terça-feira, 10 de junho de 2014

Conquistar o mundo


Muitos mitos nasceram de histórias contadas de pais pra filhos. Transmitidas através das gerações. Legitimadas pela fé dos homens que experimentaram viver a vida dos mártires. Conduzindo, assim, a história das nações. O Egito antigo, a Índia, a Grécia, o Império Romano, os Astecas, Mais e Incas. Assim, como inúmeros outros povos espalhados pelo mundo, tiveram seu momento épico. A ascensão cultural e material destas nações se deu juntamente do apogeu religioso. Quanto mais se oravam aos deuses, mais tais nações triunfavam belicamente e economicamente. 

Hoje vivemos momentos semelhantes. Os mártires e santos disputam território com deuses e personagens da ficção. Os homens se movem a partir da influência dos mitos, das lendas e do imaginário. Se, no oriente, temos o legado de Confúcio, Gengis Kan e Sun Tzu, no ocidente, vivemos a escola dos discípulos de Sócrates, Platão e Aristóteles. E antes que pareça desequilibrada a disputa entre o trio formado por um filósofo legislador, um desbravador sanguinário e um estrategista de guerra, frente a três filósofos pró-democracia, respiramos o ar rarefeito da resistência unificadora cristã.

Enquanto algumas nações privam-se da fé, optando por serem povos sem religião, vivemos o milagre da expansão da cultura afro-brasileira, do crescimento do espiritismo e da multiplicação das igrejas evangélicas. Ao mesmo tempo em que somos abastecidos pela cultura cinematográfica norte-americana. O cinema de Hollywood, os Heróis Marvel e os personagens Disney, por exemplo, complementam e reequilibram a eterna disputa real, imaginária e espiritual, entre o bem e o mal. Uma luta em que árabes, judeus e cristãos, estão no mesmo barco. A nós, ocidentais, resta orar aos deuses e aprender com os heróis.

J.P.D.

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