quinta-feira, 20 de julho de 2017

Oficina


Quando estou no silêncio, o pensamento flui diferente dos momentos em que converso, ouço música ou assisto TV. Nestas horas, o laboratório (oficina) se torna receptáculo às inspirações divinas. Demônios são chamados à luz. Anjos reerguem-se das trevas. 


Oh Velho Pai Universo
Estrelas que orientam
O navegar ao verso

Por que falo estas coisas? Em primeira pessoa. A sessão está aberta, aos presentes, que abençoa. À luz, vos chamo, às claras. 

Ilumina-te; Oh ser vivente. 

Por que andas aflito? Quanta pressa ou demora? A consulta está cara; Caro, mesmo, é a hora. 

Vem sorver conosco a seiva desta terra. Seja paz ou seja guerra; Justa ou pluralista. 

A loucura é o que fascina
Enquanto a inocência namora
Consciência é a vacina
Saber que, a tudo, tem hora

(...)
Em todo o ambiente, há luz. 
Porém, na masmorra, fumaça.

Sessão encerrada.

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