Está ocorrendo na PUCRS o XI Seminário
Internacional da Comunicação. Profissionais, estudantes e mestres da
comunicação e das ciências sociais se encontraram para discutir o contexto da
comunicação através das mídias locativas. Além de trabalhos acadêmicos
apresentados por alunos o seminário conta com palavra de grandes nomes no
assunto.
Na noite de quarta-feira, foi a vez de
Jean-Bruno Renard e George Bertin abordar temas que circundam as Mídias e a
Comunicação. Dentre tantos tópicos abordaram o progresso das tecnologias como
uma realidade da qual não há como fugir. Contudo muitos mitos circundam este
assunto. Mitos e lendas que até serem comprovadas permanecem no mundo da
fantasia.
Renard e Bertin expuseram suas visões
sobre a realidade. Começando pela noção de que a tecnologia faz a ligação entre
o virtual e o real, integrando o imaginário ao físico e concreto. E
fazendo o papel de meio entre homens, e entre máquinas que ligadas entre si
criaram uma conexão de redes que transforma a sociedade hoje em dia. Apesar de
ainda vivermos rituais tribais que nos aproximam de uma relação com o sagrado,
estamos cada vez mais com os pés no chão, conseguindo distinguir a ficção da
realidade, e de outro lado fazendo a integração entre ambas. É verdade que
ainda acreditamos em deuses, mitologias e sincretismos; Obedecemos regras e
sofremos com o imperialismo dos grandes conglomerados de empresas que impõe
seus segredos tecnológicos sobre a grande massa. Mas ainda acreditamos na
liberdade.
Estamos encaminhando a Nova Era da
Comunicação. O tempo de sínteses entre o universal da Aldeia Global e
o particular de cada um. As Redes Relacionais possibilitam uma abertura maior
dos espaços de discussão no que diz respeito a interação, criação e
compartilhamento de conteúdo. Surgem novas alternativas sociais no Império do
sensível. Há um mundo real dentro do virtual e vice versa. Estamos
compartilhando a sociedade do consumo, do lazer e da abundância. Mais do que
ver e ouvir. Conseguimos sentir estas transformações.
Vivemos um tempo de mudanças onde o
caos criador faz dos sonhos e desejos uma nova realidade. No sentido em que
todos buscamos a elevação. Estejamos abertos a uma vida fundada no ser. Neste
sentido a sociedade emergente de Maffesoli aproxima-se do concreto. A
pluralidade do ser possibilita que nos coloquemos no início de um novo começo.
Além de compartilhar toda esta visão do momento, Renard e Bertin ainda
responderam perguntas feitas pela plateia.
Juliano Dornelles
Nenhum comentário:
Postar um comentário