No séc XV e XVI, navegadores
portugueses, espanhóis, ingleses, franceses e holandeses conquistaram os
mares e boa parte dos continentes. A era dos descobrimentos como ficou
conhecida. Em que a África e as Américas, assim como o Indico e a Oceania
foram conquistados e colonizados. Foi-lhes imposta uma nova língua, novos
costumes e outra cultura. Séculos depois, navegamos em novos mares. E participamos
de uma nova colonização.
Ao ler este primeiro parágrafo,
acredito que você tenha pensado que irei falar do imperialismo norte-americano.
Da expansão da língua inglesa, do rock´n rol, do cinema de Hollywood, do fast
food e da globalização da cultura ocidental. Apesar de todas estas
informações serem reais. Prefiro fugir do óbvio e olhar por outro ângulo,
porém, considerando aquelas e outras visões do tema.
De fato a democracia está avançando. A
queda das ditaduras e regimes fundamentalistas é uma realidade. O avanço
do modo de produção capitalista sobre as superadas experiências do socialismo e
comunismo também é real. A globalização da cultura também é outra verdade
absoluta. Música, literatura, arte, cinema, tecnologia, educação, ciência. Enfim,
o particular tem se tornado universal. E o local ganha status de global.
Bom, até aí tudo bem. Você já deve
estar acostumado a ouvir falar destes temas com esta entonação. Onde está então
o outro ângulo que prometi? Esta bem aqui. Em perceber que todo este processo
esta acontecendo a partir destas postagens, dos compartilhamentos nas mídias
sociais, das mensagens enviadas através de nossos celulares, da participação de
cada internauta que compartilha, exporta e importa constantemente novas ideias e
opiniões sobre assuntos novos e antigos.
A virtualização do espaço tem
possibilitado a minimização do fator espaço-tempo. Estando aqui, estamos ali e
estamos lá. E o lá pode ser em qualquer lugar. Começando pro onde estamos, de
onde viemos e para onde vamos. A internet tornou o ser humano onipresente.
Estamos todos conectados. E não há mais como desconectar. Resta-nos agora remar
na mesma direção.
O ciberespaço é o novo mar sendo
desbravado. Um território a ser conquistado. Um espaço de circulação de tudo o
que consumimos, pensamos, sentimos e compartilhamos. Informação, conhecimento e
cultura. Uma mesa de debates. Uma sessão aberta a quem quiser participar. Com
direito igual a voto e opinião.
Ainda sabemos muito pouco sobre esta
interação sem precedentes. A construção colaborativa do conhecimento coletivo.
Mas uma coisa temos certeza. Estamos inaugurando uma nova era. Um era de
interação virtual. Construção coletiva. Relações mais superficializadas.
Exposição das intimidades. Consumo das experiências compartilhadas. E interação
total. Só não sabemos até que ponto tudo isso é bom.
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