sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Bolinho de chuva


Um dia de chuva em Porto Alegre. Bem no meio do inverno. Temperaturas caindo. Muito frio. Bom pra tomar uma bebida quente. Ficar debaixo do cobertor, olhando um DVD. Mas nem todos tem esse privilégio. A correria da cidade grande continua. "Guarda-chuva por cinco 'real' ", é a frase que mais se ouve na Rua da praia, que por sinal não é no litoral, e nas redondezas do mercado público. O guarda-chuva não deixa de ser uma proteção, um santo forte. Assim como os Orixás, Deuses e Anjo da guarda.
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Nestes dias o trânsito fica caótico. Chegar ao centro, partindo da periferia, de coletivo ou automóvel, demora até 40% de tempo a mais. Há aqueles que se abrigam debaixo das marquises, apavorados, com medo de contrair a gripe suína. O fim de semana chegando, uma semana até o fim do recesso escolar, e ainda temos tempo de enviar um e-mail, daquela corrente que mandaram ("se você não enviar para 10 pessoas até a meia noite..."). Mas tudo tranquilo.
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No senado brigas entre o 'coronel' e o 'dedo sujo'. Aonde tudo isso vai dar. Sarney com a pulga atrás da orelha tem muita sarna pra coçar. Já no governo do estado, deputados assinam pedido de CPI contra Yeda. A governadora da mansão de R$ 750 mil (?), que não é minha conterrânea. Mas como diria Djavan: "Um dia frio, um bom lugar para se ler um livro"... e tudo se resolve. Adubar os pensamentos com novas ideias.
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Na TV, reação positiva nos índices de desemprego desde o início da crise. Será que acabou? Aliás, quanta dor de cabeça. Felipe Massa que o diga. Mas bom mesmo está para comer um 'bolinho de chuva'. Quem pode, pode, quem não pode se sacode. Muitos são os chamados, poucos os escolhidos. Só não vai cair na pegadinha do Tamiflu paraguaio. O bom mesmo é prevenir-se. Sem esquecer de que se está na chuva é para se molhar.
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Juliano Dornelles

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