sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Orgasmo Eletrônico


Usar a internet é como fazer sexo. Nos apaixona. Nos dá prazer. Nos excita. Nos faz oscilar entre o amor e  o ódio. Também passamos por conflitos no relacionamento homem máquina como nos relacionamentos homem mulher. Criamos expectativas. Temos bons e maus momentos. E o que mais nos preocupa. Dependemos da tecnologia assim como das mulheres para a nossa satisfação pessoal ser completa e plena. 

Quando um internauta entra em uma loja de informática é como um homem andar pela praia em meio a dezenas de gostosas com fio dental. Olha todas aquelas máquinas e sonha em poder manuseá-las. Bundas e peitos são como as curvas da tecnologia. Memória RAM, HD, teclado sem fio; A capacidade de armazenamento. A velocidade de processamento. O tamanho do monitor.

Apesar de toda a tecnologia de hardware, ainda precisamos dos softwares. Ter um grande número de softwares instalados é como dominar uma grande variedade de posições do Kama sutra. Mas não basta ter uma super máquina como super softwares. É preciso saber como usá-la. De outro modo para nada adiantaria. Precisamos saber como usar a tecnologia. O que traz a alta performance na relação é muito mais o desempenho do internauta do que a capacidade do instrumento que possui.

Precisamos entender que, mesmo quanto temos uma máquina de alta performance, há dias em que ela pira e literalmente 'dá pau'. É a hora de fazer uma formatação. Colocar tudo pra fora. Esvaziar a tensão do corpo, mente e alma. Formatar o computador é como livrar-se de problemas e lembranças que poderiam prejudicar o desempenho físico. Depois reinstalar novas lembranças. Alimentar a aura da tecnologia. E navegar novamente com a tranquilidade habitual.

Uma das coisas que mais atrai os internautas à internet é o volume de conhecimento. A capacidade de lhe entreter. De lhe fazer rir e chorar. Os internautas buscam conteúdo, da mesma forma que homens inteligentes gostam de mulheres inteligentes. 

Assim como no sexo, também precisamos usar preservativo. As máquinas não engravidam, mas está cheio de ameaças na rede. E cuidado a onde vai passar o seu cartão de crédito. Nem todas as mulheres e sites são confiáveis. 

Apesar dos conflitos naturais de uma relação, a interação homem e máquina, internauta e rede, tem o mesmo objetivo que a relação homem e mulher. Trazer satisfação e prazer a quem está conectado. Na internet, assim como no sexo, o objetivo é o mesmo. Todos queremos gozar no final.

J.P.D.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Tudo é Magia II


Com frequência buscamos fórmulas e caminhos para a satisfação pessoal. O sucesso profissional, a longevidade da vida saudável ou simplesmente a felicidade durante a caminhada. Independente de qual seja a nossa meta, todos queremos mais do melhor. 

Nem todos vivem uma vida padrão, harmoniosa ou monótona. Existem bons e maus momentos. Alguns de nós experimentam caminhar tanto pelos terrenos pedregosos como pelas estradas uniformes. Pelos vales escuros como pelos caminhos mais iluminados. Entre erros e acertos. Entre a virtude e o pecado. Mesmo que busquemos a perfeição. Esta é a nossa essência.

Porém, em uma certa etapa de nossas vidas, precisamos reformular nosso plano de ações. Rever nossas práticas e teorias. Fazendo escolhas. E em alguns momentos, sacrifícios. Alterando a forma de pensar. Mudando o modo de agir. Mas mantendo a essência. 

Resolver uma situação desfavorável e transformá-la em algo favorável é como partir do Karma para o Dharma. É preciso entoar um canto novo de tempo em tempo. Libertando-se dos velhos conceitos. Buscando a libertação dos velhos hábitos. Só assim é possível alcançar a glória, a plena felicidade ou simplesmente a iluminação da alma.

Se dar a chance de viver uma nova vida. Uma vida melhor a cada dia. É como abrir as portas do céu e passar por elas. É certo que nem todos buscamos as mesmas coisas. Mas temos muitos desejos em comum. Viver uma nova vida requer em parte trilhar um novo caminho. Superar-se na busca do desenvolvimento. Crescer em cada situação.

Para que isso ocorra é natural que precisemos passar pelo que chamamos de 'o despertar da consciência'. Abrir a mente e expandir os horizontes do pensar e do sentir. Podemos dizer que esta é uma prática matemática ao mesmo tempo que é espiritual. Uma forma de alquimia colocando em sintonia corpo, mente e alma.

Atingir a sabedoria é tão trabalhoso quanto atingir objetivos materiais. O religare completo entre o homem e o universo. Em direção aos dias melhores. Até alcançar o nirvana. Entoar este novo canto é como escolher viver a vida da melhor forma. É como recitar o mantra que nos conduz ao paraíso. Com a certeza de que somos magos de nós mesmos e construtores do caminho.

J.P.D.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Rede Social Inteligente


Os internautas brasileiros são conhecidos como os internautas que mais utilizam mídias sociais no mundo. Dominaram o Orkut durante anos, invadiram o Facebook, Windows Live, Twitter, YouTube, Flickr, Linkedin, Badoo e muitas outras redes sociais virtuais. Porém, apesar de alguns projetos isolados, ainda sentimos falta de uma super rede social virtual criada por brasileiros. Uma rede inteligente.

Apesar da criação do Facebook ter tido participação de um brasileiro, e haverem outros brasileiros trabalhando com aplicativos para mídias sociais como o Instagram, nós, internautas brasileiros queremos mais. E pelo fato de sermos hard users das mídias de interação online somos capazes de desenvolver algo que supere as expectativas.

Há alguns anos, fiz um projeto para uma seleção de mestrado na Universidade Federal do Rio Grande do Sul e neste projeto coloquei a necessidade de termos uma rede inteligente. Com conexões inteligentes. Indo além da simples interação. Colocando em conexão bancos de dados de órgãos importantes como bancos, crédito, convênios médicos, sistemas de identificação, Detran, Polícias, TRE, CPF, CNPJ, RG, CNT e outros documentos e órgãos.

O projeto do "Sistema integrado de identificação e informação', como eu chamava,  ficou de fora na época, pois não se enquadrava no formato de uma pesquisa qualitativa ou quantitativa que pudesse originar uma dissertação, mas sim em um plano de ação e execução de uma ideia. Apesar de meu projeto não ter sido executado, guardei-o na gaveta e até então tenho pensado e repensado nele, e na vantagem de criar uma rede social inteligente. Lembro que na configuração do projeto partia da criação do documento único que estava sendo lançado naquele momento. Imaginei as vantagens de interligar os sistemas de identificação com bancos de dados virtuais, e os recursos que encontramos hoje em dia nas redes tradicionais. 

A ideia matriz formatava a possibilidade de acessar estes dados a partir de marcas pessoais que poderiam ser desde as impressões digitais da pessoa, o DNA, o mapa da Iris ocular, um código de barras tatuado na pele, um chip implantado ou até mesmo o número do passaporte, CPF ou RG. A partir deste acesso órgãos importantes como as polícias civil, federal, rodoviária e militar, além de instituições e setores públicos como hospitais, universidades, previdência e mais. Algumas destas informações só poderiam ser acessadas por órgãos específicos. A partir da impressão digital, por exemplo, um hospital poderia ter todas as informações de um paciente acidentado. Nome, endereço, idade, antecedentes criminais, convênios médicos, em quais bancos têm contas, quando tomou as últimas vacinas, se sofre de enfermidade, se tem alguma alergia, se já teve internação hospitalar anterior, etc

Todo este conjunto de informações interconectadas formaria o que chamamos de sistema integrado de informação e bancos de dados. Todas as informações dispostas em uma plataforma no estilo de mídia social. Com informações com acesso restrito, informações com possibilidade de serem ocultadas pelo próprio internauta e informações visíveis a outros usuários. No projeto original e nos apêndices adicionais que formatei após a seleção, existem dezenas de ideias adicionais partindo desta ideia base. Venho estudando e reformatando este projeto há sete anos. 

Mesmo após quatro anos do dia em que entreguei o projeto parcial, ainda não vi nada semelhante sendo feito no mundo. Como internauta e brasileiro assumo ser um tanto sonhador e ambicioso. Mas também consigo ser realista. Este é um projeto viável dentro do desenvolvimento tecnológico que vivemos. Porém 'um sonho que se sonha só é só um sonho que se sonha só'. Precisamos jogar juntos. E neste sentido sigo disponível e em busca da oportunidade ideal, na hora apropriada e no lugar certo.

J.P.D.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Inteligência Artificial


A cada dia percebemos o avanço tecnológico tomando conta do mundo em que vivemos. A tecnologia se aprimora a cada momento. E cada vez somos mais dependentes dela. Em meio a toda esta transformação, o homem encaminha-se para a criação da inteligência artificial. O que pode parecer uma solução também pode ser observada como uma ameaça.

A grande maioria das religiões parte do preceito de que Deus criou o universo, o mundo e tudo que nele existe. Incluindo o homem. Para algumas religiões o homem foi criado à imagem e semelhando do Ser supremo. 

Com o desenvolvimento tecnológico, e a arquitetura da inteligência coletiva, o homem brinca de ser Deus. Porém carece da sabedoria de quem o criou. Ao invés de projetar a criatura tecnológica à sua imagem e semelhança corre o risco de criar algo superior a si mesmo. Ou seja, uma criatura dotada de uma inteligência artificial superior à inteligência do seu criador humano.

Se de um lado a inteligência pode otimizar os procedimentos humanos, ganhando tempo e avançando com maior velocidade, de outro lado pode surpreender seus criadores humanos. O princípio da inteligência artificial parte de uma inteligência coletiva humana. Seria como ensinar às máquinas tudo o que os homens sabem com a vantagem de um raciocínio lógico mais rápido e sem erros.

A grande questão que surge é: Será que os homens darão sentimento às máquinas? Darão alma humana para se tornarem a sua continuação no cosmos? Ou será que tornarão os seres tecnológicos, dotados da inteligência artificial, mais fortes do que os homens, uma vez sendo mais racionais do que sentimentais? 

Outra questão importante é sobre os criadores humanos darem poder de decisão às máquinas. Será que os robôs do futuro poderão decidir por si mesmos. Ou serão escravizados e domesticados como outras espécies animais que os homens julgam inferiores?

Tudo isso é algo a ser pensado com calma. Manter a tecnologia trabalhando para nós e ao mesmo tempo dar-lhe super poderes poderia colocar em risco a supremacia dos homens na Terra e no Universo. De qualquer forma estas e outras decisões ainda dependem de nossas escolhas. Se for o caso de dar sentimentos, discernimento e arbítrio às máquinas, além da inteligência, deem o que há de melhor nos homens. E criemos máquinas do bem. Pois continuará sendo importante ter a tecnologia do nosso lado.

J.P.D.

domingo, 25 de novembro de 2012

Consumo de Subjetividades


Na grande maioria do consumo de livros, filmes, novelas, seriados, e outros formatos de veiculação de histórias (e estórias) do cotidiano é onde ocorre a construção das subjetividades. Consumimos principalmente o estilo de vida dos personagens, suas qualidades, virtudes, modos de agir e pensar no mundo.

Primeiramente, para que possamos entender melhor sobre o que estou falando, tentarei colocar o que é uma subjetividade. Segundo o Wikipédia a subjetividade "é entendida como o espaço íntimo do indivíduo (mundo interno) com o qual ele se relaciona com o mundo social (mundo externo), resultando tanto em marcas singulares na formação do indivíduo quanto na construção de crenças e valores compartilhados na dimensão cultural que vão constituir a experiência histórica e coletiva dos grupos e populações".

Assim sendo, a subjetividade é a marca pessoal do indivíduo. Os valores que compõem a sua identidade. Os traços que o tornam único. Neste sentido, construir uma subjetividade e legitimá-la é como assumir uma nova vida a partir de um conceito, filosofia ou projeto, materializando-a e tornando-a real a partir de atitudes que comprovam a identidade do ator social em relação ao papel que representa na sociedade.

Quando falo em ator e representação, não falo em ficção, mas falo no mundo real. Cada um de nós tem um papel na sociedade. O trabalhador é quem trabalha, o estudante é quem estuda, o professor é quem ensina, o construtor é que constrói, o escritor é quem escreve e assim sucessivamente. Todos são o que chamamos de atores sociais dentro do papel que assumem na vida real.

Na construção do papel que assumimos como atores sociais no mundo real, coletamos características do ambiente em que vivemos e, sobretudo, de outras pessoas e suas identidades, personagens e personificações. Neste contexto, a literatura, a música e o cinema alimentam nosso estilo de vida. E ajudam a construir quem realmente somos. A moda, o pensamento, a linguagem, a forma de agir e pensar.

Notamos, hoje em dia, a comercialização de subjetividades a partir dos veículos de comunicação e circulação da cultura. A internet é um bom exemplo disto. Com a crescente exposição das intimidades, e da vida real de celebridades e pessoas comuns, cresce também o consumo destes modos de sentir e ver o mundo.

As subjetividades circulam entre nós através dos meios de comunicação. E se consolidam quando transformam a identidade de uma pessoa. Tornando-a única e singular. É a partir do consumo das subjetividades, e das experiências pessoais, individuais e coletivas, que uma pessoa constrói a sua própria identidade e legitima-se, no mundo real, como sendo quem realmente é. Mas este é outro assunto.

J.P.D. 

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Transformação da Língua


Na década de 1990, quando os Web-chats, o Mirc e o Icq eram novidade, surgiu o termo 'teclar'. Rapidamente as palavras foram sendo abreviadas. Assim como 'você' virou 'vc', 'também' virou 'tb' e 'tudo' virou 'td'. 'Teclar' virou 'tc'.

O estranho é que com o passar dos anos o termo foi transmutando mais ainda. Recentemente encontrei em alguns livros de comunicação o termo 'tecer', como sendo a versão por extenso do 'tc', que na verdade era a abreviatura de 'teclar'.

Isto é o que chamamos de transformação da língua. No ensino fundamental, por exemplo, aprendemos a origem do 'Você'. A expressão original era “Vossa Mercê”, que virou “Vosmicê” e depois "Você". O que na linguagem da web se resume em 'Vc'.

Resumindo, esta e outras histórias da língua, convém lembrar Lavoisier que um dia disse: 'Nada se perde. Nada se cria. Tudo se Transforma". Sigamos então a transformação da  língua e da linguagem.

J.P.D. 

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

A hora das Fanpages


Se o Facebook continuar crescendo vertiginosamente, há uma grande chance das empresas e pessoas físicas trocarem seus sites e blogs por Fanpages. Há quem diga que o tempo dos sites e blogs coorporativos passou. Vivemos o tempo das páginas em redes sociais. Muitas empresas já estão direcionando seus endereços eletrônicos diretamente para as Fanpages. Eis uma nova alternativa, gratuita, de fácil gerenciamento, com publico interativo e de grande alcance. Saiba como construir a sua.

Conheça nossa Fanpage: Multimídia Channel

J.P.D. 

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Dia da consciência negra


Hoje celebramos 'O dia da consciência negra no Brasil'. Lembramos nesta data o sofrimento dos africanos trazidos como escravos pelos portugueses ao Brasil no tempo da colonização portuguesa. E, sobretudo, celebramos a luta pela liberdade. A data foi inspirada pela história de um dos principais líderes negros naquela época. Zumbi dos palmares.

Assim como os Judeus no Egito, os africanos sofreram, e muito, com a escravidão. Isto ocorreu em quase todo o território americano. Pois, segundo os colonizadores, os índios não tinham tanta disposição ao trabalho quanto os africanos. Tampouco se submetiam à escravidão, preferindo morrer do que servirem como escravos.

A lenda diz que reis, príncipes e guerreiros africanos foram trazidos como escravos ao Brasil pelos portugueses. Trazer estes líderes ao Brasil era a forma de evitar revoltas e mobilizações nas colônias portuguesas na África naqueles tempos.

Com o fim da escravidão ocorreu a miscigenação das etnias. Grande parte dos brasileiros, mesmo os descendente dos imigrantes europeus e asiáticos mais recentes, tem um tanto da influência africana, seja no DNA, em hábitos culturais como a música e a culinária, na religião ou até mesmo na alma. O mesmo ocorre com a cultura indígena e o sangue, dos primeiros habitantes deste continente, derramado nesta terra.

Hoje em dia vivemos ainda vivemos a luta pela liberdade. Não só a liberdade da discriminação racial. Mas de muitos outros tipos de discriminação. Alias, a discriminação racial não deveria ser chamada assim. Pois podemos dizer que há somente uma raça. A raça humana. Ou espécie dos Homo Sapiens Sapiens, se assim preferir. O que existe além disso são etnias ou linhagens. 

De alguma forma esta é uma data para refletirmos sobre a liberdade. E também sobre o preconceito.  Que não é só étnico, mas também social, sexual, etário, cultural e de outros gêneros. 


Precisamos ter em mente que somos mais fortes quando unidos. E que o desenvolvimento depende muito mais do mutualismo e da proto-cooperação do que qualquer tipo de disputa. Que sirva a data para expandir os pensamentos neste sentido.

J.P.D.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Entre o Caos e o Desenvolvimento


Neste domingo estava olhando o Fantástico e vi a reportagem sobre o drama dos trabalhadores desempregados na Espanha. Me identifiquei em parte com a situação dos espanhóis e imigrantes que vivem naquele país. E fico um tanto alarmado com a situação. 

Segundo a matéria, um quarto dos trabalhadores naquele país estão desempregados. Muitos deles são despachados de suas próprias casas e deixados na rua por não terem trabalho para adquirir o que necessitam para o seu sustento. Esta situação é muito crítica. Abrange também outros países da Europa e do mundo. E como tudo que é local hoje em dia, tende a se tornar global.

Na primeira metade do século vinte, trabalhadores protestaram contra a substituição de mão de obra pelas máquinas. Hoje em dia a tecnologia segue roubando empregos dos trabalhadores. Como trabalhador em busca de oportunidades, sei muito bem do que se trata.

Tenho percorrido as ruas da cidade atrás de trabalho remunerado, clientes para os meus serviços e vagas com vínculo empregatício. Na área em que trabalho poucas empresas oferecem treinamento. Em serviços específicos como edição de vídeo e imagem, por exemplo, é ainda mais difícil. Pois boa parte das empresas trabalha com softwares específicos.

Mas há exceções. As empresas de telemarketing, por exemplo, costumam contratar pessoas com pouca ou nenhuma experiência, e oferecer-lhes treinamento. Porém muitas delas oferecem salários abaixo do mínimo, por se tratar de vagas de turno parcial. Trabalhei neste ramo e sei como estes trabalhadores sofrem. Há alguns meses, no auge da necessidade, recorri a algumas seleções neste tipo de empresa e recebi mais de uma vez a mesma notícia, que confesso não ter entendido até hoje. As empresas em questão haviam deixado de me contratar pelo fato de eu ser formado e ter pós-graduação. Segundo o RH das empresas eu deveria buscar algo na área. 

De outro modo, quando busco vagas em comunicação noto a exigência de requisitos como ter trabalhado mais de dois anos na função, dominar softwares específicos os quais a empresa não fornece treinamento, conhecer alguém que trabalha na empresa, ter indicação, etc. Enfim, se torna cada vez mais difícil conseguir um espaço no mercado de trabalho. 

O caso da Espanha não é muito diferente da tendência dos próximos anos para o resto do mundo. Só vejo uma solução para acabar com o desemprego, com o aumento do número de pessoas morando nas ruas, com a violência e os protestos causados por estes problemas. Reduzir a jornada de trabalho mantendo os salários, os benefícios e a remuneração base, além de oferecer treinamento e qualificação nas empresas. Principalmente em Tecnologia.  Isto se quisermos evitar o caos generalizado e gerar o desenvolvimento sustentável.

J.P.D. 

domingo, 18 de novembro de 2012

Atualizações na Linha do Tempo do Facebook



De três dias pra cá, no período da noite após as 21 horas, comecei a perceber que o Facebook estava deixando de atualizar as postagens na Linha do Tempo. Isso durante um período de duas horas. O que ocorreu novamente na noite anterior.

Conversei com alguns amigos para saber se era um problema isolado e descobri que mais pessoas estavam com este problema.  Tudo indica que há uma quantidade elevada de acessos no site neste horário e que os servidores não dão conta deste acesso demasiado.

A boa notícia é que isto é temporário. As publicações retornam para a Linha do Tempo no fim da noite, antes da madrugada. Além de que é possível ver cada uma delas no link página inicial. Elas só ficam ausentes temporariamente do perfil do usuário. No mais era isso. Paciência e tudo se resolve.

J.P.D. 

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Mobilização Virtual


Há tempos a internet vem ganhando dimensão de espaço de mobilização das massas. Muitos grupos se reúnem na web para organizar movimentos sociais. Neste ambiente surge todo tipo de mobilização. Desde aqueles que visam apoiar de forma positiva uma causa, até aquelas que visam protestar e ir contra alguma ideologia, decisão ou grupo.

Percebemos o ciberespaço como uma extensão do espaço público. Palco de interação e debates sobre os mais distintos temas. Conforme coloca Rousiley Maia, no livro Mídia, Esfera Pública e Identidades Coletivas,  "o desenvolvimento das novas tecnologias de comunicação e informação abre um grande leque de possibilidades para a interação virtual entre indivíduos e grupos, para a coordenação da ação política ou para a promoção de mobilizações através das redes, em escalas planetárias, de um modo sem precedentes".

Os cidadãos têm se tornado mais politicamente ativos. Enquanto o ciberespaço tem se mostrado como uma esfera de visibilidade pública e política. Neste ambiente cresce a exigência pela transparência e visibilidade, assim como o uso das ferramentas de accountability

Ainda sobre este tema, Jan Ekecrantz observa que “a mídia moderna, supostamente, tem criado novas condições para a política e a formação de identidade, e, certamente, tem produzido novos espaços públicos".

O ciberespaço funciona como um espaço de legitimação de identidades. Mobilizações e movimentos ganham dimensão global. E causas ganham adeptos de todo o mundo dispostos a levantar suas bandeiras. É a visibilidade que estes grupos e ideologias ganham na web que incorpora repercussão e credibilidade dimensionadas. 

Segundo Ilse Scherer-Warren, estes movimentos sociais "são redes sociais complexas, que transcendem organizações empiricamente delimitadas, e que conectam, simbólica e solidariamente, sujeitos individuais e atores coletivos, cujas identidades vão se construindo num processo dialógico". 

Porém devemos distinguir o fator ambiente do capital social. Wilson Gomes coloca que "a esfera pública não é um terreiro um uma praça onde se conversa sobre os negócios do Estado e do interesse civil, mas é a própria conversa ou debate que aí se processam". De algum modo tudo este sistema é um conjunto entre o espaço, os meios mediadores, as pessoas e as ideologias que defendem ou criticam. E neste contexto podemos dizer que os internautas conectados em interação são os principais agentes transformadores da sociedade.


J.P.D. 

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Poesias de Paz - Filho Pai



Filho Pai

Aprendi desde guri

Que se a Terra está no céu
Então o céu é aqui

Se somos filhos de Deus

Quando só Deus é Pai
Somos todos irmãos
E cada um sabe onde vai

Mesmo se poucos sentem assim

Aprendendo do começo ao fim
Bushidô me faz samurai

J.P.D.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

O outro lado da visibilidade mediada


Hoje estava fazendo mais um estudo de campo no YouTube e percebi que ainda há muito a garimpa. Percebo a multiplicidade de conteúdos deste portal. Assim como encontramos muito conhecimento e cultura interessante, encontramos também o que chamamos de anti-cultura, ou ‘conteúdo trash’. 

Quando falo de conteúdos deste gênero, me refiro a conteúdos mais pesados do que cenas de bulling, ninfetas dançando de calcinha, sexo explícito em reallity shows da televisão aberta ou coisas do tipo. Falo de estímulo ao terrorismo, à prostituição e ao consumo de drogas. Assim como outros temas relacionados.

Nesta tarde, por acaso, encontrei um vídeo em que o vloger ensinava como produzir um cigarrilho de maconha. Aproveitei para ver mais vídeos do mesmo canal. E encontrei mais de oitenta vídeos do mesmo internauta sobre o assunto. Ali havia dicas de como plantar, como secar, como prensar, etc. Em todos os vídeos o usuário aproveitava para fumar um baseado e falar bobagem chapado. Tudo bem, à primeira vista parece até engraçado, mas depois fiquei pensando no efeito que este tipo de conteúdo pode ter sobre crianças, jovens e adolescentes. E principalmente o fato de que não há um controle efetivo de acessos e envios no YouTube. Ou seja, qualquer vídeo ali postado pode ser acessado por internautas de qualquer idade.

Há dois pontos cruciais nesta questão. Primeiro: deveria haver um controle maior por parte do YouTube sobre o tipo de vídeos que é postado. Segundo: Deveria haver uma restrição de acesso de alguns conteúdos na internet por menores de idade. 

Sabemos que não há este tipo de controle. O único controle, que pode ser feito em relação aos conteúdos acessados por crianças e adolescentes, tem de partir do controle dos pais ou dos estabelecimentos e instituições onde a internet é acessada. Existem softwares que fazem este controle.

Ainda acho que ter o registro do IP da máquina dos usuários é uma forma precária de controlar acessos, uploads e downloads. Acredito que deveria haver uma identidade virtual vinculada ao CPF ou RG, com a qual cada usuário deveria logar quando fosse acessar a rede. Com conteúdos restritos a menores, a criminosos e outros tipos de perfis particulares. Somente assim poderemos ficar mais tranquilos.  

Sei que esta é uma visão passível de ser criticada. Somos cada vez mais controlados e vigiados ao mesmo tempo em que ganhamos liberdades. Vivemos o que chamamos de a era da liberdade monitorada. Temos voz e espaço para gritar ao mundo, mas nossos passos estão sendo vigiados. Seja pelas câmeras de tv espalhadas pelas ruas da grandes cidades, condomínios e estabelecimentos comerciais. Ou pela curiosidade alheia que pesquisa a nossa vida nos pesquisa na rede. A exposição das intimidades e a visibilidade global vêm seguidas do controle social e do fim da privacidade. E assim como quase tudo este é um tema que tem dois lados. 

J.P.D. 

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Sociedade em Rede


Há algumas semanas tive a oportunidade de ler o livro 'Sociedade em Rede' de Manuel Castells. Apesar de ter lido uma edição de 1999, o contexto do volume em questão era bem atual. No livro, Castells coloca, entre outras coisas, a tendência das empresas e dos mercados de se organizar em rede. 

Notamos hoje em dia o crescimento do número de instituições e indivíduos conectados na internet. Pra entender melhor um pouco este tema vamos definir o que é internet. Há uma grande confusão no conceito de internet. Muitas pessoas acham que internet é uma rede global de computadores. Porém este conceito é equivocado.

A internet, ou a World Wide Web, não é uma rede de computadores, mas sim um conjunto de redes. E é este conjunto de redes interconectadas que possibilita a interação global entre usuário e instituições. E consequentemente a troca de informações e conhecimentos.

É esta troca de informação que Castells coloca como fator chave do desenvolvimento neste início do século XXI. Um emaranhado de redes interligadas, trocando informações e construindo, de forma colaborativa, o conhecimento coletivo. O autor coloca que estamos vivendo uma reestruturação do capitalismo. Influenciados pelos movimentos pró-trabalhadores. E pelo aumento da concorrência global.

Vivenciamos uma época de mudanças sociais drásticas. Os mercados financeiros vivem um momento de integração. O intercâmbio do conhecimento é impulsionado pela capacidade de conexão das novas tecnologias. Também percebemos o crescimento de interação entre as estruturas sociais assim como o desenvolvimento dos processos produtivos. 

De algum modo as classes sociais continuam sendo definidas pela capacidade produtiva. Num contexto competitivo onde a tecnologia, o conhecimento e a informação valem ouro. Castells também coloca a importância do desenvolvimento cultural, num contexto em que a tecnologia age sobre a informação.

Neste contexto o autor observa a importância de estar conectado em rede. Vivemos a era da economia informacional e da convergência tecnológica e cultural. Multiplicar as conexões é multiplicar o conhecimento. E isto tudo é fator diferencial no ambiente competitivo do capitalismo. Onde a tecnologia e a informação tornam-se vantagem competitiva. 

J.P.D. 

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Oportunidades, escolhas e consequências


Seguidamente passamos, no caminho, por momentos que nos fazem refletir sobre o verdadeiro sentido de nossas buscas. Reformulamos nosso plano de ações. Engavetamos alguns projetos para focar a meta naquilo que nos move. E como sempre, precisamos fazer escolhas. Em cada situação percebemos o quanto é importante ter aliados na jornada. 

A luta pela realização dos objetivos nem sempre é tranquila. Há situações em que somos chamados a dobrar esforços naquilo que realmente queremos. Contudo há decisões que cabem a outras pessoas. No mundo em que vivemos, dependemos uns dos outros. 

Nestas e outras situações, precisamos doar um pouco de nós para receber um pouco dos outros. Fazer alianças e acordos para que ambos possamos crescer em cada experiência. Num contexto de mutualismo e protocooperação. 

A sociedade e as pessoas são como o universo. Retribuem aquilo que oferecemos a elas. E exigem retribuição de nossa parte. Quando temos uma oportunidade de estudar ou trabalhar em uma instituição, por exemplo, precisamos ter a noção de que a oportunidade vai muito além da obtenção de um grau ou do recebimento de um salário. Mas sim o testemunho que receberemos a partir da impressão que deixarmos.

Apesar da grande maioria das pessoas terem esta consciência, há casos e momentos em que deixam de observar este efeito 'ação e reação'. Isto acontece naqueles seletos momentos que chamamos a fase da 'rebeldia sem causa'

Quando atingimos a maturidade. E consequentemente a consciência, começamos a entender a colheita sobre aquilo que plantamos. Porém, tanto as boas impressões quanto as más impressões podem ser revertidas. Tudo se traduz no reflexo da mudança de comportamento. Assim como é possível recuperar uma imagem prejudicada pelos erros do passado. Também é possível destruir uma reputação a partir de uma simples escolha ou decisão. De algum modo precisamos nos dar uma nova oportunidade a cada dia, para mostrarmos a dimensão de nossa capacidade de transmutação, evolução e competência.

Neste sentido precisamos estar alertas e atentos desde sempre. Construir a boa imagem é mais tranquilo do que reverter uma imagem prejudicada por algum episódio isolado. De qualquer modo somos nós que construímos nossa reputação. E precisamos estar preparados para saber o que fazer em cada oportunidade. 

J.P.D.

domingo, 11 de novembro de 2012

Poesias de Paz - Melhor do que antes


Melhor do que antes

Arde o sol de fogo
Entra a tarde no meu jogo
Chega a noite; Chega logo

Do prólogo ao epílogo
Como astrólogo e astrofísico
Pesco o que o céu reserva a mim

Por momentos melhores à frente
Me acostumo a quebrar correntes
Sigo tranquilo e contente

Ouço o peito que sente
Com o próprio coração pensante
Ser agora melhor do que antes

J.P.D. 


Autógrafos na Feira do Livro



Agradeço a presença do pessoal que foi prestigiar a sessão de autógrafos e parabenizo os autores da coletânea 'Vozes do Partenon Literário IV', presentes neste domingo, na Feria do Livro de Porto Alegre. É através de incentivos como este que cresce e se desenvolve a literatura brasileira. 

OBS: Nas fotos, autores da coletânea.

J.P.D. 

sábado, 10 de novembro de 2012

O caminho certo


Muitas pessoas buscam uma fórmula pronta para o sucesso e para a felicidade. Bons exemplos e caminhos alternativos facilitam e muito esta busca. Há os que buscam se encaixar nos padrões exigidos pela sociedade e os que formatam uma identidade personalizada. Notamos a importância de criar um caminho próprio e personalizar um estilo diferenciado do coletivo. Temos uma parte de nossa identidade composta pela cultura coletiva e outra parte arquitetada sobre traços particulares, únicos e individuais.

No mercado de trabalho, por exemplo,  existem dois tipos de profissionais de sucesso. Aqueles que são bons em cumprir ordens, seguir um padrão, se identificado com a filosofia da empresa e com a personalidade da marca a qual trabalham. E o profissional que cria o seu próprio estilo. Formata um caminho. Coloca a sua marca pessoal naquilo que faz. É óbvio que é muito mais tranquilo alcançar o desenvolvimento profissional pelo primeiro caminho. Pois um estilo diferenciado do tradicional nem sempre é aceito pelo mercado. O mercado exige performance padrão. Se identificar com o mercado é como identificar os funcionários com a empresa a qual trabalham. E mesmo quando um profissional cria o seu próprio negócio, espera-se que siga o fluxo natural do mercado. 

Romper as barreiras do padrão pré-formatado é um risco. Notamos muito a formatação de script nas empresas de comunicação televisiva, nas rádios e nas empresas de telemarketing por exemplo. A mesma forma de cumprimentar, a mesma entonação na voz e a mesma marcação nas frases. Quando surge algo novo, que ouse fugir da regra e quebrar o padrão, ou é rejeitado, ou transforma-se em um novo ícone de referência. A primeira situação é mais natural pelo fato do mercado ter uma certa resistência ao novo e estar acostumado com um tipo de formatação de produtos e serviços.

De alguma forma, criar um estilo, ou até mesmo um caminho novo ou alternativo, não é algo tão fácil assim. As novas alternativas só são aceitas quando produzem resultados. Quando uma pessoa muda de comportamento, costumamos prestar mais atenção nos resultados que isto trouxe a ela do que na própria mudança. É isto que estimula as outras pessoas seguirem o caminho. 

Quando um profissional testemunha que está no caminho certo, todos queremos saber o que ganhou com isso. Para que possamos dizer que vale a pena; E se este é um caminho a ser seguido. Podemos citar alguns exemplos: Acordar cedo pra produzir, trabalhar, estudar, malhar, deixar de beber, cortar o tabaco, curar-se de um vício, tratar as pessoas com educação e valorizar tudo o que é certo. Mesmo sabendo que tudo isso é bom, pessoas que tem estas e outras atitudes só tornam-se exemplos motivadores quando alcançam resultados concretos. 

A necessidade de legitimar o caminho que escolhemos, mesmo quando o criamos a partir de nossas próprias experimentações somadas ao conhecimento coletivo, é uma realidade. O caminho certo se torna exemplo motivacional quando traz resultados concretos a quem o percorre. O fato é que boas ações, boas intenções e bons exemplos contagiam. Principalmente quando se pode ganhar algo com isso. Quando uma pessoa consegue alcançar algo bom pelo caminho do bem, outras pessoas começam a seguir o mesmo caminho.

De qualquer forma, independente de criar um estilo ou seguir o padrão, o mais importante é que façamos o que gostamos de fazer, da melhor forma possível, principalmente se este caminho se configurar como um caminho do bem. Ou simplesmente o caminho certo.

J.P.D.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Meditar para Concentrar-se


Hoje à tarde recebi alguns exemplares da coletânea de autores que irei autografar na Feira do Livro de Porto Alegre no próximo domingo. Na mesma ocasião recebi uma menção honrosa pelo Concurso Literário Expresso das Letras deste ano. No caminho de volta pra casa, com a medalha no peito, refletia sobre o que faz a conquista se tornar realidade.

É certo que cada pessoa tem um método de preparação. Lembro-me de quando era criança e estudava para as provas do colégio, ouvia a recomendação dos educadores dizendo que os alunos com melhor desempenho são aqueles que estudam,o conteúdo do dia, no dia que é dado em aula. Fazer o dever de casa com antecedência e manter em dia foi o que aprendi desde cedo. Então, na véspera, era só dar aquela revisada. E aproveitar o resto do tempo para se preparar psicologicamente. 

De fato quem estuda um ano inteiro para um vestibular, por exemplo, chega na hora da prova sabendo o que responder. Diferentemente de quem recorre à ‘decoreba’ e deixa pra estudar na última hora. O mesmo acontece com os concursos públicos. Pouco adianta dormir com os livros debaixo do travesseiro. Quem estuda por longos dias, com tempo de reflexão entre cada dia de estudo, consegue desenvolver o assunto quando preciso. Seja por escrito. Face a face ou olho no olho. 

No esporte ocorre algo semelhante. Lutadores de artes marciais treinam meses para uma luta. Pesam-se entre 24 e 48 horas antes do combate. No dia anterior à luta, evitam logos treinamentos. Aproveitam para descansar, se concentrar, dormir bem e se alimentar bem. 

Tudo é válido neste sentido. Só não é recomendado levar mulher na concentração antes de final de copa do mundo. Ou virar a noite na balada e depois ir trabalhar amanhecido no dia seguinte. Isto poderia colocar em risco os momentos decisivos. 

Algumas culturas orientais recomendam a meditação antes dos momentos decisivos. Esvaziar a mente. Descansar o corpo. Isto pode ser decisivo. Corpo e alma descansados trabalham melhor. Tanto nas competições esportivas, quanto nas provas culturais e de conhecimento. 

Cheguei em casa com minha medalha. Mas com a certeza de quem há muito mais a fazer. Muito território a desbravar. Muitas batalhas a lutar. Hoje reservo este momento final do dia pra avaliar a situação. Refletir e meditar para que na hora certa esteja concentrado. E com a tranquilidade de quem vem fazendo o dever de casa há um bom tempo.

J.P.D.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Novos Descobrimentos


No séc XV e XVI, navegadores portugueses, espanhóis, ingleses, franceses e holandeses conquistaram os mares e boa parte dos continentes. A era dos descobrimentos como ficou conhecida. Em que a África e as Américas, assim como o Indico e a Oceania foram conquistados e colonizados. Foi-lhes imposta uma nova língua, novos costumes e outra cultura. Séculos depois, navegamos em novos mares. E participamos de uma nova colonização.   

Ao ler este primeiro parágrafo, acredito que você tenha pensado que irei falar do imperialismo norte-americano. Da expansão da língua inglesa, do rock´n rol, do cinema de Hollywood, do fast food e da globalização da cultura ocidental. Apesar de todas estas informações serem reais. Prefiro fugir do óbvio e olhar por outro ângulo, porém, considerando aquelas e outras visões do tema. 

De fato a democracia está avançando. A queda das ditaduras e regimes fundamentalistas é uma realidade. O avanço do modo de produção capitalista sobre as superadas experiências do socialismo e comunismo também é real. A globalização da cultura também é outra verdade absoluta. Música, literatura, arte, cinema, tecnologia, educação, ciência. Enfim, o particular tem se tornado universal. E o local ganha status de global. 

Bom, até aí tudo bem. Você já deve estar acostumado a ouvir falar destes temas com esta entonação. Onde está então o outro ângulo que prometi? Esta bem aqui. Em perceber que todo este processo esta acontecendo a partir destas postagens, dos compartilhamentos nas mídias sociais, das mensagens enviadas através de nossos celulares, da participação de cada internauta que compartilha, exporta e importa constantemente novas ideias e opiniões sobre assuntos novos e antigos.                 

A virtualização do espaço tem possibilitado a minimização do fator espaço-tempo. Estando aqui, estamos ali e estamos lá. E o lá pode ser em qualquer lugar. Começando pro onde estamos, de onde viemos e para onde vamos. A internet tornou o ser humano onipresente. Estamos todos conectados. E não há mais como desconectar. Resta-nos agora remar na mesma direção.

O ciberespaço é o novo mar sendo desbravado. Um território a ser conquistado. Um espaço de circulação de tudo o que consumimos, pensamos, sentimos e compartilhamos. Informação, conhecimento e cultura. Uma mesa de debates. Uma sessão aberta a quem quiser participar. Com direito igual a voto e opinião.  

Ainda sabemos muito pouco sobre esta interação sem precedentes. A construção colaborativa do conhecimento coletivo. Mas uma coisa temos certeza. Estamos inaugurando uma nova era. Um era de interação virtual. Construção coletiva. Relações mais superficializadas. Exposição das intimidades. Consumo das experiências compartilhadas. E interação total. Só não sabemos até que ponto tudo isso é bom. 

J.P.D.                 

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Notificações do Facebook via SMS


Há algum tempo cadastrei meu número de celular para receber notificações do Facebook. Comentários, quem curtiu, que enviou ou aceitou convite de amizade, quem compartilhou em nossa linha do tempo entre outras atualizações. O mais interessante é que este serviço funciona até mesmo nos celulares mais simples, independentemente de ter acesso às mídias sociais.

O Facebook envia para o número do celular cadastrado as atualizações quase em tempo real. Com apenas alguns segundos de diferença da atualização na página. O serviço é gratuito para as notificações enviadas pelo Facebook. Ou seja, não há custo para receber as mensagens. Só há custo se você quiser respondê-las. Neste caso é cobrado o valor de um sms normal. 

Para adicionar habilitar a função, faça da seguinte forma.

1 - Na barra superior azul, a direita de 'Pagina inicial', clique na seta.
2 - Selecione a opção 'Configurações de conta'
3 - No menu a esquerda clique em 'Celular'
4 - Clique no botão 'Adicionar um telefone'
5 - Confirme sua senha
6 - Escolha o país e a operadora de seu número de celular 
7 - Clique em 'próximo'
8 - Envie o sms conforme a orientação que receber na tela do facebook 
9 - Após este procedimento você receberá um código de confirmação
10 - Digite o código de confirmação no Facebook e clique 'confirmar'

Pronto, após estes procedimentos você começará a receber suas notificações do Facebook,  via mensagem de texto, em seu aparelho de celular. Agora é com você. Vai lá e habilita o teu número.

J.P.D.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Curtir o caminho

Foto de Juliano Dornelles

Há tempos venho comercializando uma forma alternativa de viver. Algo que fui obrigado a aprender durante a caminhada. Esta maneira de encarar os desafios torna a caminhada mais prazerosa e menos cansativa. Consiste em duas coisas básicas: Intercalar atividades e descansar em movimento.

Durante minha adolescência fiz tudo aquilo que um jovem entre quinze e trinta anos costuma fazer. Frequentei quase todo tipo de festas. Curti quase todo tipo de mulher. Bebi quase todo tipo de bebida alcoólica.  Além de outras experiências as quais prefiro não citar, pois nada acrescentam. Nos últimos doze anos, troquei de faculdade quatro vezes até me formar. Trabalhei em mais de dez empresas diferentes ao mesmo tempo em que passei a maior parte do tempo procurando vagas. Experimentei do bom salário ao subemprego. E ainda estou na luta. Mas foi a partir dos trinta anos que comecei a ver o mundo com outros olhos. É como se eu houvesse dormido por trinta anos em meu íntimo. E então houvesse despertado. Migrava de um mundo onde havia vítimas, culpados, vilãos e outros seres marginalizados. Para um mundo onde cada um é responsável por sua realidade.

Fumar um cigarro ou tomar uma cerveja não mais resolveria meus problemas. Aliás, nunca resolveram. Mas prestar atenção no movimento do universo, e nos próprios passos, me fez entender o caminho. Minha concentração já não era a mesma dos tempos anteriores à vida boêmia. O mesmo poderia falar do preparo físico. Foi então que precisei rever minhas posições e atitudes em cada situação. As festas deram lugar à navegação noturna com interesses profissionais ou acadêmicos. As manhãs de cama até tarde foram substituídas pelo toque do celular em um horário que me permitisse salvar a produtividade diurna. Os treinos de academia se tornaram obrigatórios  Além da necessidade de reeducação alimentar. O cigarro, o álcool e todo tipo de substância química que altera o comportamento foram eliminados por completo. Mas descobri que havia algo mais a ser feito.

A concentração estava prejudicada. E como precisava focar em trabalhos específicos e estudos cotidianos, pesquisei na internet uma forma de transformar este problema em algo benéfico. Descobri um estudo que recomendava um break de dez minutos entre cada cinquenta minutos de estudo ou trabalho. Adaptei a formatei ao meu modo. E comecei a intercalar atividades como estudo, trabalho em meus empreendimentos, tarefas domésticas, interação com amigos, navegação nas redes e outras atividades como ler o jornal, ouvir rádio e tomar um chimarrão.

No princípio ficou tudo uma confusão. E confesso que ainda precisa de umas regulagens, porém comecei a ter mais prazer em desempenhar cada tarefa. O dia se tornou mais produtivo. Comecei a limpar a casa todos os dias, estudar de manhã, de tarde e  de noite, atender meus clientes de forma intercalada sempre que surge trabalho, malhar com maior frequência do que antes e passar a maior parte do tempo produzindo algo. Desde a hora que acordo até a hora de dormir. 

O mesmo precisei fazer com a academia. Sentia uma necessidade de incluir atividades aeróbicas no treino. Então comecei a correr na mesma semana que resolvi cortar o cigarro. Isso há alguns meses. Na primeira semana que tentei correr na esteira passei mal já no terceiro minuto de corrida. Precisei criar um treino alternativo. Se o máximo que aguentava correndo eram dois minutos, ou era obrigado a parar no terceiro minuto, ou a caminhar o restante do caminho. A segunda opção foi a escolhida. Descobri que a cada intervalo de três minutos caminhando, conseguia correr mais dois. Assim poderia passar dos vinte minutos tranquilamente intercalando corrida e caminhada.

Estes dois exemplos são exemplos cotidianos de algo simples de perceber. A jornada se torna mais tranquila de ser percorrida, quando podemos aproveitar a caminhada. Isto funciona tanto na atividade física, quando nas atividades intelectuais como trabalho e estudo. Fazer um break às vezes é necessário e faz recompor as energias, renovar a motivação e incorporar uma dose extra de inspiração. Sei que isto é fruto de uma experiência pessoal que ainda não me levou a nenhum lugar concreto. Mas como sou o laboratório de minhas próprias experiências, sinto que esta é uma forma de viver mais tranquila, saudável e construtiva do que era antes. O caminho nos ensina pra onde ir.


J.P.D.

domingo, 4 de novembro de 2012

Criatividade por escrito


Muitas vezes recorro ao estudo e à leitura para captar alguma ideia que possa ser desenvolvida em um texto. Há momentos em que a criatividade surge de maneira natural. Em outros a criação precisa ser garimpada no íntimo da experiência pessoal e do conhecimento. Contudo, nem sempre tenho tempo para ficar horas do dia lendo, conversando via mensagem de texto ou assistindo filmes e telejornais para que as ideias floresçam em pensamento. Mas uma coisa é certa; Só há criação com transpiração. 

Muitas vezes a inspiração é natural, mesmo quando é uma ideia sem nexo. seja pra escrever uma poesia, um artigo ou contar uma fábula. São momentos em que a criação flui de maneira automática. No âmbito literário, em alguns casos, as palavras surgem uma a uma, como frutos de uma magia inexplicável. A alquimia da criação. Na grande maioria das vezes isto acontece quando se assiste um programa de televisão interessante, quando se aprende algum conhecimento novo oriundo do estudo ou simplesmente quando se desenvolve um assunto a partir de uma conversa. Seja ela face a face ou virtual.  

A criatividade é algo difícil de entender. Não me considero um cara criativo. Mas tento ser, apesar de reconhecer que falo com frequência de temas específicos e bato constantemente na mesma tecla sempre que preciso. Por vezes a criatividade é racional, pesada e medida; Enquanto em outros momentos é inconsequente. Pode ser fruto do conhecimento adquirido ou da loucura instintiva que vive dentro de cada um. Independente de sua origem, a criatividade é responsável pela composição do novo.

Mas nada surge do nada. Muitas vezes a criação na realidade é uma recriação. O novo surge daquilo que o antecede. As ideias surgem de reflexões. Os novos conhecimentos surgem dos conhecimentos ancestrais. Falo em ancestral no sentido de precedente. Aquele que existe, ou existiu, desde antes. 

De outro modo, a criatividade transforma o conhecimento e a cultura. Quando mais conhecimento adquirirmos, mais conhecimento criamos e mais se expande o território delimitado pelas fronteiras do saber. Quando alcançamos o entendimento sobre algo, o registramos e compartilhamos em forma de informação, temos o conhecimento compartilhado. Como uma mercadoria a ser pota na vitrine. 

Criar implica partir da matéria bruta para a manufatura. Partir de algo anterior para algo posterior. Expandindo as fronteiras precedentes. Ampliando o território do conhecimento. Somando novos tópicos e observações. Multiplicando o alcance. Mesmo a partir de todas estas considerações o impulso criativo vai além do entendimento explicável. É pura magia. É algo sobrenatural ao alcance de pessoas comuns. ao mesmo tempo em que se apresenta  como se fosse uma dádiva recebida do espaço por pessoas  seletas e especiais. Mas também é matemática e construída com arquitetura, estudo e ciência. Muitas vezes é consciente; Em outros casos é fruto do subconsciente ou até mesmo  do inconsciente.

O mais interessante é que a criatividade pode ser tanto involuntária quanto oriunda do planejamento matemático, racional e reflexivo. De qualquer modo, mesmo que dependa um tanto da inspiração, só há criação quando há transpiração. Mesmo quando alguém tem uma ideia genial, esta ideia só se torna uma criação se é desenvolvida e posta em prática. Criação também requer muito trabalho duro. 

J.P.D.