Como é de se perceber, fiquei alguns dias afastado da interação virtual. Desde quinta-feira, devido a um temporal em Porto Alegre, fiquei longe da conexão midiática. Alguns dias antes precisei formatar mais uma vez meu desktop. Devido a estes e outros contratempos descubro que estou viciado na tecnologia. E mais do que isso, sou dependente dela.
Na tarde de sexta-feira me ocupei de organizar e limpar a casa, desgelar a geladeira e arrumar as malas para viajar logo no sábado pela manhã. O rumo, o mesmo de todo fim de ano. Passar as festas de Natal e Ano Novo com a família. Apesar de me ocupar com estas atividades confesso que sofri com a crise de abstinência do Facebook, messenger e outras redes que utilizo com frequência.
Sim, somos dependentes das tecnologias. 'Eu, você e todos nós'. Impossível viver longe da eletricidade, dos aparelhos de televisão, do telefone e outras ferramentas que fazem parte de nossas vidas há um bom tempo. Mas, mudando de assunto e seguindo no tema, cada vez fico mais indignado como os serviços de internet banda larga disponíveis no mercado.
Em meu apartamento utilizo internet via rádio. O serviço é consideravelmente bom comparando-se com a conexão dial up de dez anos atrás. Mas deixa muito a desejar em relação aos serviços oferecidos pelas companhias de telefonia e serviços combo da televisão a cabo. Minha situação é difícil, pois no quarteirão que moro, em pleno centro da capital gaúcha, não há cobertura da Net. De outro lado, nem Oi, nem GVT, fazem instalação interna dos cabos do modem. Falo no sentido de puxar uma extensão da sala para o quarto onde se encontra o desktop. Para completar o sinal da conexão 3G onde moro é muito baixo.
Fugindo um pouco do papel de cidadão que reclama por um mundo melhor, e incorporando o espírito do indivíduo privilegiado que se encontra na faixa dos brasileiros com acesso a internet, me resta agradecer por estar hoje aqui postando este texto. De outro lado, sigo firme na posição de que estes e outros serviços precisam ser melhorados.
Após sofrer com a abstinência midiática de quinta e sexta, sábado precisei aguentar mais um dia longe das telas do desktop. Um dia todo viajando. Com o trânsito afogado pelo excessivo movimento desta época, levei cinco horas de ônibus de Porto Alegre até Santa Maria onde peguei meu filho. E mais cinco horas e meia entre Santa Maria e São Borja. Apesar de conectar pelo tablet no caminho onde havia sinal 3G, confesso ainda estar em período de adaptação a este tipo de tecnologia.
Apesar da formatação indesejada, todos os transtornos com instalação de softwares e sistema operacional, seguidos de três dias sem aceso à internet, estou contente por estar aqui hoje postando este texto. E isto tudo mostra que há dias bons e dias não tão bons. E que dentre os dias difíceis, a melhor solução é manter a calma e ter a consciência de que 'nada melhor do que um dia após o outro'.
J.P.D.
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