segunda-feira, 29 de julho de 2013

Netnográfico


Desde 2006, quando me formei em Comunicação Social - Jornalismo, venho estudando a comunicação virtual mediada pela tecnologia. Participei de sete processos seletivos de mestrado em comunicação até receber um sim.  Momento este de espera que me fez reforçar os estudos de uma maneira diferenciada, uma vez em que precisei passar com meus projetos e pesquisas, em cada um destes anos todos, em minhas produções textuais e audiovisuais.

Costumo dizer que nas seis primeiras respostas negativas que recebi, me dei a oportunidade passar a limpo, com autores e objetos de estudos, em meus sites e canais de comunicação. Onde a porta sempre está aberta. Os projetos inicialmente  recusados pelas universidades se transformaram em textos, os quais fiz questão de publicar em livros, blogs e redes sociais.

Da mesma forma, venho utilizando desde a faculdade, as publicações de mestres e doutores nas produções que realizo. Mais recentemente, quando recebi a oportunidade celestial de ser aprovado com um sim, direcionei as pesquisas na produção audiovisual compartilhada nas mídias sociais. Contudo, logo notei que precisaria ir além da bibliografia existente se quisesse conhecer e dizer algo novo. O que se torna o grande desafio a todo bom pesquisador.

Deste modo, percebi que muitos dos autores os quais venho estudando nestes anos mais recentes, abordam temas como blogs, vlogs, Facebook, Twitter, Instagram, entre outras plataformas e dispositivos, baseados apenas na observação participativa e no estudo netnográfico passivo, descritivo e dissertativo.

Encontrei livros inteiros sobre blogs, escritos por autores que, apesar de observar a produção em massa na blogosfera,  raramente mantém postagens diárias na rede. Da mesma forma, observei autores falando sobre Instagram, Flickr e Picasa sem postar ao menos uma foto ao mês.

Em minha visão particular acredito que o verdadeiro estudo de campo transcende a observação. Requer, de alguma forma, experimentar o processo criativo. E é isto que venho fazendo em minhas pesquisas. Sempre que posto um texto, foto ou vídeo qualquer na rede.

Percebi que, para entender melhor o ciberespaço, além de observar os internautas, preciso ser um internauta ativo e participativo. Da mesma forma que um antropólogo, a fim de entender melhor como vivem os índios, se submete à experiência de passar meses, ou até anos, vivendo com tribos específicas, caminhando pelado na selva, fumando cachimbo da paz e dormindo com as índias em redes ao ar livre.

Desta forma, me detive em participar efetivamente com a finalidade de tentar de ir um pouco além da observação participativa. Ingressando de forma ativa no universo daqueles os quais se configuram como objetos de estudo de minhas pesquisas.

O fato é que, para entender melhor os blogs, os vlogs e outras redes, me propus a produzir conteúdo multimídia a estas plataformas. O que iniciou como um estudo, trabalho e brincadeira, se tornou um vício. Algo que se tornou parte do que sou hoje. E certamente hey de tentar converter em instrução aos futuros comunicadores, se um dia tiver a oportunidade de lecionar.

Sim. Estou viciado na produção de textos com fins digitais. Na produção de vídeos à internet. Isto, às vezes, assusta, porém tento manter-me tranquilo. Esperançoso de que os mestres e doutores mais antigos e experientes, entendam esta postura, por vez pós-moderna, pós-humana ou futurista. Sou apenas um aprendiz tentando entender como as coisas funcionam.

J.P.D.

domingo, 28 de julho de 2013

Na vitrine virtual


Os vlogs do YouTube, os compartilhamentos de imagens no Instagram, as publicações em 140 caracteres no Twitter, os textos compartilhados nos blogs, assim como as postagens em redes sociais como Facebook e Google Plus, alimentam o ciberespaço com o que chamamos de narrativas virtuais formatadas nos moldes dos antigos diários pessoais.

Fotos, vídeos e textos que retratam o cotidiano dos internautas desta segunda década do terceiro milênio. Ali encontramos a realidade nua e crua, ou maquiada pela configuração da ficção imaginária. Por onde andei, com quem estive e o que fiz na noite passada. Enfim, quando compartilhado, tudo se torna informação a ser consumida das vitrines virtuais onde a vida privada se trona pública. Tramas cotidianas de uma nova realidade.

Um contexto de exibição em massa. Em um ambiente de visibilidade total. Onde cresce o interesse pela intimidade pessoal. Histórias que, alimentadas pela realidade, alimentam o real. Da mesma forma que os meios e dispositivos tradicionais de comunicação como a televisão, os rádio, a literatura, o cinema e a música. Cada vez que postamos algo no ciberespaço estamos contribuindo para que este fenômeno continue se materializando.

J.P.D.

sábado, 27 de julho de 2013

Anjo da Noite


Certo dia, o Anjo da noite estava realizando seus trabalhos entre os bairros do Bom Fim e Cidade Baixa em Porto Alegre. Entrou em um bar ao fim da tarde, na Avenida Osvaldo Aranha, em frente ao Parque da Redenção, pediu um pastel e um café com leite. Percebeu que ali havia outros irmãos averiguando o local.

Os irmãos que frequentavam o bar naquela noite se distinguiam do público real de todas as noites. Eram pais de família acompanhados de suas esposas. E estavam ali por um motivo. Foram avisados, por seus filhos dependentes químicos, que aquele era um lugar onde se comercializava drogas. Porém desconheciam que as drogas estão em toda parte. Nos bares, shoppings e praças.

O Anjo da noite, como era reconhecido em seus blogs na internet, trabalha exatamente na recuperação espiritual de jovens. Muitas vezes sem ter o contato físico, pelo exemplo visual ou narrado pela literatura.

Em sua juventude, entre os quatorze e os trinta anos, viveu uma descida ao inferno das drogas. Conhecendo substâncias como o álcool, tabaco, inalantes, maconha, raxixe, Lsd, ecstasy, crack e oxy.

O fato real é que o Anjo da noite iniciou uma transformação a partir dos trinta anos. Intensificando as atividades profissionais, estudos, trabalhos, esportes, espiritualidade, controle psicológicos de humor e emocionais. E com isso se tornou um guerreiro respeitado no mundos dos espíritos.

Recuperado de sua passagem pelo inferno e vivendo uma nova vida, se propôs a ajudar jovens que experimentam as mesmas experiências das quais um dia compartilhou. Eventualmente passeia nas primeiras horas da noite, uma vez por semana, consumindo apenas água, suco ou café.

Nestas andanças encontra jovens parceiros da ‘antiga’ e seus respectivos parceiros atuais,  que lhe perguntam sobre as mudanças de atitude e comportamento. Em alguns casos, utiliza apenas contatos relatos telepáticos com os espíritos, o céu e a terra. Testemunhando então as vantagens e benefícios de escolher o caminho do bem.

Esta influência espiritual, de sua presença nos ambientes conflituosos, interfere nas energias da noite. A luta entre a luz e as trevas, recebe um aliado do lado do bem. Ao conectar-se com as energias da terra chama, das profundezas, os filhos que clamam uma chance de retorno ao céu.

Da mesma forma, ajuda mulheres que abusam da boemia, dos bares, das bebidas e do sexo sem compromisso, mostrando na prática que é possível curtir o fim de semana em casa; Que também é gostoso receber carinho; Que o libido pode ser controlado e a luxúria curada.

O fato é que, nesta noite, alguns irmãos presentes no bar não sabiam da importância do trabalho do Anjo da noite. Tampouco o conheciam. Mas sentiram sua presença. Porém, estavam apenas preocupados em saber quem seriam os traficantes que vendiam drogas aos respectivos seus filhos. Tomados pelo desejo de buscar satisfações e retorno.

Assim sendo, se colocaram ingenuamente no direito de interferir no equilíbrio energético sem saber o que estavam fazendo. Desconhecedores de que a droga está em toda parte, detinham-se em pensar que aquele era um local diferente dos outros onde se consumiam substâncias químicas.

De algum modo, mesmo com os olhos abertos, tiveram dificuldade em ver o todo. Viam apenas as partes refletidas nas imagens que visualizavam no imaginário. Então, o Anjo da noite encerrou os trabalhos do dia naquela ocisão e dirigiu-se a sua residência.

De alguma forma, sentido pelo fato de que seria dificil salvar vidas nas ruas aquela noite. Deteve-se então em salvar a própria. Fortalecendo-se para eu seu exemplo permaneça vivo, admirado, respeitado e seguido no céu e na terra. E para que seus textos cheguem a quem precisa lê-los.

J.P.D.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Libertação


Sexta-feira é um dia que gosto de tocar em um assunto cuja o qual os leitores deste blog já estão acostumados a ler. Tema este que aborda a importância das escolhas conscientes na maturidade que transforma e liberta os homens. Resumindo, coloco em pauta a importância de uma vida livre de alguns dos principais males que assola os jovens de hoje. A inconsequência da boemia exacerbada, da dependência química e do uso de substâncias alucinógenas e psicotrópicas.

Apesar de minha penetração no universo profissional ainda necessitar de muito trabalho; De ser um aprendiz iniciante no mundo acadêmico dos mestres, doutores e PhDs. E um 'fisiculturista fora de forma'. Me apoio nestes três pilares (trabalho, educação e prática esportiva) para que possa me manter em pé nos propósitos e valores que norteiam a luta cotidiana. Além da espiritualidade; Da família; E do amor pela literatura e comunicação.

Estar em casa em uma sexta-feira, às vinte e duas horas da noite, enquanto a grande maioria dos meus amigos virtuais se prepara para sair ao frio e curtir as baladas, shows, bares, pubs e outros picos da noite, é o que chamo de escolha virtuosa da maturidade de um homem que sabe o que quer. Contudo, sou apenas um pai-filho-irmão, internauta, jornalista, escritor, microempreendedor, blogueiro, vlogueiro, pesquisador, consultor, pesquisador e poeta, que sonha em poder multiplicar o bem, que sinto hoje pelas escolhas que faço, com aqueles que buscam um exemplo dos benefícios da libertação, superação e recriação do ser.

Evite pensar que aqui vos fala apenas um geek, nerd, crente ou careta. Já fui punk, hippie, grunge e metaleiro. Boa parte de meus amigos virtuais (enquanto escrevo estas linhas) está por aí, no sereno, com uma garrafa de vinho na mão, um violão debaixo do braço, a loucura na mente e um baseado atrás da orelha.

Também evite pensar que há preconceito aqui em relação aos fumantes, maconheiros, cachaceiros e outros dependentes. Mas sim um interesse em relatar que a maturidade de uma vida consciente e produtiva é melhor do que a inconsequência da rebeldia sem causa. (De algum modo: Deus salve os jovens).

O que há aqui é o testemunho e o relato de quem um dia experimentou os prazeres do mundo. Mas, escolheu as atitudes, pensamentos e sentimentos edificantes. Há uma necessidade de abastecer os jovens de hoje com exemplos de superação. Exemplos de pessoas que, como eles, ousaram pensar diferente um dia. Mas, quando acordaram à realidade, optaram por fazer a escolha certa.

São estes exemplos de superação, recriação, conquistas e sucesso obtidos na mudança de valores e atitudes, que muitos dos filhos de Deus necessitam conhecer e acessar para que possam se motivar à recriação e à salvação. Encontrar pessoas que, como eles, compartilharam das mesmas experiências. Assim como os benefícios e os ganhos que a escolha pelo caminho certo possa nos trazer. Sou apenas uma voz em meio a uma multidão de vozes que, em volta das mesas de bar, pedem mais uma dose pra se entorpecer. Espero que esta voz isolada fale mais alto, ecoando como uma boa influência. Um bom fim de semana a todos.

J.P.D.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Reconhecimento, Alegria e Motivação

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Aproveito a postagem do dia manifestando minha gratidão, alegria e motivação dimensionada pelo reconhecimento ao trabalho que venho realizando como jornalista multimídia, blogueiro, poeta e escritor. Contamos hoje, neste blog, com leitores na Europa, Ásia, África, e Américas. Com mais de cinquenta publicações e encaminhando a terceira obra individual. É com orgulho que compartilho com meus leitores estas e outras conquistas.

J.P.D.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Papa Francisco e a renovação da Igreja Católica


A visita do Papa Francisco ao Brasil nos mostra o quanto a fé cristã e, sobretudo, a Igreja Católica é forte em nosso país. Fiéis se reúnem aos milhares para ver de perto o Papa franciscano. Dentre as mensagens de Francisco podemos destacar a importância da esperança, do perdão e da fé na onipresença divina.

Francisco chama atenção ao perigo do culto aos ídolos. O dinheiro, o sucesso, a fama e o poder. Sobrevalorizados hoje em dia frente às coisas do céu. Demonstra também interesse na salvação dos jovens, hoje, mais do que nunca, seduzidos pelos prazeres do mundo, como as drogas e o sexo sem compromisso. Coloca-nos a importância da fé na transformação de nossas vidas e realidade. Sempre apoiado na interseção do santos como conselheiros, obreiros e testemunhos e no caminho do Senhor Jesus Cristo como o verdadeiro salvador.

O Brasil é o maior país católico, em número de fiéis, do mundo. E apesar de ser espaço aberto a inúmeras outras crenças, mostra que a Igreja Católica segue sendo uma religião de grande abrangência e influência no mundo. Igreja esta que se mostra interessada em recriar-se e adaptar-se ao mundo atual. Francisco surge como aquele que irá conduzir o rebanho católico nesta direção.

J.P.D.

terça-feira, 23 de julho de 2013

Exposição Midiática


Em um contexto de transformações tecnológicas e de relações interpessoais notamos o crescente interesse nas interações mediadas, na exposição midiática e no interesse pela vida privada. A visibilidade proporcionada pela internet possibilita que mantenhamos abertas algumas janelas de visualização, assim como portas de comunicação e passagem, que interligam nosso mundo ao mundo exterior. 

Neste ambiente de conexão onipresente, as narrativas virtuais se multiplicam na web. Cada vez mais encontramos autores amadores e profissionais narrando, testemunhando e relatando seu dia-a-dia nas mais distintas plataformas de redes sociais. Dentre o número incontável de redes podemos destacar o Facebook, o Google Plus, o Twitter, o Instagram e o Foursquare; Além dos blogs, fotologs e vlogs.

Estas são algumas redes onde os internautas expõem suas vidas. Seja a partir de fotos, vídeos ou textos. Os áudios também são utilizados, porém, em menor número pelo fato de virem sendo absorvidos pelos vídeos. O fato é que o internet e, sobretudo, as redes sociais virtuais, se tornaram um grande Big Brother. Onde a vida alheia se torna mercadoria de consumo. Novelas reais que alimentam e são alimentadas pelo que é compartilhado na rede. Um grande espetáculo que acontece a toda hora e em todo lugar.


J.P.D. 

segunda-feira, 22 de julho de 2013

domingo, 21 de julho de 2013

Em busca de semelhança


Apesar do caráter deste blog não ser autobiográfico, aproveito a postagem do dia com fim de abordar um tema comum e de extrema importância na fase em que vivo. Uma fase de superação, recriação e transformações. A preocupação seletiva na hora de formatar um relacionamento.

Descobri que, na construção de um relacionamento, precisarei escolher uma companheira que tenha algumas afinidades. Preferencialmente que não beba, não fume e não use nenhum tipo de substâncias químicas. E também seja mais reservada nas noites de fim de semana. Acredito que cada um tem as próprias preferências. E de algum modo, nos apoiamos nelas para que as escolhas sejam feitas.

Você pode me perguntar por que estou falando sobre isso e o porquê destas preferências. Sendo que poderia apenas priorizar pessoas que trabalham, estudam e praticam alguma atividade física, por exemplo. Pelo fato de serem estas as atividades que preenchem meus dias. Então, lhes digo que as primeiras afinidades são essenciais para que as segundas continuem em movimento ascendente. 

Hoje em dia está difícil encontrar um par romântico ideal. Por mais perfeitas que as pessoas possam ser em suas essências, sempre há diferenças e afinidades que nos afastam ou aproximam. Neste contexto, vivo um momento em que uma das coisas mais importantes no bem estar e na produtividade é o simples ato de evitar bebidas alcóolicas e saídas noturnas. É uma escolha pessoal e que me faz me sentir mais confiante, esperançoso e tranquilo em relação ao futuro.

Passei por um período rebelde na adolescência. E hoje, mais maduro, os valores se reformulam. A importância das atividades se definiram em um cronograma de prioridades. Apesar de não ter problema em beber álcool, é um desafio pra mim, como pessoa, viver um uma vida regrada. É uma questão de valores e conceitos pessoais.

São escolhas que venho fazendo nos três anos mais recentes. O hábito de ir à academia; Escrever diariamente no blog; Manter a casa organizada; Cuidar mais da higiene pessoal; Ler diariamente; Fotografar; Produzir vídeos; Abster-me de algumas amizades, bares, pubs e baladas. Assim como deixar pra trás alguns hábitos destrutivos e inconsequentes de outrora.

É fato que já pensei diferente um dia. Mas é certo que hoje sou uma pessoa melhor do que ontem. E a evolução precisa continuar. Sei que nem todos pensam assim. E que nossas prioridades possivelmente convirjam ou divirjam em alguns tópicos. O certo é o fato de saber o que quero. Sei onde estou indo. E o que preciso fazer pra seguir em frente na jornada evolutiva. E neste sentido, para que um relacionamento possa se materializar, além de afinidades, precisa haver respeito entre interesses. Não buscamos os opostos. Mas sim os semelhantes.

J.P.D.

sábado, 20 de julho de 2013

Autores, Atores e Personagens


Ao estudar e pesquisar blogs, vlogs e outros canais de comunicação midiática, percebo, cada vez mais, as fronteiras entre a ficção e a realidade. Autores, atores e personagens convergem e divergem com frequência em suas respectivas criações.

O mesmo vlogueiro ou blogueiro pode migrar de uma ideia própria a uma representação de um produto (vídeo, foto, texto) ao outro em um piscar de olhos.

A partir de estudos mais intensos, percebemos quando é a pessoa (autor) e quando é o personagem (representação) interagindo. 

Quanto mais complexo é o autor, maior é o grau de diferenciação entre um personagem e outro.

Os autores complexos, assim como os atores mais sensíveis à representação verossímil das emoções, têm o dom de pintar e representar personagens com naturalidade, criatividade e realidade visível.

Percebemos nos vlogs, criados por autores extremamente tranquilos e simpáticos, a pintura de personagens (vlogueiros) mais agressivos, humorados, irônicos, críticos e cômicos.

Da mesma forma, os autores da literatura e do cinema conseguem certa multiplicidade criativa na hora de compor personagens. Neste contexto, cada personagem é composto com um pouco do que é o próprio autor. E interpretado com muito do que são os atores.

Na literatura, assim como nas narrativas virtuais presentes nas mídias sociais, encontramos a convivência do consciente e inconsequente. A tragédia e a comédia; O pranto e o riso; A raiva e a alegria; Enfim, as emoções e sentimentos opostos coexistem e podem ser iguais ou distintos, em relação às múltiplas recepções, por parte dos diferentes espectadores e leitores.

De algum modo, é esta multiplicidade de enfoques narrativos que enriquece a construção da cultura multimídia do século XXI.

Neste sentido, o principal é que saibamos distinguir quando uma fala pertence ao autor, ao ator ou ao personagem.

J.P.D.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Consciente


Chega sexta à noite e eventualmente recebo alguns convites de amigos dos 'tempos da antiga', me convidando pra sair, beber, curtir uma balada, boteco ou pub. Costumo dizer que são ecos de vozes de um passado rebelde, em que curtir o momento em um passeio sem rumo era o que importava. Hoje sigo curtindo o caminho porém com rumo certo.

Como profissional e pessoa entendo que a realidade é o reflexo de escolhas cotidianas. E que podemos melhorar a cada dia. Construindo o desenvolvimento e o progresso de forma ilimitada. E no plano de metas que estabeleço à longo prazo não entram as mesas de bar e as cervejadas semanais. Contudo, me permito eventualmente um raro choop ou vinho a cada quinze ou trinta dias. Parece bobagem, mas é questão de domínio próprio.

De outro modo, me concentro em metas e objetivos claros. Hoje escolho bem as amizades. Sei o tipo de companhia que busco. E em que tipo de relacionamentos me disponho a investir. Tenho certeza de que a jornada será longa. Haverão obstáculos a serem transpostos e superados. Porém, sei que de algum modo estou lá. O futuro é uma recriação do passado. É certo que ainda há muito a fazer. Este é apenas o começo.

J.P.D.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Dualismos e Recriação


Enquanto nos recriamos como pessoas, profissionais e organizações, percebemos a coexistência de dualidades em cada âmbito de atuação. Os opostos convivem em cada ser e cada espaço. Contudo, na escolha de um caminho à jornada, precisamos tomar decisões definitivas. Assim sendo, ao escolher um dos opostos, colocamos o outro do lado contrário. De algum modo, as dualidades permanecem em cena, por onde andamos e em nós mesmos.

Mesmo sabendo que o universo exterior converge no universo interior e vice-versa, às vezes parece contraditório conceber e compreender a convivência do bem e o mal; O céu e o inferno; O certo e o errado; Assim como as emoções humanas e os mais distintos estados psicológicos e espirituais dos seres vivos.

O certo é que, consciente ou inconscientemente, buscamos afinidades nas relações. Construímos laços quando há sintonia de interesses. Laços estes que produzem um sentimento de pertencimento a lugares, grupos e relações.

Os homens são capazes de sentir o mundo de formas distintas e, por vezes contraditórias. O bom humor e o mau humor; A irritação e a calma; A pressa e a paciência; A raiva e o amor; E tristeza e a alegria; E assim por diante.

As experiências humanas também acontecem em um universo de dualismo. Os erros e os acertos; As perdas e os ganhos; Os fracassos e os sucessos; As derrotas e as conquistas. Enfim, tudo é fruto das escolhas que fazemos apoiado pelas emoções cultivadas.

O sentir, o pensar e o agir são capazes de nos proporcionar a possibilidade de fazer as escolhas certas e colher os benefícios da melhor forma possível. Porém, precisamos entender que ao escolher o acerto se evita o erro. Aos escolher o caminho certo, se renunciam os erros conscientes.

De algum modo, os dualismos seguem coexistindo em cada ser. O que muda é a proporção de um lado em relação ao outro. E tudo baseado no modo como nos relacionamos e interagimos com o mundo, com as pessoas e conosco mesmos. Assim como nas escolhas que fizermos no caminho. Desta forma, para que construamos uma nova vida, precisamos nos libertar da vida passada. E para que consigamos construir uma nova realidade, precisamos nos recriar a partir de novos hábitos.

J.P.D.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Network Inteligente


Na construção do network, seja ele pessoal, profissional ou até mesmo espiritual, necessitamos primeiramente formatar uma lista de contatos. Aqueles com os quais desejamos nos comunicar e interagir precisam ser selecionados minuciosamente de acordo com os interesses definidos como prioridade.

As parcerias, como também são chamadas, são definidas de acordo com as afinidades e intenções. Os relacionamentos amorosos e de amizade funcionam da mesma forma que os contatos profissionais. A formatação consciente de um network baseia-se principalmente nos benefícios que podemos obter com tais redes.

Assim escolhemos quem queremos ao nosso lado no dia-a-dia. É natural que compartilhemos nosso tempo com quem nos faz sentir-se bem; Acrescenta-nos algo; Compreende-nos; Se adapta e satisfaz com o que temos a oferecer; Além de nos oferecer algo de nosso interesse. Neste sentido, as parceiras são escolhidas e o network configurado. Tudo em prol do bem comum, do crescimento e dos benefícios compartilhados entre os interagentes.

J.P.D.

terça-feira, 16 de julho de 2013

Autores, Atores e Personagens


Os personagens são representações criadas pelos autores para que estórias possam ser contadas. Protagonistas da ficção ou da história da vida real, os personagens participam da trama da qual a narrativa é composta. Muitos personagens participam de forma ativa nas cenas da literatura, do cinema e do teatro. Enquanto alguns têm papéis secundários ou figurativos.  Nas narrativas virtuais na web percebemos todos os tipos de personagens presentes.

Muitos de nós, quando participamos de um diálogo, agimos de forma representativa. Ou seja, nem sempre as atitudes condizem com as emoções. Em muitos casos precisamos conter os impulsos. Nem sempre podemos falar, agir ou reagir conforme desejamos. Pois temos de prestar fidelidade ao papel que decidimos representar; Ou, ao personagem que decidimos incorporar.

De alguma forma, as pessoas comuns também se colocam como personagens. Porém, personagens reais. Na verdade, o que chamo aqui de personagem é apenas o papel desempenhado frente às situações ou relações interpessoais. Assim sendo, o mesmo homem pode agir como pai, frente ao filho; Filho frente aos pais; Marido, frente à esposa; Chefe, frente aos subordinados;  Irmão, diante dos irmãos; Amigos frente aos amigos; E assim por diante.

É certo que há casos em que há inversão de papéis. Porém, o normal é que cada um se coloque no devido lugar. Desta forma há quem possa criticar estas colocações defendendo sua respectiva posição social como algo natural, e não representativo. Neste sentido, até mesmo os papeis que desempenhamos com maior naturalidade são construídos a partir de referenciais e conceitos que formulamos de acordo como nossos valores pessoais.

Na web percebemos o crescimento maciço da representação e incorporação e papeis. Os blogueiros e vlogueiros são exemplos a serem lembrados. Assim como os escritores, os compositores e muitos outros produtores culturais. Todos tem algo em comum. Precisam agir conforme as ideologias que acreditam e defendem. Mesmo quando a maioria destes não se coloca na posição de personagem construído, todos somos atores sociais nos lugares que nos são designados.

De algum modo, percebemos o crescimento em número e qualidade dos personagens criados pela literatura, cinema e outras artes. Machado de Assis, Chico Anysio  ou Walt Disney são exemplos de autores que extrapolaram a criatividade na criação de personagens. Cada um ao seu modo na arte que escolheram.

A internet é o berço dos novos autores, personagens e atores do mundo pós-moderno. Muitas vezes recriando o real a partir da ficção. E o virtual a partir do real. Uma retroalimentação da realidade e do imaginário simultânea e reciproca. De algum modo, independente de nos vermos assim, somos autores, personagens e atores do mundo e da vida real.

J.P.D.


segunda-feira, 15 de julho de 2013

Sociedade Humorística


A cada dia o humor vem ganhado importância na indústria do entretenimento. Com o desenvolvimento do show mídia percebemos uma orientação voltada ao sentido das emoções. Onde a arte, antecipa-se a outras produções, integrando o humor como uma de suas dimensões constitutivas. O cômico se opõe às regras sérias do sagrado. E as críticas sociais emergem formatadas nos moldes do humor.

Conforme o filósofo francês Gilles Lipovetsky, “cada vez mais, a publicidade, as emissões de animação, os slogans das manifestações, a moda adotam um estilo humorístico”. Porém, inexiste o monopólio do cômico. De outro modo, o cômico se une ao grotesco, unificando-se à categoria do realismo grotesco.

Lipovestsky explica que: “O mundo do riso edifica-se essencialmente a partir das mais diversas formas de grosseria, de rebaixamentos grotescos dos ritos e símbolos religiosos, de arremedos paródicos dos cultos oficiais, de coroações e destronamentos bufos”. Porém, com o tempo percebemos uma transformação do humor afastando-se do grotesco.

O humor seduz e aproxima os indivíduos. Onde o riso é construído a partir do humor, da ironia e do sarcasmo. Lipovestsky coloca que “o humor de massa é sedutor, tônico e psicodélico; o seu registro pretende-se expressivo, caloroso e cordial”. Neste sentido, hoje temos um humor livre, liberto dos antigos moldes.

Contudo, em ocorrendo uma depreciação do eu no humor. De toda forma o humor vem investindo na esfera do social. Em que o riso surge como um novo híbrido de consciência reflexiva e terapêutica. Vivemos uma fase humorística das democracias. Onde o humor investe na esfera do sentido social.

J.P.D.

domingo, 14 de julho de 2013

Desenvolver


Nos textos deste blog venho abordando temas que convergem ao desenvolvimento pessoal, espiritual, político, tecnológico entre outros assuntos. Assim como o contexto evolutivo da sociedade da informação e produção.  Por vezes sinto estar insistindo em um tema específico e inesgotável ao mesmo tempo.  E, cada vez mais, acredito que são estes tópicos, os quais, quando debatidos e trabalhados, podem mudar o mundo.

Quando os indivíduos buscam o desenvolvimento, acabam concentrando-se somente naquilo que vem pra somar. Começamos a entender melhor o panorama atual da globalização da democracia capitalista, do desenvolvimento midiático e tecnológico, entre outros assuntos, tais como o poder do conhecimento e da informação. E, assim sendo, começamos a nos inserir neste contexto de mudanças e transformações.

Tenho certeza de que a maioria dos interessados em refletir sobre estes temas tem algo em comum. Buscamos o desenvolvimento. O entendimento e a sabedoria transformadora que nos conduz ao progresso. Neste sentido, é nosso compromisso seguir debatendo tais tópicos para que juntos possamos crescer como pessoas, indivíduos, cidadãos e sociedade.

J.P.D.

sábado, 13 de julho de 2013

Maestros de si mesmos


Para que tenhamos sucesso em nossos empreendimentos, sejam profissionais, intelectuais, físicos, materiais, espirituais ou de qualquer outra natureza, muitas vezes precisamos tomar as rédeas da situação. Gerenciar os próprios recursos. Como um general do exército que somos. Como o maestro da orquestra que compomos quando comungamos nossos mais distintos estados de espírito. Seja quando nos resumidos como indivíduos, ou quando nos expandimos ao contexto complexo do coletivo. O 'sou' e o 'somos'.

Primeiro precisamos entender as regras do jogo. Compreender os movimentos das peças no tabuleiro. Saber o que queremos. E o que podemos fazer dentro das leis do céu e da terra. E então chamar pra nós a responsabilidade daquilo que só a gente pode fazer. Estejamos conscientes e determinados pra fazer o certo.

Porém, ao mesmo tempo em que nos colocamos como regentes de nós mesmos, precisamos manter a humildade que nos faz reconhecer a nós mesmos como instrumentos do poder superior conforme o compreendemos. Os infinitos números da flexão do 'ser' precisam ser trabalhados em comunhão. Somente assim é possível a expansão da consciência coletiva na unidade do ser. O igual, o diferente e o semelhante, assim como o outro e o mesmo, coexistem na unidade do 'somos'. De algum modo, 'somos o que somos'. E precisamos nos legitimar no singular e no plural.

J.P.D.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Reflexão - Sobre um mundo melhor


Aproveito este espaço pra propor aqui uma reflexão a respeito da parte do cidadão no contrato social. Muito se fala sobre a necessidade de transformação na sociedade. Mudanças que precisam ser efetivadas a fim de criar um ambiente mais desenvolvido dentro do processo evolutivo. Neste contexto, sabemos que o progresso coletivo depende de um conjunto de desenvolvimentos individuais. 

Assim sendo, proponho a seguinte pergunta à nossa reflexão: 'Estamos fazendo nossa parte pra nos tornarmos pessoas melhores e, consequentemente, contribuir na construção de um mudo melhor pra viver ?' 

'Se sim, o que mais podemos fazer ?' -  'De outra forma, como posso contribuir ativamente na construção de um mundo mais igualitário, justo e desenvolvido ?' - 'E como precisamos proceder a fim de que nos tornemos pessoas melhores nos mais amplos sentidos ?'

Reflita por algum tempo, e comece a agir. Um novo mundo se constrói com atitude.

J.P.D.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Mobilização

Foto: Juliano Dornelles
A mobilização da quinta-feira, dia 11 de julho, no centro da capital gaúcha, e em outras tantas cidades brasileiras, demonstram o poder das massas. Demonstração esta que revela, através da mobilização coletiva, o interesse do povo em construir um pais melhor a partir das mudanças concretas que possibilitarão a transformação real da sociedade em que vivemos. Este é apenas o ponta pé inicial. 

A greve geral, que parou a cidade de Porto Alegre, contou com a presença de movimentos trabalhistas, sindicatos e outros grupos que reivindicam, entre outras coisas, o fim do fator previdenciário  a reforma agrária e o passe livre.

Após caminhadas pelas ruas do centro da cidade, a massa se reuniu no Largo Glênio Peres, em frente ao Mercado Público, onde manifestaram, levantaram suas bandeiras e celebraram o direito de protesto. Após esta paralisação, os grupos prometem novas mobilizações em todo Brasil.

J.P.D.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Trabalhando o Céu e a Terra


Quando falamos em trabalho, a grande maioria das pessoas pensa em profissões remuneradas, onde desempenhamos atividades profissionais com finalidades de sobrevivência, sustento, independência financeira, construção de patrimônio e acúmulo de riquezas. Porém, há um trabalho maior que está além destes e outros fins e meios.

De algum modo, os tipos de trabalhos extrapolam os tipos remunerados. Há os trabalhos voluntários, sociais, de necessidade pessoal (pra si mesmo), por amor e pela dignidade e reconhecimento de se legitimar e ser respeitado como trabalhador. Mas convenhamos; Todos nós, trabalhadores, queremos e merecemos receber pelas atividades que desempenhamos.

Assim sendo... O escritor escreve; O poeta recita; O atleta pratica esportes; O músico compõem, canta e toca; O cozinheiro cozinha; A faxineira limpa, lava e passa; O professor ensina; O pesquisador pesquisa; O construtor constrói; O curandeiro cura; O webmaster trabalha com blogs e sites; O pajé, com ervas; O padre, com santos; E o médium, com espíritos. 

Nem todos recebem em dinheiro. Apesar deste ser o desejo e a meta da grande maioria dos trabalhadores. Muitas vezes por necessidade. Até porque precisamos de recursos pra comer, vestir, se transportar, habitar, acessar a internet, manter uma linha de telefone ou celular. Entre tantas outras coisas.

De alguma forma, há um trabalho maior que acompanha os homens conscientes. O trabalho da alma. Trabalho este que envolve as relações dos homem com o céu e a Terra. Aquilo que nos torna quem realmente somos. Aquilo que nos faz entender o verdadeiro sentido da existência.

Deste modo, mestres e magos, filhos de Deus que se tornam pais de si mesmos,  e cada um de nós, trabalhamos em cada espaço circulado e nas atividades que desenvolvemos no dia-a-dia. Ir à academia, fazer compras, conversar pelo telefone, aconselhar quem precisa ouvir um conselho, caminhar pelas ruas sintonizado com o ar e a luz solar, sentido a natureza em plenitude e emanando bons fluidos e pensamento positivo. 

Quando conscientes, encontramos o trabalho em cada atividade desempenhada. Agindo de forma influente no contexto social, dentro de nossas possibilidades. Cada palavra, cada frase, cada sorriso e cada verso. Tudo influencia na transformação da sociedade e dos homens. Pois de algum modo, tudo é trabalho.

J.P.D.

terça-feira, 9 de julho de 2013

O preço da recriação


A recriação da realidade requer mudanças drásticas de atitude. Construir uma nova identidade a partir da anterior. É como formatar a máquina, fazer back up do que interessa, retirar o desnecessário e instalar os softwares de nossa preferência; Abrindo espaço aos novos arquivos, músicas, textos e imagens; Mantendo a parte essencial da memória que nos liga às boas lembranças do passado.

Sobre o contexto da intencionalidade, existem dois tipos de recriação. As voluntárias e as involuntárias. As voluntárias são conscientes e baseadas em escolhas reflexivas. Enquanto as involuntárias são esporádicas e isentas de programação ou interesse consciente. Há uma tendência de que a maioria das transformações benéficas e construtivas sejam conscientes enquanto boa parte das transformações destrutivas são involuntárias.

O certo é que podemos nos recriar do zero e chegar ao cem por cento. Infelizmente, o contrário também ocorre. Mas vamos focar nas transformações construtivas. Aquelas em que o indivíduo busca uma recriação no sentido do progresso e do desenvolvimento. Revendo hábitos e reprogramando rotinas. 

Toda transformação parte de uma mudança de postura. Experimentamos pensar de outro modo. Olhar por outro angulo. Agir e reagir de outra forma. Boa parte destas mudanças é baseada em referenciais. Adotamos exemplos de casos de sucesso nas áreas que desejamos nos desenvolver. E seguimos tais exemplos em nosso dia-a-dia.

Muitas vezes a transformação da realidade requer a superação de um problema. Um hábito, um medo, um pensamento, um vício ou empecilho encontrado no caminho. A superação destes obstáculos move o desenvolvimento e muitos guerreiros da vida real, os quais alcançam o progresso considerável. A superação parte da identificação do problema e consequentemente da libertação dos velhos hábitos.

O certo é que uma vez superado um problema, aquele que o supera sente-se tomado pelo gosto da superação. E, partindo da primeira conquista, seguem em luta cotidiana a fim contabilizar novas conquistas. Muitos focam no profissional, outros no relacionamento, na forma física, na saúde, nas conquistas materiais, na soma de títulos e graus de reconhecimento, no poder e na fama. Mas todos buscam a mesma coisa. Crescer e se desenvolver.

Movidos pelo desejo de sucesso, cada indivíduo consciente e determinado segue investindo firmemente naquilo que acredita ser uma forma melhor de viver. E quando há determinação os resultados surgem. Alguns ganhos são colhidos de imediato. Outros vêm com o tempo. Um dia de cada vez. Com empenho será possível colher os frutos do trabalho.

J.P.D.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Tecnológicos


Constantemente abordo aqui a questão da dependência mediada. E apesar de ser de uma geração que só conheceu a internet na adolescência, sofro da mesma forma que sofrem aqueles que nasceram conectados na rede. 

Desde sábado à noite fiquei sem conexão banda larga em casa. Por aqui usamnos internet a rádio e, quando vem chuva forte, geralmente ficamos sem sinal. Ao mesmo tempo meu modem 3G é incompatível com o Windows 8, recentemente instalado no Lapt top. Pra completar, gastei todo o saldo do celular em uma ligação na noite de sábado. Saldo que geralmente uso exclusivamente no acesso à internet pelo celular.

A soma destes imprevistos me fez passar 48 horas sem acesso à rede. Isso é aceitável em uma viagem ou em um período que nos ocupamos com outras atividades. Mas em dois dias ilhados em casa pela chuva, a conexão mediada se torna uma obsessão vital à felicidade. Principalmente quando somos viciados em internet.

A internet é onde posto e compartilho meus textos, fotos, vídeos e outras artes de minha própria autoria. Também é onde mantenho a maior parte de minhas conexões municipais, estaduais, nacionais e internacionais. Ficar sem sinal de internet é como estar em uma ilha deserta ouvindo o som do vento, dos pássaros de das ondas do mar sem ninguém pra ouvir aquilo que temos pra falar.

É certo que precisamos ter outros tipos de conexão. Além daqueles tipos que necessitam da tecnologia pra proceder. Como o telefone e a internet, por exemplo. Porém, vivo outro contratempo. Há três anos venho lutando na tentativa de me recriar como pessoa, me libertando de uma juventude rebelde regada a amizades superficiais, companhias movidas por segundas intenções e boemia exacerbada em bares e festas regadas a álcool e tabaco.

O preço desta transformação tem sido uma reclusão nas atividades profissionais e de lazer. Invisto os dias nos estudos como mestrando, em trabalhos como escritor e produtor de conteúdo, treinos na academia e eventuais companhias que cedem um pouco de seus respetivos tempos pra me fazer companhia.

Neste contexto, a internet, assim como as mensagens sms, tem sido a forma pra maximizar conexões. Ficar sem internet, assim como saldo no celular, quando somado ao isolamento físico, nos faz pensar sobre muitas coisas. O quanto é importante ter pessoas por perto. O quanto é valioso poder escrever e compartilhar um texto na rede. O quanto é bom poder conversar com amigos via redes sociais. Além da necessidade clara real da libertação da dependência tecnológica. De algum modo, estes dois dias sem conexão me valeram estas e outras reflexões.

J.P.D.

sábado, 6 de julho de 2013

Imaginário Comunicativo


Constantemente, trago em meus textos temas relacionados à comunicação, interação, internet, redes, conexão e tecnologia. E poucas vezes me permito viajar além do universo o qual residimos. Porém, é neste momento que venho dizer-lhes uma verdade. A comunicação virtual, mental e espiritual transcende em tudo a comunicação mediada pela tecnologia.

Há uma comunicação subliminar implícita em cada subjetividade. Muito além daquilo que podemos mapear geneticamente. Há também uma concentração de informações subliminares imersas no subconsciente. O que neurolinguístas, psiquiatras, espíritas e espiritualistas chamariam de telepatia. Somos capazes de transmitir dados, conhecimento e informação, mentalmente. A ciência há de comprovar em breve aquilo que muitos já sabem, conhecem e usufruem. Porém, poucos têm coragem pra falar sobre pelo fato de temerem ser chamados de loucos.

O que move o imaginário das religiões e ritos. A banda; A linha; O mito. O 'lá', o 'já' e o 'que'. E tudo mais oriundo do antes e do depois. O que nos torna quem somos. Como pais, filhos e irmãos. Santos, anjos e demônios. O cavaleiro, o cavalo, a espada e o guerreiro. As informações e o conhecimento criptografados e registrados nos elementos da natureza. Corpo e alma. O virtual e o real. Tudo é uma coisa só.

Somos o que somos. O fruto do imaginário materializado no plano real. Magos, cientistas e construtores de nós mesmos. E quando achamos que sabemos algo, há algo novo a ser descoberto. E neste contexto vivemos então a experiência telepática. Seja em uma conversa mental cruzada em meio a uma ligação telefônica. Seja no monólogo mental imaginativo, quando observamos uma imagem ou pensamos em alguém. E todas as experiências sensoriais forjadas a partir destes experimentos.

Imagens e palavras criam coisas. Pensamentos, sentimentos e imaginação. Muito além do mundo da lua criado pela imaginação inocente dos poetas e filósofos do passado. Muito além das estrelas visíveis aos astrônomos e astrólogos. Tudo e mais um pouco; Transcende o imaginário. De algum modo, a telepatia procede. É fato e realidade.

J.P.D.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Recriação da Democracia


Recentemente percebemos uma movimentação coletiva pró-participação vinculada ao desenvolvimento tecnológico, mais especificamente à internet e às redes sociais virtuais. A tendência atual de participação interativa vem ganhando espaço na web enquanto ocupa espaços físicos de circulação a partir de ações coletivas, interativas e colaborativas.

Chegamos ao um momento de reflexão e recriação da realidade. Perguntamo-nos pra onde estamos indo. E o quanto tais movimentos podem influenciar a jornada de recriação (e superação) da democracia.

O que percebemos de início é uma forte tendência à descentralização do poder. À isenção de lideranças e representações políticas. Fazendo uso das tecnologias na participação popular, extrapolando assim o espaço-tempo e as organizações hierárquicas.

Os movimentos atuais buscam a recriação política do mundo em que vivemos. Uma verdadeira reconstrução da esfera pública. Com práticas compartilhadas do exercício do poder coletivo. Uma busca de um novo contrato social. E tudo isso na esperança de um mundo melhor.

Percebemos também, além do desejo de descentralização política, uma forte tendência à distribuição do espaço. Ao livre acesso e a livre circulação. A busca pela inclusão e acessibilidade participativa. Compartilhando a tecnologia, a informação e o poder. Apesar do longo caminho a ser trilhado, já é possível fazer uma previsão a cerca dos próximos episódios da recriação política da sociedade do século XXI.

J.P.D.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Olhos no Futuro


Cientistas, filósofos, sociólogos e outros acadêmicos constantemente fazem previsões sobre o futuro. O que nos espera logo mais. De algum modo, estas previsões são baseadas nos movimentos e caminhos que percorremos no decorrer dos tempos. Uma vez que a melhor forma de projetar o futuro é entender como chegamos até o presente.

Se precisamos entender o presente na busca da construção das profecias sobre o futuro, entender o passado é a melhor maneira de compreender o presente. Quem somos, quem fomos e quem seremos. Presente, passado e futuro. Nas transformações ocorridas no espaço-tempo percebemos a direção que estamos tomando e o movimento que vem sendo desenvolvido.

Assim como os cientistas, os magos também projetam o futuro de acordo com o movimento que percorreram do passado ao presente. Assim são evitados os erros de antes e se multiplicam os experimentos bem sucedidos, assim como as fórmulas mágicas de outros tempos. Com uma história solidificada no passado, os pés no presente e os olhos no futuro, certamente trilharemos com êxito o caminho que construimos.

J.P.D.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Fórum Internacional do Software Livre


Quanto mais estudo, trabalho e escrevo sobre, tecnologia, internet e redes sociais, percebo que este é um tema que está muito longe de ser esgotado. Nesta quarta-feira, três de julho, participei de algumas palestras e oficinas no Fórum Internacional do Software Livre. Evento que trabalha com um leque variado de estudos dentro do contexto tecnológico. Principalmente no que se refere à produção colaborativa de softwares em código aberto. Os chamados softwares livres.

No primeiro dia do evento tive a oportunidade de acesso a informações valiosas em distintas áreas. De algum modo o fórum trata, em parte, de temas que venho abordando com certa frequência em meus textos neste blog e em outros canais. 

O uso da internet na educação gerando inclusão digital e, consequentemente, inclusão social, segue sendo tema de interesse prioritário de educadores e sociólogos. Algumas iniciativas vêm sendo feitas neste sentido. Uma delas é o uso de plataformas interativas como o caso da plataforma Noosfero.org, utilizada em escolas de nível médio, oportunizando a produção de texto e conteúdo multimídia, além do compartilhamento e interação entre usuários. Desbloqueando assim a criatividade do jovem em expor suas ideias ao seu modo.

Outro tópico abordado no evento é o frequente uso de mídias digitais por movimentos sociais. Mostrando que há um infinito potencial a ser explorado nas redes interativas. Da mesma forma ainda se fala muita na tecnocracia. E na democracia direta e digital. Além das infinitas possibilidades que a tecnologia proporciona ao exercício político de governo.

Por fim, como sempre digo, estamos apenas no começo. Necessitamos do fortalecimento das identidades sociais. Sejam individuais ou coletivas. E a internet possibilita que tais identidades sejam construídas, e as respectivas subjetividades, legitimadas. 

Buscamos um mundo melhor. Um mundo com igualdade. E acesso à informação, ao conhecimento e à tecnologia. A multiplicidade de possibilidades de ação segue em expansão contínua. Aprendemos que juntos somos mais fortes. E cada vez mais, nos reunimos em grupos onde compartilhamos interesses coletivos. 

Apesar de todos os benefícios vindouros, sentimos que há também grandes desafios pela frente. Se de um lado a produção de mais do mesmo pode parecer uma ameaça ao convívio das diferenças em um contexto de heterogeneidade, de outro a igualdade se torna necessária à ordem e a paz. Muitos outros temas também foram abordados neste primeiro dia de Fórum. Este é apenas um esboço do que vem logo mais.

J.P.D.