Individualismo em prol da coletividade

Na sociedade hipermoderna há um crescimento do individualismo. A busca pela autonomia se confunde, por vezes, com uma forma de egoísmo. O individualismo tem duas faces. Uma positiva e uma negativa. É positivo quando busca o desenvolvimento individual. E negativo, quando prioriza o isolamento social. Contudo, percebemos que o individualismo pode ser útil ao coletivo. Sendo que a coletividade é essencial ao desenvolvimento social.

Trabalhar em equipe é colocar o individuo a serviço do grupo. Potencializar o que há de melhor em cada um. Trabalhando o conjunto como uma grande máquina, onde os indivíduos são as engrenagens. Neste contexto, podemos citar alguns exemplos em que o individualismo vem a somar no coletivo. Podemos lembrar, por exemplo, de um filósofo que utiliza boa parte de seu tempo, caminhando, ou sentado debaixo de uma árvore, no exercício da observação cotidiana. Em um segundo momento, utiliza o diálogo retórico e dialético na interação com outros filósofos em prol da construção do conhecimento. Neste caso, a atividade coletiva complementa a atividade individual e vice versa.

Um jogador de basquete precisa treinar junto da equipe. Contudo, se quer desenvolver bons arremessos, convém, também, treinar isoladamente, com a bola de frente à cesta. No Mito da Caverna, o homem primata teve uma ação individualista, quando saiu pra ver o mundo exterior. No segundo momento, teve uma ação coletivista, quando retornou pra contar aos demais o que havia visto. Estes e outros exemplos confirmam que o individualismo pode ser construtivo à sociedade quando utilizado em prol do coletivo. Assim sendo, nos desenvolvamos individualmente e coletivamente, utilizando a individualidade em prol do coletivo, e a coletividade em prol dos indivíduos.

J.P.D.