Os internautas brasileiros são conhecidos como os internautas que mais utilizam mídias sociais no mundo. Dominaram o Orkut durante anos, invadiram o Facebook, Windows Live, Twitter, YouTube, Flickr, Linkedin, Badoo e muitas outras redes sociais virtuais. Porém, apesar de alguns projetos isolados, ainda sentimos falta de uma super rede social virtual criada por brasileiros. Uma rede inteligente.
Apesar da criação do Facebook ter tido participação de um brasileiro, e
haverem outros brasileiros trabalhando com aplicativos para mídias sociais como
o Instagram, nós, internautas brasileiros queremos mais. E pelo fato de sermos hard users das mídias de interação online somos
capazes de desenvolver algo que supere as expectativas.
Há alguns anos, fiz um projeto para uma seleção de mestrado na
Universidade Federal do Rio Grande do Sul e neste projeto coloquei a
necessidade de termos uma rede inteligente. Com conexões inteligentes. Indo
além da simples interação. Colocando em conexão bancos de dados de órgãos
importantes como bancos, crédito, convênios médicos, sistemas de identificação,
Detran, Polícias, TRE, CPF, CNPJ, RG, CNT e outros documentos e órgãos.
O projeto do "Sistema integrado de identificação e informação', como eu chamava, ficou de fora na época, pois não se enquadrava no formato de
uma pesquisa qualitativa ou quantitativa que pudesse originar uma dissertação,
mas sim em um plano de ação e execução de uma ideia. Apesar de meu projeto
não ter sido executado, guardei-o na gaveta e até então tenho pensado e
repensado nele, e na vantagem de criar uma rede social inteligente. Lembro que
na configuração do projeto partia da criação do documento único que estava
sendo lançado naquele momento. Imaginei as vantagens de interligar os sistemas
de identificação com bancos de dados virtuais, e os recursos que encontramos
hoje em dia nas redes tradicionais.
A ideia matriz formatava a possibilidade de acessar estes dados a partir
de marcas pessoais que poderiam ser desde as impressões digitais da pessoa, o
DNA, o mapa da Iris ocular, um código de barras tatuado na pele, um chip
implantado ou até mesmo o número do passaporte, CPF ou RG. A partir deste
acesso órgãos importantes como as polícias civil, federal, rodoviária e
militar, além de instituições e setores públicos como hospitais, universidades,
previdência e mais. Algumas destas informações só poderiam ser acessadas por órgãos
específicos. A partir da impressão digital, por exemplo, um hospital poderia
ter todas as informações de um paciente acidentado. Nome, endereço, idade, antecedentes
criminais, convênios médicos, em quais bancos têm contas, quando tomou as
últimas vacinas, se sofre de enfermidade, se tem alguma alergia, se já teve
internação hospitalar anterior, etc
Todo este conjunto de informações interconectadas formaria o que
chamamos de sistema integrado de informação e bancos de dados. Todas as
informações dispostas em uma plataforma no estilo de mídia social. Com
informações com acesso restrito, informações com possibilidade de serem
ocultadas pelo próprio internauta e informações visíveis a outros
usuários. No projeto original e nos apêndices adicionais que formatei
após a seleção, existem dezenas de ideias adicionais partindo desta ideia base.
Venho estudando e reformatando este projeto há sete anos.
Mesmo após quatro
anos do dia em que entreguei o projeto parcial, ainda não vi nada semelhante
sendo feito no mundo. Como internauta e brasileiro assumo ser um tanto sonhador
e ambicioso. Mas também consigo ser realista. Este é um projeto viável dentro
do desenvolvimento tecnológico que vivemos. Porém 'um sonho que se sonha só é
só um sonho que se sonha só'. Precisamos jogar juntos. E neste sentido
sigo disponível e em busca da oportunidade ideal, na hora apropriada e no lugar
certo.
J.P.D.
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