quarta-feira, 12 de março de 2014

Eternidade Espiritual


Certas coisas me fascinam. Enquanto outras me assustam. Vamos começar pela parte boa. Vivemos em uma nação abençoada. O Brasil têm tudo pra se tornar hegemônico. Recursos naturais, alegria no sorriso do povo e a benção dos Orixás.

De outro lado, temos a ação maliciosa dos comerciantes de indulgências. Irmãos que acreditam que as vidas de meninos, meninas, senhores, senhoras, santos, anjos e demônios, pudessem ser adquiridas a partir da concessão de posses,  posição social, títulos e graus. 

Muitos daqueles que desfrutam da benção de viver uma vida espiritual mitológica, cometem o erro de pensar que poderiam adquirir ou se desfazer de tais identidades. Comprometendo a própria existência e possibilidade de eternidade. Quando falo em eternidade, me refiro à libertação do karma da reencarnação, assim como a libertação da necessidade de continuação com descendentes (ou outros entes) na Terra após a vida corpórea, podendo expandir-se por completo, comungando com o cosmos em sua totalidade.

O fato é que todos sabemos que o ser verdadeiro é livre de tais negociações. Como nos tornamos quem a gente é, é muitos mais um processo de aprendizagem, vivência e nascimento, do que um processo de aquisição. Contudo, vivemos em total recriação. Dizer que somos quem somos, ou simplesmente pensar que somos, poderia soar como um processo de autoafirmação impositiva. Em um processo de obsessão espiritual, alguns dos nossos entes internos e externos fazem a tentativa de se apropriar do verdadeiro ser, através da auto intitulação.

Livres destes e outros erros, temos a possibilidade de conquistar a plena felicidade aliada à conquista da eternidade espiritual. Ter a consciência de que todos temos esta possibilidade, dentro do caminho real (livre do comércio ou auto intitulação). Somado a condição de jamais se retirar do outro (com aquilo que sente, tem ou é), tampouco subtrair de si, este ou aquele, ente, indivíduo ou subjetividade, a qual desaprova, desgosta ou discorda. Pois precisamos dos outros da mesma forma que podemos ajudá-los. Nestes termos, se torna mais tranquilo desfrutar dos prazeres de uma vida espiritual plena rumo à eternidade infinita.

J.P.D.

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