quinta-feira, 15 de julho de 2010

Mitologia e Sincretismo



Entre as distintas religiões e as muitas filosofias, o homem buscou nos deuses um espelho para se tornar um ser mais evoluído. Buscou conselhos e exemplo a seguir. Contudo na correlação entre estas entidades espirituais não há uma coerência, sobre tudo entre os orixás africanos e os santos católicos. Ao contrário da relação existente entre os deuses gregos e romanos.
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Entre a mitologia grega e romana há alguns deuses com caraterísticas semelhantes que foram, com o tempo, relacionados como sendo a mesma divindade. Por Exemplo Zeus para os Gregos é como Júpiter para os romanos. Assim como Atenas e Minerva. Afrodite e Vênus. Hera e Juno. Hermes e Mercúrio. Dioniso e Baco. Ou Poseidon e Netuno. Tais divindades possuem a mesma atribuição e a mesma história. São regidos pelo mesmo elemento ou planeta. E desfrutam dos mesmos poderes e características.
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Com o sincretismo da Umbanda em relação aos santos católicos não há esta relação. Apesar de características semelhantes a historia dos Orixás não é a mesma dos Santos Católicos. Na Umbanda, Xangô (Anjo Miguel para os Católicos) teve três mulheres, e era inimigo de Ogum (São Jorge). Oxalá (ES, Jesus ou Senhor do Bom Fim) seria o pai de todos e Iemanjá (Nossa Senhora) a grande mãe. Mas também admitia outras mães como Oxum (Nossa Senhora Aparecida). Que para os católicos são a mesma.
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Como se sabe, pela bíblia católica, os anjos não tem sexo, e muito menos mulheres. Pelo menos nada fala. E o único inimigo de Miguel é o próprio inimigo de Deus. Enquanto São Jorge, servia ao Cristianismo, veio depois de Cristo, e lutava por este. Há quem diga que o sincretismo foi proposto para enganar os católicos, fazendo que que estes seguissem os 'deuses' africanos (Orixás) como sendo os seu próprios deuses. Outros ainda acreditam que isso tudo começou apenas porque os escravos não tinham a permissão de cultuar seus deuses, então atribuíram estes aos santos católicos. Pois poderiam adorar imagens de santos.
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Entre semelhanças e diferenças devemos ter em mente que cada crença é única. Há os filhos de Zeus, e os filhos de Júpiter. Há quem segue Jesus e quem se diz filho de Oxalá. Há os devotos de São Jorge e Santo Antôinio. E os que se identificam com Ogum e Bará. Não devemos confundir uns com os outros, até por não é possível seguir dois Senhores. Deus é um só. Decida em quem você acredita.
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Juliano Dornelles

terça-feira, 13 de julho de 2010

Identidade virtual 2.0



Não sou muito bom em ficção, mas hoje tive uma visão do futuro próximo onde minhas ideias se tornarão realidade. Você sabe que são tantas as informações sobre cada ser humano, tantos documentos, tantas instituições as quais fazemos parte, tantas informações pessoais que estão desorganizadas, separadas e que poderiam ter acesso facilitado e serem reunidas em um único lugar. Isso é o que chamo de Identidade virtual 2.0.
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Hoje em dia vivemos na era da conectividade. São inúmeras redes sociais virtuais. É preciso uma senha e nome de usuário para o acesso a cada uma delas. Sem contar do Banco eletrônico, sua caixa de e-mail, seu currículo lates, blog, flog, e muito mais. Imagine se tudo isso pudesse ter acesso facilitado. Com apenas uma senha, e nome de usuário pudéssemos acessar tais informações. E outros mecanismos de acesso unificados sob uma plataforma única.
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Possuímos inúmeros e distintos documentos. Carteira de identidade, CPF, CNH, Alistamento militar, Passaporte, Título eleitoral e muito mais. Carimbados com nossa impressão digital, nossa assinatura, informações sobre data e local de nascimento, endereço, telefone , celular, a árvore genealógica, currículo profissional, os boletins escolares de nossa infância e muito mais. Mas por que tudo isso está separado, enquanto poderia estar reunido em um único banco de dados ? Um cartão magnético, um chip ou a própria impressão digital poderia ser a chave do acesso a todo este universo.
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Sabemos que já existe a tecnologia de identificação pela íris ocular, o mapeamento do DNA, o velho tipo sanguíneo, a biometria que analisa a grafia e assinatura, mecanismos que identificam pessoas pela voz e tantas outras formas de identificação como os famosos chips que podem ser implantados no corpo. Mas por que está tudo separado? Seria muito mais fácil se com a impressão digital, ou qualquer outro mecanismo, pudéssemos acessar todas as informações de que necessitamos reunidas em um único banco de dados. Ou acessar vários bancos de dados a partir de uma única plataforma.
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Quando há um assassinato, ou outro crime como estupro, por exemplo, os legistas utilizam mecanismos como leitura do DNA do esperma, ou análise da arcada dentária para identificar os corpos dos mortos por exemplo. Seria muito mais fácil se estas informações estivessem reunidas e com fácil acesso. Temos contas a pagar em nosso nome, contas nos bancos, plano médico, pontuação de infrações de trânsito, ficha criminal ou de bons antecedentes, associações em clubes, escolas, igrejas... Preenchemos formulários em todo lugar. E nem sempre nossa foto em nossos documentos é atualizada. Há um jeito de facilitar toda esta confusão.
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Imagine uma pessoa que foi internada em um hospital sem documentos. Não se sabe nada, nem o tipo sanguíneo. Nem os convênios médicos. A data das últimas vacinações. E os problemas de saúde que já teve. Se todas estas informações estivessem reunidas sobre um acesso facilitado não haveria tanta burocracia e perda de tempo para se chegar até elas. Com isto, acredito que a ideia por mim visionada, da identidade virtual 2.0, é a grande solução para o futuro.
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Nem todas as instituições ou pessoas físicas terão acesso às informações pessoais de cada um. Mas sim aqueles que precisam. Reunir informações em um mesmo lugar, e com vários meios de acessá-la é a única alternativa para ingressar na nova era. Isso tudo é possível. Esta é apenas uma ideia inicial. Mas que merece ser levada em consideração.


Juliano Dornelles

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Os Slackers


Slacker é uma variação do termo 'Geração x' da década de 1990, que significa geração da preguiça, relaxada. Define uma geração de pessoas que não trabalha, que fugiu do serviço militar e que gosta de gastar seu tempo à toa. São caracterizados por pessoas tímidas e anti-materialistas, mas educadas. Considerados autistas, desastrados ou despretensiosos. Praticam a procrastinação exagerada.
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Academicamente são estudantes brilhantes, mas não se esforçam muito por resultados, e não se entendem bem com responsabilidades excessivas. Alguns não se preocupam muito com higiene e aparência. São adeptos de brincos, tatuagens, cabelos longos ou raspados, e piercings. Vivem desempregados e raramente encaram a sério as relações amorosas. As vezes sofrem de depressão clinica. Em muitos casos tiveram sua personalidade moldada numa época em que se envolveram com drogas. Normalmente em sua adolescência na década de 1990. Na sua infância andavam de skate e bicicleta. Hoje em dia são adeptos das redes sociais virtuais.
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O grunge é a moda dos slackers. Calças mais larga que o normal. Camisas xadrez, tocas, bonés e acessórios são parte de sua vestimenta. Identificam-se com bandas como Nirvana, Beck e Radiohead. 'Smells like teen spirit', do Nirvana, é considerado o hino desta geração.
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Juliano Dornelles

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Concte-se ao novo mundo


Falei tantas vezes sobre a mundialização da cultura no mundo globalizado dos dias atuais. O inglês tornando-se língua universal. O rock and roll, o cinema de Holywood, a coca-cola e o fast food foram alguns exemplos lembrados deste processo. Mas, com o advento da internet, não podemos esquecer-nos da World Wide Web. O maior sinal destes novos tempos de cultura global. Neste sentido surgem as cidades virtuais e o governo eletrônico.
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Hoje em dia a alfabetização eletrônica e digital se dá antes mesmo da alfabetização propriamente dita. Tenho um filho de 12 anos que já jogava Prince of Persia, do windows, e navegava pela web antes mesmo de aprender a ler. Com simples instruções tipo 'clique aqui' para 'acontecer isto' as crianças da geração online desvendam este novo mundo. Portadores de uma identidade virtual, vestem seus avatares para passar de fase. Mais uma fase deste 'game' chamado vida.
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Os esforços dos governos são notáveis, e incansáveis, para a inclusão digital dos excluídos. Os analfabetos digitais. Que, apesar de cada vez mais raros, ainda existem em grande quantidade. Contudo estamos nos aproximando de um tempo em que as cibercidades sairão do plano virtual para o mundo real. A cibercultura já ganhou grande espaço. Está em tudo e é para todos. Ou pelo menos para os que tem acesso.
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Se ainda enfrentamos problemas básicos com a alfabetização tradicional, por outro lado os novos mecanismos de educação estão revolucionando as salas de aulas. Apresentações em power point ao invés do velho quadro negro. E isto não é nada. Fóruns virtuais de discussão sobre os mais variados assuntos. Cursos virtuais online. Hoje é possível quase tudo neste sentido. Se um dia o homem criou as tecnologias, hoje em dia posso dizer que as tecnologias estão recriando o homem. Conecte-se à esta realidade.
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Juliano Dornelles