Sábado passado produzi um vídeo que
postei no YouTube. O vídeo chamava-se 'Por um mundo melhor' e fazia um apelo às
religiões afro-brasileiras para que evitassem fazer despachos e oferendas em
locais públicos. E desta maneira ajudar a tornar o planeta um lugar mais limpo
e apto a receber as energias que vem do céu. Depois de este vídeo ir pro ar
recebi um e-mail anônimo com a seguinte explicação.
A pessoa que me escreveu
se identificou como praticante e me explicou que estes ritos são
milenares. Os tipos de oferendas e trabalhos são infinitos. A cada dia são
criados novos ritos orientados pelos Orixás. A cerveja para Ogum abrir caminho.
Ou a cachaça para Exu no mesmo sentido. O despacho dos sapatos da pomba-gira no
sentido de deixar para trás o 'por onde andou'. O tradicional trabalho com
moedas em frutas intitulado 'comprei a sua vida'. Ou da faca com carne, que
para alguns, quer dizer 'corte e será cortado'.
Tudo isto parece uma
loucura. Champanhe e pipoca agora já não bastam para agradar os
deuses. O Preto já não quer mais caixa de fósforos, agora quer Zippo. E para
completar, fiquei sabendo nas esquinas e terreiros que Exu bebe Coca-Cola.
J.P.D.
Desculpem-me algum erro. E sobretudo a economia de vírgulas . . .
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