Durante um tempo, sem saber nada de religião, me julguei pai de santo, sendo apenas um católico longe das missas dominicais.
Acreditei tanto que cheguei a atribuir meus conselhos (equivocadamente) aos próprios Orixás (os quais respeito e cultuo).
A cada fim de ano, de tempo em tempo, recebi algumas coisas (nas esquinas do imaginário real) que guardo até então.
Desfazendo tal 'auto-julgamento', me reconheço como ser espiritual. Na consciência de que somos, desde antes, e além, da humanidade, 'Espírito'.
É bem estranho, pois, quando guri, pensava que 'Eu era o Jesus' (ainda sou cristão). Uma ofensa ao cristianismo. Pois o 'Mestre' viveu há dois mil anos e era singular por inteiro. No caminho, também me julguei o São Jorge, Miguel e outros tantos (dos quais sou devoto).
Entendendo como isto funciona (baixar o santo), sinto um repúdio quando se confundem as coisas. Uma coisa é 'baixar o Orixá' e se comunicar através das línguas humanas. Outra coisa é os homens falarem em nome do santo.
Com todo respeito a quem entende mais do assunto. Somente Jesus poderia falar em nome de Jesus.
PAI DORNELLES E PASTOR JULIANO
*Sacanagem
Engraçado; Recebi um chamado para ser pastor. Achei estranho, pois sou católico e devoto dos santos orixás. Creio que só Deus é Pai Nosso e Pastor (ninguém mais).
Sem saber em que Igreja, o anjo me disse que (na igreja certa) iriam me aceitar sem problemas. Me olhariam na altura dos olhos (livre de autopromoções hierárquicas). Estou desconfiado deste 'anjo'.
Me pergunto o que fazer? Com quem conversar? Ou tenho que criar própria Igreja? Justamente quem crê que existem religiões suficientes no mundo. O fato é que defendo o trabalho conjunto das crenças, em vez de novos brasões.
Estou me perguntado se a palavra certa é 'pastor', ou o 'anjo' se referiu a algo como um 'guru' ou 'mestre'.
Bom; O lance é fazer um café e curtir a neblina. O mundo está cheio de pastores do inferno. O certo é que o céu é aqui.
JD
Nenhum comentário:
Postar um comentário