sexta-feira, 31 de maio de 2013
quinta-feira, 30 de maio de 2013
Magia da Ciência
Ao ingressar na discência acadêmica, e ter acesso às teorias, estudos e conceitos de mestres e doutores em comunicação, percebi que a ciência complementa e, até mesmo, expande a magia. Como pessoa, indivíduo e cidadão venho prestando atenção nos fenômenos sociais e naturais relacionados à humanidade e ao universo, e noto que os métodos científicos são uma espécie são mágica de sentir, compreender e lidar com o mundo.
A magia transcende, em parte, a ciência. De outro lado, a ciência explica e entende as transformações oriundas da magia. Einstein um dia colocou que a religião e ciência se complementam. E que uma sem a outra sofreria limitações sensoriais de percepção e ação. Apesar da magia ser independente das religiões, esta concepção serve para entendermos a relação dela com a ciência.
Se o cientista é aquele que exerce uma 'atividade sistemática para obter conhecimento', Mago é aquele que faz uso do conhecimento transformando a si e o mundo em que vive. Magos e cientistas são sábios e construtores do próprio 'ser' e do universo que os rodeia. Neste contexto, entre a magia e a ciência, sigo buscando entendimento e informações a fim de, pela sabedoria, construir algo bom ao cosmos e à humanidade.
J.P.D.
quarta-feira, 29 de maio de 2013
Direito autoral e apropriação de conteúdo
Com as facilidades de publicar,
compartilhar e consumir conteúdo na web, cresce a apropriação de
conteúdos. Hoje, mas do que nunca, temos acesso a todo tipo de conteúdo
multimídia. Textos de autores dos quatro cantos do planeta, assim como fotos,
áudio e vídeos. Neste contexto nos perguntamos se este ato é, ou não,
ético. E qual o preço desta apropriação.
Na bíblia judaico-cristã surge a
criação como uma obra divina. E, nesta criação, Deus criou o homem a sua
imagem e semelhança. Ou seja, supomos que todo homem, semelhante a Deus, seja
também criador. Ou pelo menos criativo.
O fato é que nem todos tem facilidade
de criar uma ideia ou conceito partindo do zero ou de si mesmos. E neste
contexto acreditam que seria mais fácil utilizar conceitos e ideias já existentes.
O certo é que não há nada errado em utilizar as boas ideias. Mas também é
indiscutível que criativo é aquele que faz da própria vivência, ou observação,
a matéria de suas criações. De outro modo teríamos que dizer amém a Lavoisier
num contexto onde tudo o que conhecemos como criação seria nada mais do que uma
mera transformação do que já existe.
De algum modo, partir de referencias
conhecidas, e utilizar as mesmas fontes que a grande maioria dos magos e
mestres utilizam, acarreta o erro clássico que nos leva a produzir cada vez
mais do mesmo. De outro lado, a criação daqueles que partem das próprias
experiências é o que traz a inovação. Não quer dizer que a inovação não possa
partir de algo que já existe, mas sim que precisa basear-se em algo que ainda
não foi pensado por ninguém.
Mesmo assim sabemos que a apropriação
de ideias, pautas e conteúdos continuará ocorrendo nas mídias sociais. Até
mesmo nós blogueiros somos vítimas de plágio. Porém, nos orgulhamos quando
somos citados e temos nossos textos utilizados como referência em outros
trabalhos. Assim como também utilizamos outros conteúdos na construção de
nossas produções. Se já não há como fugir da apropriação de conteúdos,
resta-nos ser o mais ético possível e ter em mente que, diante do céu e da
terra, o criador indiscutível seguirá sendo aquele que dá inicio a ideia
ou discussão.
J.P.D.
terça-feira, 28 de maio de 2013
Viciados em tecnologia
Após a recuperação de um pequeno baque
relacionado ao episódio de ontem, quando tive meu perfil excluído de uma rede
social virtual, surge como pauta, mais uma vez, a questão da dependência
midiática. Apesar do título da postagem anterior, 'Fora da rede', não há mais
como fugir da web. Estamos na web e a web está em nós. Em relação a este
assunto, ontem a tarde, estava ouvindo uma rádio local e o apresentadores
estavam discutindo a questão das dependências. E, neste sentido, a dependência
midiática surge como a dependência da nova era.
Quando ouvimos falar em dependência,
logo vem, à lembrança, as dependências químicas. Tabaco, álcool e drogas.
Nestes casos o usuário necessita de uma dose cada vez maior, a cada fase,
conforme a dependência evolui, pra sentir os mesmos efeitos. E, sobretudo, a
sensação de prazer. Do mesmo modo, a dependência midiática requer um uso cada
vez mais intenso das tecnologias pra que o mesmo prazer seja sentido.
Percebemos, hoje em dia, a importância
que as tecnologias vem ganhando em nosso dia-a-dia. Muitas empresas recebem
currículos somente por e-mail. Alguns serviços de informação são oferecidos
exclusivamente via sms. Neste contexto apenas quem tem acesso à internet, e a
um aparelho celular, é que pode ser incluído neste ambiente interativo.
A dependência começa a ser percebida
quando sentimos a necessidade de utilizar os dispositivos a todo momento.
Muitos ficam nervosos se esquecem o celular em casa. Ou quando ficam sem
crédito ou sem bateria. Sentindo a sensação de seriam procurados e não teriam
como responder, que alguém iria lhe ligar, ou que, sem o dispositivo, teriam
algum empecilho de realizar as tarefas mais comuns.
O mesmo percebemos quando se tem aquela
mania de checar os e-mails de hora em hora. Ou entrar, pelo menos um vez ao
dia, em determinada rede social pra ver se recebeu algum comunicado importante.
De algum modo, muitos de nós teria dificuldade em viver longe da tecnologia. E
não falo exclusivamente dos dispositivos mais modernos. Falo da própria energia
elétrica.
Muitos trabalhos necessitam destas e
outras tecnologias. Ir a um camping no carnaval, ficar isolado da energia
elétrica cozinhando ao fogo de chão, em uma espécie de ‘programa de índio’,
parece divertido. Mas quando se trata do cotidiano de trabalho, estudos e
outras atividades, as tecnologias tornam-se cruciais na realização de tarefas
comuns em nosso dia-a-dia.
De algum modo é preciso encontrar o equilíbrio.
Precisamos sim das tecnologias; Precisamos estar por dentro de suas funcionalidades
e usos. Mas, precisamos também ter um certo controle e equilíbrio relacionado
ao uso que fazemos delas. Há quem diga que, em breve, homem (corpo e alma) e
máquina (hardware e software) se tornaram um só. De algum modo entramos na era
da tecnologia há muito tempo. Muito antes da idade da pedra lascada. Desde lá
ingressamos no mundo da tecnologia do mesmo modo como a tecnologia começou a
fazer parte de nosso mundo. Já que não há mais como nos libertarmos um do
outro, precisamos aprender a utilizar da melhor forma esta comunhão.
domingo, 26 de maio de 2013
Banho de Leite
Hoje a tarde atravessei a pé o Parque da Redenção, no trajeto de vinda de onde almocei até o apartamento que moro no centro de Porto Alegre, e quando cruzava o parque fui abordado por uma moça que me perguntou se eu poderia responder algumas perguntas. A pesquisa referia-se ao escândalo do leite que ocorreu há algumas semanas na região sul do brasil. As questões foram relevantes para perceber a importância dos fatos e relatos na construção da imagem.
O escândalo do leite ocorreu no seguinte
contexto. Um grande fornecedor de leite estava adicionando água, ureia e outros
produtos químicos no leite para ganhar volume e, consequentemente, lucrar mais.
Grandes empresas do setor de laticínios adquiriram o leite adulterado e
comercializaram no mercado. A fraude foi descoberta e os responsáveis
encaminhados a julgamento e punição cabível pela lei.
O escândalo foi noticiado nos principais
veículos de comunicação da região sul. Jornais, televisão, sites, rádios, etc.
A mídia revelou o nome das empresas que estavam comercializando o leite adulterado.
Expondo marcas e solidificando uma imagem negativa de tais empresas, elas
mesmas criaram devido ao envolvimento no fraude.
Na pesquisa que respondi na Redenção me
perguntaram se fiquei sabendo do fraude do leite. Quem eram os responsáveis.
Quais as empresas envolvidas. Que marcas de leite costumo comprar. Se comprei
alguma vez o leite das empresas que tiveram lotes apreendidos. E se tornaria a
comprar produtos de tais empresas.
O fato é que tais empresas comprometeram a
própria credibilidade no mercado. Muitos consumidores revelam que não compram
mais produtos destas empresas. Apesar de sabermos que isso é temporário, como
no escândalo não muito distante dos 'Todinhos contaminados'; Que hoje são
consumidos na mesma proporção de antes.
De algum modo, os meios de comunicação, independente de terem ou
não esta intenção, intensificaram a exposição e consequentemente influenciaram certa
rejeição do público a estas empresas. De certa forma, tal imagem criada com o
fraude do adulteramento do leite, apesar de dimensionada pela exposição
midiática, foi criada pelos próprios fatos e é de responsabilidade das empresas
envolvidas.
A questão a que me proponho chegar é o
fato de que uma vez abalada e distorcida a imagem pública, seja ela de pessoa
física ou jurídica, há muito trabalho a ser feito para que esta imagem seja
recuperada. Neste caso específico, ironizando o acaso do destino, o recomendado é tomar um 'banho de leite' pra 'lavar a alma'.
Um exemplo semelhante ocorre com pessoas comuns. Quando somos bons
namorados, amigos, funcionários ou alunos, somos recomendados como tais. De
outro modo, a partir da imagem que criamos, somos testemunhados de forma não
positiva. Apesar da responsabilidade de cada um em criar a própria imagem, há
sim uma influência dos testemunhos e relatos na aceitação ou rejeição pública.
Seja de empresas, instituições ou pessoas.
Da mesma forma como as empresas envolvidas
no escândalo do leite, todos precisamos trabalhar duro para construir uma
imagem de ‘empresa confiável’ ou ‘pessoa confiável’. As pessoas, quando buscam uma certo grau de
aceitação no 'mercado', precisam medir e direcionar atitudes e comportamento.
É certo que as indicações e testemunhos positivos aparecem apenas
após algum tempo de bom comportamento. E quando procede-se de forma positiva,
mesmo que hajam testemunhos distintos, somente os testemunhos positivos serão
verdadeiros. Neste caminho, procedendo da maneira certa, empresas e pessoas
recuperam e constroem a imagem positiva, os bons testemunhos, as recomendações,
as indicações e a aceitação do mercado se tornam realidade com o tempo e de
forma natural.
J.P.D.
sábado, 25 de maio de 2013
Narrativas Virtruais
Com o aumento da visibilidade midiática proporcionada pelos meios digitais, cresce também o interesse público na vida privada de celebridades e pessoas comuns. A exposição e o consumo de intimidades ganha espaço cada vez maior em blogs, fotologs e vlogs na internet. E neste ambiente surge a figura do narrador protagonista.
Os blogs surgiram como uma evolução dos
antigos diários pessoais. Um espaço destinado à amostragem da produção de
conteúdo de poetas, músicos, cronistas, humoristas, contadores de histórias e
outros artistas. A blogosfera possibilitou que a massa de anônimos se aventurasse
a disputar uma fatia no estrelato. Retirando os textos e fotos das gavetas e
dispondo-os na rede mundial de computadores.
Neste contexto surge a figura do narrador
protagonista. Aquele que conta a história e participa dela ao mesmo tempo. Seja
a partir de relatos de vivências de sua identidade real, ou estórias fictícias
compostas em torno de um personagem. Os blogs, o Facebook, o Instagram e os
canais de vídeo do YouTube são alguns dos principais exemplos de espaços onde
tais narrativas ganham vida.
J.P.D.
sexta-feira, 24 de maio de 2013
Subjetividades
Segue o vídeo da semana. Espero que gostem. Comente a postagem se desejar. E, se gostar, compartilhe nas mídias sociais. Inscreva-se no canal. Envie sugestão de pauta.
J.P.D.
quinta-feira, 23 de maio de 2013
Afirmar-se como pessoa
Cada um de nós busca uma postura adequada na intenção de afirmar-se como pessoa. Alguns buscam afirmar-se pelo conhecimento, pelo trabalho e pelo poder. Outros se impõem pela forma física, pela beleza, pela moda, pelo estilo e por outros detalhes oriundos do lado narcísico de ser. Há ainda aqueles que buscam afirmar-se pelos valores humanos da bondade, generosidade, amabilidade, educação, simpatia, etc. Ou simplesmente por trilharem aquilo que tem como o caminho certo. O certo é que cada um busca algo específico na construção do ser e da felicidade. E esta é uma escolha pessoal e intransferível.
Os valores de um homem sofrem
transmutações no decorrer da jornada. Há fazes da vida em que o que mais
importa é a descoberta do novo e do inusitado. Em outro momento o que vale
mesmo é o certeiro e garantido. De algum modo é normal que transcendamos a essência.
Que façamos experiências. Ate chegar a fórmula mágica que nos cabe como a
ideal. Até achar a fórmula alquímica do bem estar, cometemos enganos e erros,
que, quando conscientes, deixamos de cometer. O que chamamos de ‘estar com a consciência
tranquila’.
Se 'em time que está ganhando não se
mexe', de outro lado, situações e experimentações que outrora causaram tropeços
precisam ser eliminadas por completo para garantir o movimento no sentido do
êxito que tanto desejamos. E, mesmo assim, dependeremos ainda da dedicação
exclusiva aos objetivos que escolhemos ao caminho. De fato, pela consciência,
precisamos nos tornar senhores de nós mesmos. Mesmo que pra isso precisemos abrir
mão de alguns prazeres em prol de benefícios que valem a pena. Neste sentido, a
escolha continua sendo determinante.
J.P.D.
quarta-feira, 22 de maio de 2013
Fins e Meios
Há algum tempo assisti a um vídeo de Prem Baba da série 'Eu
Maior'. No vídeo o guru fala, dentre outras coisas, sobre o dinheiro. Segundo Baba
"o dinheiro é uma energia neutra" cuja o qual cada um dá a direção
que desejar. Se o eu inferior se apropriar, gera destruição. Se o eu maior se
apropria, gera construção e criação. Neste contexto, podemos observar que quase
tudo o que existe no mundo pode ser usado tanto pro bem como pro mal. Cada um
dará o destino que lhe couber àquilo que tiver acesso.
As mídias sociais
são um exemplo disto. Há quem as use pro bem. E há quem não saiba o que fazer
com elas. Alguns as utilizam como aliadas nos estudos e trabalho. Outros têm o
tempo consumido por elas em plena fuga do ócio. Assim é também com o
conhecimento, a informação e todo tipo de tecnologia existente no mundo atual.
O próprio Santos Dumont, ao ver o avião sendo utilizado com fins bélicos,
questionou se havia feito o bem à humanidade ao cria a máquina voadora.
Vale lembrar
aquela adaptação, de uma fabulosa parábola, de minha própria autoria. ‘Ao
encontrar uma pedra no caminho, o peregrino a utilizou pra marcar o trajeto por
onde passou posicionando-a como um sinal. O desbravador encarou-a como um
obstáculo a ser transposto. O construtor a utilizou como material em sua obra.
O escultor a trabalhou como matéria bruta a ser esculpida. O poeta buscou nela,
inspiração aos seus versos. Enfim, Cada um utilizou a pedra ao seu próprio
modo. O que significa que cada um tem um modo específico de trabalhar o que lhe
vier ao alcance.
J.P.D.
terça-feira, 21 de maio de 2013
Mantenha a pose
Você acredita que estamos sendo
vigiados ? Que todos os nossos passos estão sendo monitorados por alguém lá de
cima ? Que somos testados pelos céus e pela terra ? Que nossas atitudes são
testemunhadas onde quer que andemos ? E nossas palavras, registradas em um
documento que tudo revela a nosso respeito ? Independente de qual seja sua
resposta em relação ao olho que tudo vê, saiba isto não é mania de
perseguição, ao contrário do que muitos pensam, mas sim o fato de que
muito pode ser visto aqui mesmo na web.
Estamos no Google, no Gps, no Facebook,
Twitter, Foursquare e inúmeras outras redes sócias virtuais. No site da Receita
Federal, todos podem saber se estamos em situação regular através do número do
CPF. No site do Detran, temos detalhas multas e infrações de trânsito. E assim
é no diário oficial da união que revela quando alguém é contratado ou demitido
pelos órgãos público. Ou nas listas virtuais dos aprovados nos vestibulares das
universidades de todo o país.
Deixamos rastros onde quer que andemos.
E na internet podemos acessá-los. Hoje em dia é possível saber quase tudo sobre
todos. E tudo a apenas um clique. Neste sentido, tome cuidado com o que fazes
por aí e com os ratros que deixa. Seus arquivos secretos podem estar sendo
clonados neste exato momento, por um hacker, diretamente de seu HD. Olhe pela
janela e vej ase não está sendo filmado pelo vizinho do prédio ao lado. Pela
câmera do elevador. Pelo pardal da rodovia. Saiba que a qualquer descuido, ou
capricho, sua imagem pode ganhar a rede. E se você desconfia, desde já, que as
câmeras estão de olho em você, sorria e mantenha a pose.
J.P.D.
segunda-feira, 20 de maio de 2013
Liberdade
Quando viemos ao mundo, saímos do útero e abrimos os olhos à luz
do mundo. Experimentamos, desde aquele momento, o gosto da liberdade. Durante a
caminhada intercalamos atividades distintas. Em algumas nos prendemos, em
outras, nos libertamos. Mas em ambas as situações buscamos a liberdade.
Aprendemos a caminhar, falar, ler, escrever e a fazer inúmeras
outras coisas que nos dão um certo grau de liberdade. E, quando crescemos,
continuamos a buscar tal liberdade. Estudamos e nos inserimos no mercado de
trabalho pra conquistar um espaço no mundo em que vivemos. Porém, nem
sempre a liberdade que buscamos é a liberdade real.
Muitas vezes
cometemos equívocos. Principalmente na juventude, quando experimentamos os
prazeres do mundo e nos deparamos com a falsa liberdade. O mundo dos prazeres
fáceis, do descompromisso e da libertinagem. Violando regras e leis.
Os homens costumam
prender-se a compromissos a todo momento. Relacionamentos; Contas a pagar;
Prestações a prazo; Consórcios; Hábitos, costumes e vícios. Nestes momentos
vive-se uma sensação como se tivéssemos colocado a liberdade em uma prisão, e
quando nos damos conta disso, clamamos pela libertação. Neste
contexto, precisamos entender que vivemos em um mundo onde há regras e leis que
precisam ser observadas e obedecidas.
É no despertar da consciência que reformulamos os conceitos que
definem o que é a verdadeira liberdade. E a partir deste momento nos tornamos
aptos a escolher ser livres de fato. Assumindo o compromisso e a postura que nos dá o direito de agir dentro das possiblidades que o universo nos oferece. Revendo atitudes e reconfigurando comportamentos.
Ganhamos uma chance de conquistar a verdadeira liberdade. Pra isso, precisamos saber que ser
livre é escolha.
J.P.D.
domingo, 19 de maio de 2013
Ensino Libertador
O livro ‘Medo e ousadia – O cotidiano
do professor’ é um diálogo entre Paulo Freire e Ira Shor onde são discutidas as
possibilidades da educação libertadora. ‘O que é ensino libertador? Como os
professores se transformam em educadores libertadores? Como é que começam a
transformar os estudantes? Quais os temores, os riscos e as recompensas da
transformação? O que é ensino dialógico? Como devem os professores, falar no
discurso libertador?’; São algumas, dentre outras perguntas colocadas e
discutidas em meio ao diálogo.
Como são discutidos temas raça, sexo e
classe em sala de aula no processo libertador ? Por que é importante trazer
assuntos do cotidiano pra dentro da sala de aula ? Enfim, há muito a questionar
neste contexto.
Torna-se um desafio a possibilidade de
incorporar o pensamento crítico à vida cotidiana. No diálogo, Paulo e Ira
colocam a necessidade de ser rigoroso em sala de aula. Sendo que o rigor é
universal. Assim como é universal a necessidade de ser rigoroso. O rigor no
sentido de desejar saber. De buscar uma resposta. Um método crítico de
aprender. Incitando o outro a participar. E incluindo-o em uma busca ativa.
Neste sentido, a motivação do aluno e
do professor sucede no mesmo momento em que ele está atuando, e não antes de
atuar. Por isso é importante e necessária a participação dos alunos em sala de
aula. Assim sendo, se torna mais tranquilo aprender quando há motivação em sala
de aula.
A motivação possibilita que superemos
barreiras e ultrapassemos obstáculos. Se sente motivado o aluno que tem prazer
em estudar e aprender. Outro fator colocado por Ira, por exemplo, é que o aluno
desmotivado dentro da escola, pode ter muita motivação fora dela. E isto ocorre
por vezes a cerca de atividades nada construtivas. Por isso é importante
motivar o aluno dentro da escola.
O ciclo do conhecimento possui dois
momentos. O primeiro momento é o momento da produção do conhecimento novo, de
algo novo. O segundo momento é aquele momento em que o conhecimento produzido é
conhecido ou percebido.
Há uma transferência de conhecimentos
entre professores e alunos em sala de aula. Onde o professor se torna
exatamente um especialista em transferência de conhecimento. Despertando a
curiosidade e iniciando uma reflexão crítica relacionada a tais informações.
Então, o aluno se sente motivado quando sente que está descobrindo algo novo.
No contexto capitalista, as escolas se
tornam espaço destinado a compra e venda de conhecimento. Neste contexto, a
educação tem de ser integradora; Integrando alunos e professores na criação e
recriação de conhecimento. De certa forma, professores e alunos dispõem de um
poder de construir conhecimento em classe.
De outro lado há situação em que o
professor sufoca a aprendizagem do aluno. Há casos em que os professores
supervalorizam as citações e referências, enquanto deveriam valorizar a
criatividade do aluno e o pensamento crítico independente das correntes de
pensamento conhecidas e usuais.
Na educação libertadora e dialógica o
aluno ganha poder de participação, de iniciativa e uma certa liberdade em
interagir a participar com sua visão pessoal, desprendendo-se, em parte,
da dependência das tendência ideológicas que o precedem.
Paulo freire coloca que a educação é
também um ato político. E neste sentido, não há pedagogia neutra. Há uma ação
da educação sobre a consciência reflexiva e refletora da realidade. A
consciência torna possível a libertação. E é esta libertação que queremos aos
nossos alunos.
Apesar de todas estas considerações, a
experiência em classe é apenas ‘a ponta de um iceberg teórico’, ou seja,
há muito mais além disto tudo. Assim como no conhecimento adquirido em sala de
aula, onde o aluno precisa ir atrás do conhecimento complementar, aqui também
precisamos saber que há muito mais a ser discutido.
Precisamos levar em consideração a
necessidade de diálogo e entendimento entre alunos e professores. Neste sentido
torna-se possível o trabalho coletivo em sala de aula. Há uma necessidade clara
de abordar assuntos do cotidiano em classe e possibilitar a livre participação
dos alunos nos debates.
Sabemos que os alunos se sentem mais a
vontade quando tem liberdade criativa. E livres para opinar conforme seus
entendimentos, se tornam mais motivados a participar das discussões em grupo. E
é nestas discussões que a criação e a recriação dos conhecimentos acontece.
Além disso os alunos se sentem motivados a buscar o conhecimento complementar,
ou seja, a parte restante do iceberg cuja a ponta é revelada em sala de
aula.
Assim, sendo precisamos ter em mente
que estas considerações são apenas um ponto de partida para que revisemos e
reformulemos nossas metodologias de ensino. O diálogo continua sendo uma das
melhores alternativas na construção da educação libertadora.
J.P.D.
Resenha
introdutória da obra ‘Medo e Ousadia – O cotidiano do professor’ de Paulo
Freire e Ira Shor
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