segunda-feira, 22 de março de 2010

Quem tem boca vai a Roma !


Um dos lugares que mais marcou minha última viagem foi Roma. A Itália é um país muito parecido com o Brasil. Apesar da pobreza eminente nos mendigos que se escondem em suas ladeiras, dos prédios antigos mal pintados, a antiga capital do império romano tem muita riqueza. Não só nas artes sacras, com suas lindas basílicas e catedrais, mas também em recursos humanos.
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Os italianos são receptivos em seu tratamento. Sem comparação com ingleses e franceses, que por sua vez são frios e se acham donos da cultura mais desenvolvida, respectivamente. Como não é de se esquecer, a comida italiana está em todos os cantos. Pasta (massa), lazanhas e pizzas, acompanhadas de um bom vinho, ou de uma 'Peroni' ou 'Birra moreti' (cervejas italianas). As pizzas são vendidas em todas as esquinas, em fatias, por quilo ou unidade. Muito saborosas por sinal. Com aquele gostinho de quero mais.
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Para um católico, como eu, visitar as igrejas de Roma, e sobretudo o Vaticano, toca muito no lado espiritual. Sente-se muito a presença de Cristo nestes locais. Representado por lindas imagens que nos fazem perguntar: Por que mataram este homem, que nada de mal fez a ninguém, mas sim apenas o bem ? Isto tudo me tocou, e me fez sentir e sofrer, relembrando a morte de Cristo. Me perguntei em prantos, soluçando, dentro de um pequeno quarto de hotel. "Por que ?"
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Sem dúvida estes poucos dias em Roma me tocaram profundamente. Quando estava deixando a cidade, para voltar à Inglaterra, falei para mim mesmo em pensamento. "Eu voltarei". Este lugar me tocou muito. Se vive arte e cultura em todas as praças. Beber da água da Fontana di Trevi, jogar uma moeda e fazer um pedido, faz parte desta jornada. Há quem diga que quem bebe daquela água volta um dia.
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Não deu para conhecer o Papa. Mas entrar na Basílica de São Pedro, rezar nos túmulos do papas anteriores, principalmente de João Paulo II, onde muitos se ajoelhavam e ofereciam suas preces, renovou minha fé de cristão. Passear pelo Coliseu, Foro Romano e Palatino, me transportou para o mundo antigo de dois mil anos atrás. Cheguei a conclusão de que realmente 'todos os caminhos levam a Roma'. Inclusive o meu.
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Juliano Dornelles

terça-feira, 16 de março de 2010

NONOH - Ligações telefônicas gratuitas


Você já deve ter ouvido falar em ligações telefônicas gratuitas via internet. Existem vários softwares que permitem este tipo de ligação, contudo geralmente é preciso cadastrar um número de cartão de crédito, fazer um cadastro de dados pessoais, baixar o programa, fazer login e tudo mais. Entre os mais conhecidos estão o Google talk e o Skype. Contudo ouso dizer que tais tecnologias estão com seus dias contados.
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Imagine este benefício. Ligações locais, interurbanas e internacionais sem custo algum. Isso mesmo, free total. Sem cadastro, sem fatura. Isto existe. Chama-se Nonoh. Na página da internet deste utilitário pode-se fazer ligações sem custo. Não é necessário fornecer dados nem baixar programas. Basta entrar na página http://www.nonoh.net/, digitar o número do seu telefone e o número do telefone que você deseja ligar. E pronto. Os dois telefones irão tocar ao mesmo tempo. É só atender e falar.
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OBS: Ligações para celulares ainda não estão disponíveis gratuitamente no Brasil. Mas as locais funcionam bem. Testei e aprovei. Não perca tempo. Teste já.
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Juliano Dornelles

sexta-feira, 5 de março de 2010

Cambridge 2010 - Experiência inesquecível


Durante os últimos dois meses tive uma experiência que ficará guardada pelo resto da vida. Após alguns anos de planejamento, resolvi estudar inglês no exterior. Cambrige, na Inglaterra, foi a cidade escolhida. Também aproveitei a oportunidade para conhecer outros países. Certamente guardarei tais recordações para sempre.
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Meu primeiro desafio foi logo na chegada a Londres, aeroporto de Heathrow. Eu não sabia como ir até Cambridge. Com meu inglês 'capenga', de cinco anos de estudos no Wizard em Porto Alegre, Tomei a iniciativa de pedir informações. Não foi muito difícil, mas muitas vezes para compreender os ingleses foi preciso que eu tomasse uso das expressões "Sorry, I didn´t understand!", "Say again", "Repeat please", ''Speak slowly". Com os ingleses falando mais lentamente foi possível o meu entendimento.
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Após o cão farejador do aeroporto farejar minhas bagagens, eu me apresentar na alfândega e ser liberado com o passaporte carimbado, desci diretamente ao 'Undreground' (metrô londrino). De Heathrow fui até a estação de Kings Cross, em Londres. De lá peguei um trem a Cambridge. Já em Cambridge tomei um taxi e fui ao encontro do meu irmão que me esperava ansioso.
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Logo de cara me apaixonei pela cidade. Fundada em 1209, Cambridge é sede de uma das mais importantes universidades do mundo. Estudaram por lá nada menos que Isac Newton e Charles Darwin. Caminhavam por suas ruas, turistas, sobretudo estudantes, de todas as partes do mundo. Para ter uma noção, em minha classe de inglês, na Studio Cambridge School, compartilhava a sala de aula com Coreanos, Japoneses, Chineses, Indianos, Sauditas, Franceses, Alemães, Mexicanos e Italianos. Um rica experiência de intercâmbio cultural.
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Algumas coisas me impressionaram na cidade. O meio de transporte mais utilizado era a bicicleta. As boas ciclovias da cidade favoreciam esta opção. Outra característica marcante era o grande número de pubs e seus loucos frequentadores que começavam a beber cerveja logo no início da tarde. Isso todos os dias da semana. O mais antigo pub da cidade era o Eagle pub, aberto originalmente em 1667. Lá se vive história, além de boas cervejas e pratos típicos ingleses como o 'Fish and chips' (peixe com batata frita), e o 'Saussage and mash (salsicha e pure de batata). Sinceramente em termos de paladar eu estava em casa. Outro pub famoso era o 'The Anchor'. Lugar onde o baterista do Pink floyd começou a tocar com sua primeira banda.
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Na noite aproveitei para curtir, além dos pubs, bons restaurantes e baladas nota 10. A música mais tocada por lá era 'I got a feeling' do Black eyd peas. Muito estimulante por sinal. As mulheres se despiam com micro saias, e ombros de fora, apesar do extremo frio, e esporádicas nevascas. Bom, dancei, bebi e pratiquei meu inglês. Até peguei uma escocesa e uma alemã. Mas não passamos dos beijinhos. Tudo bem para um marinheiro de primeira viagem.
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Mas nem tudo é perfeito. Os ingleses apesar de polidos em seu comportamento, são um pouco frios. E não olham para a bunda das mulheres na rua. Quando se via alguém olhando, poderia apostar que era brasileiro. Aliás, brasileiros tinha aos montes por lá. Em seis, dos sete, fins de semana que fiquei na Europa, fugi de Cambridge. Também dei meus ares em Londres, Manchester, Edimburgo, Paris, Roma e Vaticano. Mas essas são outras histórias... que jamais me cansarei de contar.

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Juliano Dornelles