segunda-feira, 10 de junho de 2019

O espírito evolui no mundo em transformação



Certo que o mundo está se transformando. Assim como o espírito evolui. Desde a invenção da escrita. Quando a história teve seus primeiros registros. Desde a invenção do tacape ao canivete suíço. Quando os coletores e caçadores tornaram-se agricultores e pecuaristas. Desde a prensa de Gutenberg às impressoras 3D. Desde a criação dos correios, passando pelo e-mail, à invenção dos emoticons. Nova linguagem que emerge das figuras visuais. Símbolos que incorporam novos alfabetos. Nisto, você também mudou.

A televisão agora está no celular. O conhecimento está na web. O www se torna o novo 666. Inferno e paraíso onde tudo é compartilhado. Encontrado, comprado ou vendido. A calculadora, o relógio, o rádio e a lanterna. Tudo está no smartphone. Mas isto não é novidade. Salvo quando entender que o conhecimento foi digitalizado e virtualizado. Ninguém mais decora número de telefone. É mais fácil clicar o nome salvo na agenda. 

Em dez anos, os táxis perderam pessoas para o Uber e Cabify. As locadoras de vídeo fecharam e os cinemas perderam pessoas para o Netflix. As rádios e a televisão aberta, para o Youtube. Os veículos de comunicação tradicionais, às mídias sociais. Os classificados, ao Olx. Os briques, ao Mercado Livre. As baladas, aos sites de relacionamento. As bibliotecas e enciclopédias, ao Google. Os mapas, ao Gps. O Gps, ao Waze. A rede telefônica, ao Messenger e Whats app. No entanto, as velhas tecnologias, embora obsoletas, insistem em pôr os conservadores tradicionais para sentar com seus relógios de pulso e jornais de papel. Vivemos entre dois mundos. 

O certo é que, quando estamos interagindo nas mídias, estamos tocando em banda. Mesmo sabendo que a interação virtual jamais será comparada ao contato pessoal. Contudo, cada vez mais, o espírito virtualiza suas relações. Relações interativas, de consumo, lazer ou aprendizagem. Por vezes, ainda temos escolha. Em que mundo vivemos? Não se trata do pós-humano. Mas do pós-analógico ao pós-tecnológico ou pós-digital. Aquele que retoma as interações face-a-face. Ou prioriza o que é do espírito. 

Ainda bem que temos o arbítrio. Eventualmente, podemos escolher. O que fazer ou onde ir. Mas é impossível fugir do tempo. A quarta dimensão. Melhor pensar diferente que produzir apenas mais do mesmo. A inovação bate de frente com o hegemônico. O tradicional. Desafiando a moda atual. Abrindo novos caminhos. 

Pensar diferente. É justamente isto que muda o mundo e transforma vidas. Mas nem sempre temos escolha. Contudo, ao ter escolhas, temos a oportunidade à mudança e transformação. Não há volta. Sempre em frente, Vamos indo. Estamos lá. Estamos chegando. Estamos aqui. Nós viemos. Continuemos indo. Da virtualização do saber à espiritualização do ser. O espírito compreende-se como espírito em evolução. No mundo em plena transformação.

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