O ANJO DA VIDA
Naquele dia recebi Metatrom, Memitim disse que seu nome era Azrael. Também disse que estava suicidando-se aos poucos enquanto soltava fumaça no ar.
Eu estava chapado. Amarrei uma corda na barra de musculação. Quando retornei a si, à frente havia uma forca. Entrei em transe e a desatei.
A janela dispensava paraquedas. Haviam facas aos pulsos. Fogo à oficina. Gás à explosão. Mas preferi chapar-me nos versos em linhas tortas.
Então o Anjo da vida pediu-me nomes no caderno. Clientes que, ao coveiro, dispensavam apresentação. A pá, a foice e o pé de cabra. Cinzas de uma cremação.
À luz das estrelas além das janelas. Das nuvens às sombras das paredes; Buhh! O bode coçava o cavanhaque, bebendo conhaque, fumando rojão.
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