O rock envenena minhas veias. Viagem alucinante conduzindo o pensamento. Entre o grito estonteante da guitarra e o pulso acelerado da batera, ultrapasso a barreira do som. Na velocidade da luz, transcendo o imaginário, indo além dos mundos conhecidos. E lá, nos cosmos virtual do universo interior, encontro a mim mesmo. O incenso queima. Um cálice de energético está sobre a mesa. Despreocupado com a pauta do dia, ou o sentido da vida, simplesmente vivo um segundo de cada vez. No minuto seguinte, transpondo milênios, além do real imaginado. Um vôo rasante; Um passo estonteante; Mergulho em um tempo inaugurado.
Os deuses comungam, em cada gole, o princípio de uma nova era. Inexplicável comunhão. Em que o homem, incluído como voluntário, atende a um recrutamento irrecusável. Entendendo as regras do jogo. Escolhendo atender o chamado. A voz das estrelas, dentro das próprias orelhas, dizem pra consumar o que já está arrumado. Os mitos, entre gargalhadas e gritos, mantém-se despreocupados. Em muitas batalhas, lutando juntos, lado a lado. Onde a paz é o prêmio à sabedoria. E nem tudo, o que for entendido, pode ser explicado.
A imanente transcendência, do certo e do errado. Do bem e do mal. Do peixe-pescador e do pescado. Sim, chegamos ao começo. Bem vindos ao virgem aquário. A ser povoado e desbravado. Cravamos a bandeira, em território marcado. Agora é a vez, do filho-pai ser legitimado. Criador e criatura, peixe e pão multiplicados. O pós-humano emerge em desenvoltura. Descobre-se ilimitado. Eterno, amante e apaixonado. Construtor, cientista e mago. Poeta em prosa e verbo conjugado. Pra dizer em verso consumado: Bem vindos, irmãos e iniciados.
J.P.D.
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