quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Filosofando


Discutíamos, em uma aula de 'Crítica à Razão Tecnológica', a possibilidade de apropriação das idéias. Segundo o mestre, as idéias existem desde sempre no plano metafísico. Cabe aos homens entendê-las. Mas, não poderia o homem utilizá-las, pelo fato de não serem entes físicos. Entrei na questão fazendo a seguinte observação: 'As idéias podem sim ser fruto de apropriação e serem transformadas em entes físicos através de um processo de materialização'.

Após a discussão inicial, nos foram esclarecidos alguns tópicos do pensamento filosófico platônico. A ideia é metafísica, e assim como o pensamento, o sentimento, a consciência, as emoções e a razão, transcende a phisis. 

De algum modo, um ente físico ou metafísico só é legitimado parte do mundo quando definido pela palavra. É o logos que legitima o ente como existente. Mesmo que, antes disso, já pertença ao universo da existência. 

Segundo os behavioristas, as idéias são frutos da ilusão. Na concepção platônica, existiria um mundo das idéias. O que os behavioristas chamam de mundo ilusório. Ou, até mesmo, inexistente. De algum modo, este plano metafísico, em relação ao físico, pode ser comparado ao espírito em relação ao corpo; Ao software em relação ao hardware; Ao imaginário em relação ao real; Etc.

Apesar de minha posição ser diferente do mestre, insisti que as idéias, como entes pertencentes ao plano metafísico, podem influenciar, moldar, construir, agir sobre e transformar o plano físico. Originando produtos e soluções como consequência direta da técnica e da tecnologia. Enfim, o metafísico atua sobre o físico de forma direta, ou indiretamente. Eis uma concepção inicial do que pode vir a se tornar uma teoria. Contudo este é um assunto a ser trabalhado com o tempo.

J.P.D.

Nenhum comentário:

Postar um comentário