quinta-feira, 29 de março de 2012

Desenvolvimento pedagógico da educação

Em tempos de convergência midiática, globalização da cultura, lutas pelos direitos humanos e comunicação total precisamos rever nossas metodologias pedagógicas. O jovem de hoje é muito mais ativo. Em um mundo onde a maioria das previsões é incerta. Um mundo em que a cultura global se mundializa sufocando as culturas locais; Mas, também, um universo de soluções locais para problemas globais e vice versa. Neste ambiente os jovens (alunos) precisam ter mais espaço para interagir com o processo pedagógico da educação nas escolas.

Há muitos anos a indústria cultural, assim como os acadêmicos da educação e comunicação, tem originado inúmeros estudos que buscam primeiramente entender a cultura e os grupos sociais. A arte, a música, o cinema, e mais recentemente a internet, tem se tornado objeto de estudo de pesquisadores do mundo inteiro. Assim como os grupos de indivíduos e tribos inseridas neste processo de apropriação cultural de bens simbólicos e tentativa de inclusão social.

É notável que a escola atual carece de um apresentação mais encorpada destes termos para os alunos. Falo dos jovens do ensino fundamental e do nível médio, assim como universitários dos primeiros anos. Tratar de temas que fazem parte do cotidiano do jovem, como a música, o cinema e a internet. Poderíamos facilmente incluir neste conjunto de interesses as redes sociais virtuais, os mangás e até mesmo os games em rede. Pois esta é de fato a cultura vigente na década atual.

Acredito ser interessante que a escola aja em em conjunto com os alunos na elaboração do currículo. Seria interessante se os alunos pudessem manifestar-se em relação aos assuntos de seu interesse. O que gostariam de estudar. Que atividades de fato fazem parte de suas vidas. Que cultura consomem. E em de quais tribos participam. Esta é uma alternativa para a inclusão social das minorias. Ou digamos, dos  ditos 'diferentes'.

É necessário abordar em aula assuntos como a discriminação social, Seja ela de sexo, grau, gênero ou classe. Assim como as diferenças culturais. Que vão desde o gosto musical, estilo de vestir, linguagem e outros itens que definem as tribos. Tais caraterísticas devem ser compartilhadas, compreendidas e colocadas em comunhão, para que os jovens sintam-se mais semelhantes contrapondo as possíveis diferenças. E assim, sucessivamente desenvolvendo uma melhor convivência.

Será preciso resgatar a cultura, e implementar novas formas de inclusão cultural. Lembro do tempo das disciplinas de Moral e Cívica e OSPB. Particularmente lembro de uma apresentação de slides que assisti em uma aula de ciências, ainda no extinto primeiro grau, onde meus colegas e eu, então alunos da oitava série, tivemos uma aula sobre sexualidade, doenças sexualmente transmissíveis e uso do preservativo. Também lembro de palestras sobre os males do tabagismo e o perigo das drogas. Temas como estes devem ter maior abordagem na escola, pois fazem parte de nossa realidade. A escola precisa educar o jovem para que ele esteja apto a sobreviver no mundo em que vive.

Enfim, será preciso rever não só os currículos, mas o formato pedagógico da educação. A construção social do conhecimento e da cultura deve se dar de forma conjunta com o aluno. O aluno precisa participar de forma ativa, pautando seus interesses e colocando suas necessidades de aprendizagem. Desta forma a pedagogia chegará mais perto de suprir a demanda de informações dos jovens, oferecendo a eles ferramentas de maior utilidade na caminhada.
  

J.P.D.

Nenhum comentário:

Postar um comentário