segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Trouxas, Malandros e Espertos


Na saga de Harry Potter o pequeno bruxo chama os desconhecedores da magia de 'trouxas'. Conforme me conecto com o mundo interativo de hoje, envolto pelas sociedades imaginárias e reais, físicas e espirituais, do céu e da terra, percebo uma grande quantidade de pessoas dormindo. Enquanto outras, ao terem seus olhos abertos ao imaginário visual, esquecem que, com os olhos vendados, se é possível ver muito além das imagens. De fato, aqueles que aprendem a lutar assim, nem sabem deste detalhe ao iniciar a luta.

'Bem aventurados os que creem sem ver', um dia disse o profeta. Mas ver o quê? Uma pequena imagem visual imaginária? A visão de quem estiver conectado em pensamento como se estivesse na lua? Pequenina e ingênua lua da imaginação visual, diga-se de passagem. Ou o conhecimento completo sem pensar em coisa alguma? Enquanto alguns deixam de ser trouxas, outros pedem pra voltar, no que seria o meio do caminho, e se tornam trouxas novamente. 

Enquanto alguns se conectam ao conhecimento do universo, outros são seduzidos pelas imagens. Como na caverna de Platão. Ao conhecer a luz, sentem-se incitados a retornar à escuridão pra contar aos outros o que viram. Neste mesmo contexto, enquanto alguns entendem os segredos da lei do cosmos, outros brincam de mudar as coisas de lugar e esquecem que 'sim é sim', 'tudo é tudo' e 'nada é nada'. De algum modo, tanto os malandros quanto os espertos precisam dos trouxas pra se dar bem. Neste sentido, deixe de ser trouxa, seja malandro e se torne esperto. 

 J.P.D.

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