Com o leilão dos Campos de Libra do pré-sal, surgem inúmeras questões a serem debatidas. A primeira delas é a do valor a ser recebido pelo Brasil. Alguns jornais ao redor do mundo traduzem a negociação como uma real 'cagada' do Brasil. Ou como diz uma revista alemã: 'Um tesouro por uma pechincha'.
Levando em consideração o fato de que esta negociação é irreversível. E que não há protesto ou manifestação capaz de mudar isso. Precisamos focar nas consequências diretas e indiretas ao país. Em meio a toda esta ansiedade, surge uma segunda questão, de extrema importância. A questão do investimento dos ganhos e da transparência dos gastos públicos.
Na noite de ontem (segunda-feira 21/10), durante a novela das 21h, a presidente Dilma fez um comunicado na televisão aberta. Colocando as intenções de investimento do capital trilhonário a entrar no Brasil. Investimentos estes que, segundo a presidente, priorizarão a educação e a saúde em primeiro e segundo planos respectivamente.
Se levarmos em consideração que o Brasil é um país onde há altos índices de corrupção e desvio de verba pública, surge o risco do mau uso do capital entrante com a negociação da extração de óleo nesta região do pré-sal. Neste mesmo contexto surge a necessidade de vigilância do emprego e destino da verba pública.
Neste sentido, cabe a nós, brasileiros, cobrar do governo maiores possibilidades de acompanhamento do uso dos recursos financeiros do Brasil. Divulgando os mecanismos de transparência já existentes e configurando novos mecanismos. E, sobretudo, acompanhando os investimentos reais do governo nas áreas de destino.
J.P.D.
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