Manipulação da mídia ainda é realidade

Podemos dizer que estamos na era da informação. Com as novas tecnologias de comunicação o acesso ao conhecimento tornou-se mais acessível. Com a massificação do rádio e da tv no século passado, e o surgimento da internet, a mensagem circula com maior velocidade e alcance. Contudo a mídia continua controlando as informações que o público vai consumir.

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Na teoria da informação estudiosos de comunicação descobriram que entre o emissor e o receptor existem ruídos que deformam a mensagem, fazendo com que a interpretação desta pelo receptor não corresponda a intenção inicial do emissor. A semiótica estuda esta diferença. Entre o significado e o significante. Ou seja, o que se quer dizer e o que realmente é entendido. Esta diferença na interpretação em muitos casos é negativa e prejudicial.

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Outro problema diz respeito a relação que a mídia tem com seus espectadores. No caso das pautas escolhidas pelos veículos a serem trabalhadas e passadas ao público em forma de notícia, podemos dizer que em alguns casos elas são escolhidas conforme interesses maiores. Há uma teoria chamada de agenda setting, ou teoria do agendamento. Este estudo diz, entre outras coisas, que a agenda das mídias influencia a agenda do público. O público recebe as informações conforme a importâncias e clivagem bem pensadas no que diz respeito à ordem, à prioridade, à relevância e à repercussão. Tudo é pensado antes.

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Deste modo podemos dizer que a grande massa ainda é manipulada. Em grande parte consome informações que são do interesse dos veículos, do governo, empresas, entidades relacionadas e outros beneficiados. Este controle de informação não é um crime maior do que o desrespeito a liberdade de imprensa, mas tem suas consequências. Apesar de tudo isso, não quer dizer que não existam emissoras que trabalham com seriedade. Elas existem e estão sendo reconhecidas, e ganhando a preferência dos consumidores. A grande massa está deixando de ser passiva e participando ativamente cada vez mais. Sejamos vigilantes e ativos no feedback construtivo. A manipulação das massas tem que ficar no passado.

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Juliano Dornelles