quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Televisão do futuro


Na primeira década do milênio, pesquisadores do mundo inteiro se propuseram a tentar prever como seria, como vem sendo e como será, a televisão do futuro. A grande maioria atentava ao crescimento do número de canais por assinatura. E a uma televisão mais interativa e integrada à internet. Apoiada na participação em massa do público. Apesar destes tópicos de reflexão terem considerável importância, podemos ir além e observar outros fenômenos.
 
Os fenômenos paralelos à recriação da televisão vão além das inovações tecnológicas da televisão digital. Podemos salientar aspectos de reconfiguração da construção dos programas televisivos. Um dos principais aspectos a serem considerados conforme uma visão pessoal é a absorção da produção audiovisual da internet pela televisão aberta e por assinatura.
 
Além desta absorção de produção, podemos salientar também a construção de programas híbridos. Misturando gêneros e estilos. Verificamos este fenômeno nos telejornais policiais que abordam uma linguagem mais agressiva quando retratam a criminologia e invocam os criminosos como ‘delinquentes’, ‘vândalos’, ‘marginais’ e ‘vagabundos’.
 
Um fenômeno semelhante pode ser percebido em programas que veiculam videoclipes e falam sobre celebridades. Muitas vezes apenado fortemente ao sexo. Em colocações que há algum tempo seriam consideradas atentado ao pudor ou, até mesmo, assédio sexual. Porém, hoje em dia, são recebidas de forma natural e ganham a preferência do publico jovem e adolescente.
 
O que um dia fez o 'Boca do inferno', hoje fazem muitos vlogueiros da internet e VJs da televisão. O fato é que, com ou sem a aceitação do público mais conservador, este tipo de abordagem televisiva e audiovisual vem multiplicando público e programação a cada dia. Eis um fenômeno de recriação da televisão como a conhecemos. Inevitável, real e certeiro.
 
J.P.D.

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