quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Discernimento


A moralidade emerge do conflito dos desejos. Agimos majoritariamente de acordo com o que nos proporciona maior satisfação pessoal. Nas situações em que questionamos a prioridade frente ao leque de alternativas, costumamos optar pelo mais prazeroso (imediato) ou pelo mais compensador. Há situações em que nos movemos pelo prazer momentâneo (como no lazer); Enquanto há casos em que nos impulsionamos pelos objetivos a médio e longo prazos (como no trabalho, nos estudos, na reeducação alimentar e nas atividades físicas com fins de melhoramento estético e performático).
 
O fato é que a maturidade nos induz a escolhas mais racionais do que a adolescência. Do mesmo modo que, no período da infância, nos movemos predominantemente pelos impulsos instintivos (em formação). À medida que conhecemos os prazeres e deveres do mundo adulto, cresce a reflexão sobre o que é mais satisfatório, edificante e produtivo. Contudo, mesmo quando nos tornamos extremamente criteriosos na hora de decidir, os instintos continuam presentes na natureza animal do Sapiens Sapiens.
 
Decidir que decisões tomar e que escolhas fazer se torna uma atividade cotidiana. Por vezes executada dentro de um contexto de racionalidade na configuração de cronograma meticuloso e rotineiro. Ao contrário dos impulsos do instinto que surgem em tempos vagos. De algum modo, ser prudente é virtude essencial na hora de fazer escolhas. O equilíbrio entre a razão e a emoção continua sendo o melhor caminho. Discernir é um modo de agir com temperança. Assim começamos a compreender a alquimia do bom combate.
 
J.P.D.

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