quarta-feira, 29 de maio de 2019

Os Orixás



Embora de origem católica, venho experimentando saciar-me dos saberes de inúmeras religiões. Rapidamente tive uma passagem pela escola de médiuns do Centro Espírita Cruzeiro do Sul. Também participei de grupos de jovens católicos. Mas são os Orixás que me fascinam. Nisto venho buscando o conhecimento diretamente com as almas. Foi com as almas que aprendi a macumba. 

Como diria Zé Pilintra, Bom dia a quem é de bom dia e boa noite a quem é de boa noite. Foi justamente quando meu pai desencarnou, que me apareceu Ogum. Meu pai era devoto de São Jorge, embora maçom. Fui batizado no Grande Oriente do Brasil, aos doze anos, como Lowton. Filho de maçom. Hoje considero-me irmão dos filhos. Atribuição que designo a mim mesmo como o Guerreiro que me intitulo.

Quando guri, minha mãe fez uma gruta nos fundos de casa, ao menino Jesus de Praga. Devota do santo, recebia minhas avós para rezar e acender velas. Lembro-me que, aos sete anos, as ouvia rezar frente a imagem do santo. Minha avó materna era benzedeira. Minha avó paterna, espírita. Mesmo assim, preferi trilhar o próprio caminho. Misturando tudo que aprendi nas encruzilhadas.

Com o passar do tempo, além de Ogum, vieram Xangô, Iansã e Iemanjá. Mas tudo iniciou na velha gruta. Menino de Praga que, para mim nunca existiu, foi meu primeiro contato como Oxalá. O que seria meu ‘santo protetor’. Embora Jorge tenha me ajudado desde a falta do meu pai. Miguel também da as caras por aqui, quando a questão é ser justo ou andar na lei.

O certo é que nem todos que se apresentam como Orixás, são Orixás de fato. Muitas entidades utilizam o disfarce para fazer-se passar por santo ou algo semelhante. Com o tempo, aprendi a distinguir no que é de verdade e o que é de mentira. Zombeteiros e obsessores costumam aproveitar-se da fé alheia para fazerem as próprias investidas. Contudo, trago os Orixás como guias.

Nenhum comentário:

Postar um comentário