Em tempos de
convergência midiática, globalização da cultura, lutas pelos direitos
humanos e comunicação total precisamos rever nossas metodologias pedagógicas. O
jovem de hoje é muito mais ativo. Em um mundo onde a maioria das previsões é
incerta. Um mundo em que a cultura global se mundializa sufocando as culturas
locais; Mas, também, um universo de soluções locais para problemas globais e
vice versa. Neste ambiente os jovens (alunos) precisam ter mais espaço para
interagir com o processo pedagógico da educação nas escolas.
Há muitos anos a indústria cultural,
assim como os acadêmicos da educação e comunicação, tem originado inúmeros
estudos que buscam primeiramente entender a cultura e os grupos sociais. A
arte, a música, o cinema, e mais recentemente a internet, tem se tornado objeto
de estudo de pesquisadores do mundo inteiro. Assim como os grupos
de indivíduos e tribos inseridas neste processo de apropriação
cultural de bens simbólicos e tentativa de inclusão social.
É notável que a escola atual carece de
um apresentação mais encorpada destes termos para os alunos. Falo dos
jovens do ensino fundamental e do nível médio, assim como universitários dos
primeiros anos. Tratar de temas que fazem parte do cotidiano do jovem, como a
música, o cinema e a internet. Poderíamos facilmente incluir neste conjunto de
interesses as redes sociais virtuais, os mangás e até mesmo os games em rede.
Pois esta é de fato a cultura vigente na década atual.
Acredito ser interessante que a escola
aja em em conjunto com os alunos na elaboração do currículo. Seria interessante
se os alunos pudessem manifestar-se em relação aos assuntos de seu interesse. O
que gostariam de estudar. Que atividades de fato fazem parte de suas vidas. Que
cultura consomem. E em de quais tribos participam. Esta é uma alternativa para
a inclusão social das minorias. Ou digamos, dos ditos 'diferentes'.
É necessário abordar em aula assuntos
como a discriminação social, Seja ela de sexo, grau, gênero ou classe. Assim
como as diferenças culturais. Que vão desde o gosto musical, estilo de vestir,
linguagem e outros itens que definem as tribos. Tais caraterísticas devem ser
compartilhadas, compreendidas e colocadas em comunhão, para que os jovens sintam-se
mais semelhantes contrapondo as possíveis diferenças. E assim, sucessivamente
desenvolvendo uma melhor convivência.
Será preciso resgatar a cultura, e
implementar novas formas de inclusão cultural. Lembro do tempo das disciplinas
de Moral e Cívica e OSPB. Particularmente lembro de uma apresentação de slides
que assisti em uma aula de ciências, ainda no extinto primeiro grau, onde meus
colegas e eu, então alunos da oitava série, tivemos uma aula sobre
sexualidade, doenças sexualmente transmissíveis e uso do
preservativo. Também lembro de palestras sobre os males do tabagismo e o perigo
das drogas. Temas como estes devem ter maior abordagem na escola, pois fazem
parte de nossa realidade. A escola precisa educar o jovem para que ele esteja
apto a sobreviver no mundo em que vive.
Enfim, será preciso rever não só os
currículos, mas o formato pedagógico da educação. A construção social do
conhecimento e da cultura deve se dar de forma conjunta com o aluno. O aluno
precisa participar de forma ativa, pautando seus interesses e colocando suas
necessidades de aprendizagem. Desta forma a pedagogia chegará mais perto de
suprir a demanda de informações dos jovens, oferecendo a eles
ferramentas de maior utilidade na caminhada.
J.P.D.
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