segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Configurando Network


Ao andar pelas ruas da cidade percebo o quanto as pessoas estão cada vez mais conectadas. O contato pessoal, por telefone, torpedo e internet móvel está presente em todos os lugares. Nas praças, shoppings e calçadas. Conhecemos pessoas todos os dias. Algumas que nunca mais iremos ver pessoalmente. E mesmo assim, anotamos números de celular e contatos virtuais. Em meio a toda esta multidão conectada, sinto a necessidade de formatar uma lista de contatos.

Esta olhando minha lista do Facebook e percebi que ali havia pessoas as quais não conheço pessoalmente. Pessoas que encontrei uma única vez e resolvi salvar os contatos. Pessoas que me adicionaram pelo simples fato de termos trocado algumas mensagens em uma sala de bate papo ou rede social pró-relacionamentos e termos sentido alguma afinidade, por vezes, passageira. Então refleti sobre o procedimento correto na hora de adicionar ou aceitar alguém em minha lista de contatos. Salvar um número de telefone. Ou fornecer contatos como e-mail e perfil de mídias sociais.

Hoje em dia vivemos em um mundo que supervaloriza qualidade e quantidade. E pensando sobre estes dois fatores, em relação a uma lista de contatos, percebi que a qualidade do network é um diferencial que transcende, em alguns casos, a importância da quantidade de contatos. É certo que os dois fatores são importantes, ainda mais quando estamos no mercado disputando clientes e parcerias. Mas sejamos racionais nesta reflexão.

Imaginemos duas situações referentes à lista de contatos de um homem solteiro que busca companhia pra curtir o fim de semana. No primeiro caso o indivíduo tem uma dúzia de conhecidas na lista de contatos. Algumas moram longe, outras são casadas, há aquelas que não tem afinidade nenhuma, são comprometidas ou se ocupam todo fim de semana com outras atividades. Diríamos que esta lista de contatos, apesar de numerosa, deixa a desejar na eficiência. Na segunda situação, imaginemos o mesmo jovem com apenas um contato. A pessoa certa que mora perto, está disponível, tem afinidades e gosta de sua companhia. Neste caso a qualidade do network supera em eficiência a quantidade.

O mesmo poderíamos dizer em relação a uma empresa que contrata vinte funcionários os quais desconhecem as soluções ideais à demanda do negócio. Em outra situação, a mesma empresa contrata três pessoas que dominam o assunto e sabem o que fazer. Podemos pensar ainda em relação a um time de futsal com trinta jogadores pernas-de-pau no elenco em relação a outro com dez jogadores medianos a craques. 

Assim, muitos internautas lotam os respectivos perfis nas redes sociais com pessoas as quais nada compartilha na interação, ou tampouco divide momentos reais face-a-face. Apesar de este ser um caso comum hoje em dia, percebemos o amadurecimento dos internautas em relação ao uso das redes sociais. Muitos usuários vêm aprendendo que ter um grupo seleto de amigos de convivência real é um tanto mais satisfatório do que somar contatos que nada nos acrescentam, ajudam ou compartilham.

Mesmo assim, é normal que muitos internautas continuem adicionando, em seus perfis, pessoas com as quais jamais irão trocar mensagens. E o mesmo fazem em relação aos números de um celular para os quais jamais irão ligar. E isso acontece pois ainda sobrevalorizamos a quantidade, mesmo sabendo que a qualidade nos é o diferencial mais eficiente.

J.P.D.

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