Na grande maioria do consumo de livros, filmes, novelas, seriados, e outros formatos de veiculação de histórias (e estórias) do cotidiano é onde ocorre a construção das subjetividades. Consumimos principalmente o estilo de vida dos personagens, suas qualidades, virtudes, modos de agir e pensar no mundo.
Primeiramente, para que possamos entender melhor sobre o que estou falando, tentarei colocar o que é uma subjetividade. Segundo o Wikipédia a subjetividade "é entendida como o espaço íntimo do indivíduo (mundo interno) com o qual ele se relaciona com o mundo social (mundo externo), resultando tanto em marcas singulares na formação do indivíduo quanto na construção de crenças e valores compartilhados na dimensão cultural que vão constituir a experiência histórica e coletiva dos grupos e populações".
Assim sendo, a subjetividade é a marca pessoal do indivíduo. Os valores que compõem a sua identidade. Os traços que o tornam único. Neste sentido, construir uma subjetividade e legitimá-la é como assumir uma nova vida a partir de um conceito, filosofia ou projeto, materializando-a e tornando-a real a partir de atitudes que comprovam a identidade do ator social em relação ao papel que representa na sociedade.
Quando falo em ator e representação, não falo em ficção, mas falo no mundo real. Cada um de nós tem um papel na sociedade. O trabalhador é quem trabalha, o estudante é quem estuda, o professor é quem ensina, o construtor é que constrói, o escritor é quem escreve e assim sucessivamente. Todos são o que chamamos de atores sociais dentro do papel que assumem na vida real.
Na construção do papel que assumimos como atores sociais no mundo real, coletamos características do ambiente em que vivemos e, sobretudo, de outras pessoas e suas identidades, personagens e personificações. Neste contexto, a literatura, a música e o cinema alimentam nosso estilo de vida. E ajudam a construir quem realmente somos. A moda, o pensamento, a linguagem, a forma de agir e pensar.
Notamos, hoje em dia, a comercialização de subjetividades a partir dos veículos de comunicação e circulação da cultura. A internet é um bom exemplo disto. Com a crescente exposição das intimidades, e da vida real de celebridades e pessoas comuns, cresce também o consumo destes modos de sentir e ver o mundo.
As subjetividades circulam entre nós através dos meios de comunicação. E se consolidam quando transformam a identidade de uma pessoa. Tornando-a única e singular. É a partir do consumo das subjetividades, e das experiências pessoais, individuais e coletivas, que uma pessoa constrói a sua própria identidade e legitima-se, no mundo real, como sendo quem realmente é. Mas este é outro assunto.
As subjetividades circulam entre nós através dos meios de comunicação. E se consolidam quando transformam a identidade de uma pessoa. Tornando-a única e singular. É a partir do consumo das subjetividades, e das experiências pessoais, individuais e coletivas, que uma pessoa constrói a sua própria identidade e legitima-se, no mundo real, como sendo quem realmente é. Mas este é outro assunto.
J.P.D.
'Legitimar' uma subjetividade e 'Construir' uma identidade é 'Incorporar, Assumir e Representar' um papel na sociedade.
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