Descobri que o caminho me motiva mais que os pontos de chegada. O simples 'ir'.
Quando subo na esteira para correr, por exemplo, e há uma meta, o processo parece um martírio até o 'ponto de chegada'. 'Tenho que fazer tantos minutos ou quilometros'.
Quando faço na esportiva, eventualmente, faço o que seria a meta. Mas também faço menos ou mais. A diferença é a satisfação no percurso. A alegria no processo.
Prazos me incomodam. Liberdade me alegra. Costumo dizer que os melhores avanços, até então, obtive na brincadeira. Quando há prazer no caminho em vez de transferir a satisfação ao 'ponto de chegada'.
Gosto mesmo é de ir. Assim venho ultrapassando metas que seriam pontos de chegada. Contudo, continuo indo. Pois o que me motiva é o caminho.
Detesto competição desleal. Aquela que se dá defronte a quem só quer participar. Detesto comparações com os outros. Me comparo comigo mesmo. O antes, o agora e o que vem pela frente. Como posso melhorar. Como posso evoluir. Livre de cobranças ou metas rigorosas.
Quando me convido para correr, venho até a esteira, à quadra de basquete ou o tratame. Quando me pedem para correr, lembro que tenho outras coisas para fazer. Tento guardar este pedido em mim mesmo. Livre de delegar cobranças.
A primeira vez que deixei de fumar foi quando ninguém mais se importava com isto. Quando me pediam isto, me sentia privado do arbítrio. Me decidi quando puder escolher sem culpa, vergonha ou pena.
Coloquei o foco no que estava certo. No que me alegra. Assim procedo para manter-me motivado ao que tenho que fazer. Ao que desejo fazer. Ao que estou fazendo.
Quando penso no que quero fazer ou ter, procuro, antes, me alegrar com o que disponho no agora.
É este 'agora' que sinto, e quero, 'lá' (durante o caminho) além dos pontos de chegada.
OBS: Postei este texto malhando e correndo sobre a esteira.
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