Chegada esta época do ano tenho por costume visitar familiares próximos e parentes em minha terra natal. Assim como na Páscoa, e no meio do ano, nos reunimos para celebrar este momento sagrado. A família é mais do que meras linhas de pais e filhos, mães e filhas, avôs e netos, tios, primos e sobrinhos. A família é uma grande nação.
Nesta nação aprendemos os primeiros passos. A falar, a comer, a caminhar, a orar e amar. Porém sabemos que os filhos da nação devem ser criados para o mundo. Neste sentido, a linha do conhecimento, apesar de envolver os laços familiares fora do ambiente de pesquisa, vai muito além dos mais distintos graus de parentesco. Envolve todos aqueles que interagem na troca do conhecimento.
Assim como na família, na escola e no trabalho, em todo o universo estamos ligados através do papel que exercemos na sociedade. Independente de ser ele remunerado, reconhecido e prestigiado. Este papel se transmuta com o tempo. Por vezes, para a evolução prosseguir, é necessário um movimento de descida e subida daqueles que estão em cima e na base. E assim sucessivamente, incontáveis vezes, mantendo o equilíbrio. Desta forma, muito mais do que entrar no plano de um novo mundo, precisamos entrar dentro de nós mesmos. E lá dentro, encontrar a si próprio.
Neste sentido a maior herança que podemos deixar, não só para os nossos descendentes, mas principalmente para o mundo, é o exemplo de que entendemos e praticamos o livre arbítrio. Preservando o direito de ir e vir de cada um. Conosco, sozinhos ou com quem desejarmos. Desde que respeitando os demais homo sapiens como iguais. Observando as leis do universo. E os limites que nos preservam no caminho certo.
Desta forma ter a consciência da liberdade e da dimensão do universo torna tudo o que existe no infinito parte de nossas relações. Se levarmos em consideração que cada homem na face da terra é filho Deus, expandimos assim a dimensão do grupo coletivo daqueles que temos como irmãos. Interligados pela inteligência coletiva e pelo fato de pertencermos à mesma espécie e da verdade que nos revela originários do mesmo criador.
Muito além de seguir a linha do DNA, a linha do universo nos permite a livre circulação e a expansão total e completa. Abrangendo assim outras áreas e explorando novos territórios. Fazendo dos astros, seres relativos ao nosso convívio. E do conhecimento, o nosso aliado. Isto tudo vai muito além do entendimento. É o que chamo de sabedoria do subconsciente.
Ter a noção de que todos juntos somos muito mais do que tudo o que conhecemos é o primeiro passo para ingressar no próprio subconsciente através da plena consciência. Assim descobrimos que cada ser vivo, cada elemento da natureza comporta-se como nosso interagente interativo. A linha do universo é muito maior do que qualquer uma em que se pudesse excluir algo ou alguém. A linha do universo é inclusiva. E neste universo infinito nos incluímos quando pela ciência tomamos a sábia escolha de entender estes e outros segredos do cosmos infinito eterno e do conhecimento onipresente.
J.P.D.
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