Em minhas experiências pessoais com produção de conteúdo multimídia, tenho aprendido a cada dia que há muitas coisas envolvidas na comunicação além da tecnologia mediadora, dos emissores, dos receptores e da mensagem. Muito além dos ruídos e da linguagem. Há uma comunhão espiritual por trás do processo comunicacional.
A comunicação nos coloca frente a frente com a informação, o novo conhecimento, o relato, o testemunho, o ponto de vista, a crítica e muitas outras revelações que podem mudar ou simplesmente fortalecer nossa maneira de pensar e ver o mundo. Interferindo, muitas vezes, não só na razão, mas também na emoção.
Quando somos colocados a par de uma informação, comungamos aquele conhecimento e sentimento seja ele bom ou mal. Nos aproximamos do modo de sentir e pensar das outras pessoas que compartilham da mesma informação e conhecimento.
Sim, comunicação é comunhão. Mas não apenas da realidade vivida pelas personalidades reais. Mas também do mundo imaginário e da ficção. Em que autores vestem seus personagens, sendo eles o seu 'mesmo' ou o seu 'outro'. O seu 'igual' ou o seu 'contrário'. Nenhum destes ou, quem sabe, um pouco de cada.
Criamos um mundo paralelo. Damndo vida a seres que nascem da construção literária, cinematográfica, plástica ou musical. Incorporamos tais entidades. Duplicamo-las e repartimo-las. Multiplicando-as ao dividi-las. Para que mais pessoas possam comungar da mesma informação, conhecimento ou estado de espírito.
A informação e a comunicação podem aproximar ou afastar. Depende do que é dito e de como é dito. Se é falado pelo indivíduo real, ou representado por um de seus personagens. Se vem do fundo do coração ou apenas da boca pra fora.
Sim, a comunicação tem o poder de transformar o estado de espírito. A informação e o conhecimento ampliam nossos horizontes. Ampliam o alcance da visão. E nos possibilitam ver por outros ângulos. E sentir de múltiplas formas além da imaginação. Tornamos o mundo imaginário, real. E vivemos o mundo real por vezes imersos no imaginário. Sim, a comunicação pode ser vista como a magia que dá vida singular ao coletivo tornado-o comungável em cada pessoa como indivíduo.
J.P.D.
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