo este que torna necessário aprender a aprender. Enfim, a vida é uma escola. De outro lado, para o imediatismo; Paciência.


J.P.D.

terça-feira, 13 de março de 2012

Livre dos vícios


Estava ouvindo a ‘Voz do Brasil’, programa que é veiculado na grande maioria das rádios brasileiras diariamente às 19 horas, e tomei par da notícia de que a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) resolveu proibir a comercialização de cigarros com sabor no território brasileiro. Esta é uma boa notícia, pois este tipo de cigarro, além de ser mais prejudicial a saúde, estimula o tabagismo, tornando a conquista de vencer o vício um objetivo ainda mais difícil de ser alcançado.

De qualquer forma, estas e outras medidas que estão sendo tomadas há algum tempo para reduzir o número de fumantes no país, ajudam os dependentes do tabaco a refletirem mais sobre a possibilidade de lutar para vencer a dependência. Tudo começou com as campanhas estampadas nas carteiras de cigarro alertando para os males que o tabaco pode trazer ao fumante. Depois foi a vez de proibir o consumo de cigarros em locais fechados. Além dos impostos elevados que deixam o vício de fumar cada vez mais pesado ao bolso.

Estes e outros atos surgem para que os fumantes sintam-se motivados a conquistar a liberdade. Quando falo em liberdade quero dizer em não depender de substância alguma para curtir a vida. Além do tabaco, incluo nesta lista as drogas e o álcool. Que além de fazerem mal ao corpo e a mente, são responsáveis por outros distúrbios de comportamento e relacionamento. Agressividade, depressão, fobias, bipolaridade e outros comportamentos inconsequentes. Além dos acidentes de trânsito e do sexo irresponsável, que são mais frequentes quando há consumo de álcool e drogas. Sobre a decisão da ANVISA, resta agora torcer para que contribua para reduzir o número de fumantes no Brasil.

De outro lado, me envergonho e condeno alguns movimentos, como o pedido estampado hoje nos jornais, feito por Evo Morares, para que o consumo da coca seja descriminalizado. Também posso incluir nesta lista as vergonhosas campanhas feitas pela legalização da maconha em todo o globo, a impunidade de traficantes e por fim a intenção da FIFA de liberar o álcool nos estádios brasileiros na Copa 2014. Esta última substância, responsável por um gigantesco histórico de mortes oriundas de brigas entre torcidas organizadas entorpecidas de cerveja nos estádios em um passado recente.

No mais sirvamo-nos dos exemplos de pessoas que já experimentaram todos estes prazeres e mesmo assim renunciaram estes hábitos em prol da qualidade de vida, da moral e da autoestima. Que sirvam de inspiração para que outras pessoas também possam provar o gosto da conquista da liberdade. Ser livre é não depender de substância alguma para ser feliz.

J.P.D.


segunda-feira, 12 de março de 2012

A importância da Escola


A escola, juntamente com a família, é uma das instituições mais importantes na formação do cidadão. É na escola que aprendemos, além de ler e escrever, a nos relacionarmos em grupo com pessoas estranhas. Ou seja, é a primeira oportunidade que temos de socializarmo-nos. Contudo a escola muitas vezes deixa de ser valorizada. A precariedade de infraestrutura, a falta de professores, e o baixo salário deles se torna um grande problema na formação do jovem brasileiro.

Hoje estava assistindo um telejornal na hora do almoço e foi televisionada a notícia de que faltam professores nas escolas de Porto Alegre. A matéria ainda citava um grande número de casos de abandono  do cargo por parte de alguns professores concursados. Isto tudo se deve, em parte, aos baixos salários da categoria. Não é à toa que o CPERS (Centro de Professores do Estado do Rio Grande do Sul) realiza greves a mobilizações todos os anos na tentativa de sensibilizar o governo a pagar um salário mais digno aos educadores.

A sala de aula é um ambiente de desenvolvimento de valores e aquisição de conhecimento. A escola também é o primeiro espaço que trabalha a governamentalidade. Termo este utilizado pelo filósofo francês Michel Foucault para traduzir o resultado do trabalho que é feito nos indivíduos para torná-los governáveis. Tornando-os capazes de se enquadrar em uma sociedade onde convive o poder e a liberdade. Os direitos e deveres. 

É por estas e outras que a escola é o espaço mais importante na formação do indivíduo. Juntamente com a família e outras instituições, a escola ajuda a transformar os seres humanos em cidadãos. Neste sentido é mais do que necessário valorizar a escola, os professores e a educação em si, para tornar o Brasil um país cada vez mais desenvolvido tanto no âmbito social quanto culturalmente. No mais, salve a escola.


J.P.D.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Exu bebe coca-cola


Sábado passado produzi um vídeo que postei no YouTube. O vídeo chamava-se 'Por um mundo melhor' e fazia um apelo às religiões afro-brasileiras para que evitassem fazer despachos e oferendas em locais públicos. E desta maneira ajudar a tornar o planeta um lugar mais limpo e apto a receber as energias que vem do céu. Depois de este vídeo ir pro ar recebi um e-mail anônimo com a seguinte explicação.

A pessoa que me escreveu se identificou como praticante e me explicou que estes ritos são milenares. Os tipos de oferendas e trabalhos são infinitos. A cada dia são criados novos ritos orientados pelos Orixás. A cerveja para Ogum abrir caminho. Ou a cachaça para Exu no mesmo sentido. O despacho dos sapatos da pomba-gira no sentido de deixar para trás o 'por onde andou'. O tradicional trabalho com moedas em frutas intitulado 'comprei a sua vida'. Ou da faca com carne, que para alguns, quer dizer 'corte e será cortado'.

Tudo isto parece uma loucura. Champanhe e pipoca agora já não bastam para agradar os deuses. O Preto já não quer mais caixa de fósforos, agora quer Zippo. E para completar, fiquei sabendo nas esquinas e terreiros que Exu bebe Coca-Cola. 


J.P.D.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Dia internacional da mulher


Nesta quinta, 8 de março, celebramos o dia internacional da mulher. E tudo começou no dia 8 de março de 1857 quando mulheres operárias de uma fábrica de tecidos em Nova York ocuparam a fábrica fazendo  uma grande greve para reivindicar maiores direitos. A data de 8 de março foi oficializada como dia internacional em 1975 pela ONU, mas desde 1910 já era comemorada inicialmente na Dinamarca.

Esta é uma data para refletirmos no papel das mulheres na sociedade. Como irmã, filha, mãe, trabalhadora, dona de casa e de inúmeras outras formas em que se enquadram. As mulheres sofrem discriminação. Por vezes também sofrem agressões dentro dos seus próprios lares. Muitas delas trabalham em subempregos e ganham menos que os homens para realizarem a mesma função. Este é um quadro lamentável e que deve ser mudado.


Há centenas de grupos pró direitos das mulheres no brasil. Em Porto Alegre podemos testemunhar a luta de alguns deles. Neste sentido será realizado um ato no Largo Glênio Peres, no centro de Porto Alegre, em frente ao Mercado Público. Militantes de inúmeros movimentos sociais se reunirão por ali a partir das 17h. E aonde a mulherada vai eu também vou. Te vejo lá para comemorar esta data. No mais, parabéns às mulheres!

J.P.D.

terça-feira, 6 de março de 2012

Publicação de Paz Dornelles



O escritor, poeta e compositor Juliano Paz Dornelles teve o poema 'Encarar o dia' selecionado nas seletivas de fevereiro da Câmara Brasileira de Jovens Escritores no livro 'Antologia de Poetas brasileiros contemporâneos - Vol  87' a ser lançado dia 20 de abril de 2012. Leia o poema a seguir.
Encarar o dia

Acordar ao som dos pássaros
Amanhecer em nova aurora
Traçar o plano com o compasso
Seguir a meta de hora em hora

Tomar o café quentinho
O pão com  manteiga derretendo 
O jornal chega cedinho
Na tv, o mundo se vendo

Pronto para encarar o dia
Eterna luta do cotidiano
Trabalho, estudo e academia
Correria que não reclamo

No almoço uma leve pausa
Mais café para estimular a mente
Sobre a consequência e a causa
O rádio e tv informam a gente

Na tarde segue a luta
Para a noite inaugurar-se no poente
E ainda segue-se a labuta
Para mais tarde dormir contente


J.P.D.