Na era da
convergência tecnológica estamos criando novos modelos de interação. Interação
multimídia. Se antes mandávamos telegramas, cartas pelo correio, falávamos em
telefones fixos ou utilizávamos sistemas e linguagens de comunicação como o
código morse via ondas de rádio, hoje fazemos tudo isso ao mesmo tempo. Quer
dizer; Fazemos muito mais e melhor.
Não há
mais porque sagrar um dia ao sol e outro a lua. José estuda nos domingos
de manhã e Jesus trabalha nos sábados a tarde. Todo dia é dia. E toda hora é
hora. Mas se você preferir pode cortar as unhas na quinta e não pagar
contas na segunda. As divindades hoje têm perfil no Facebook, produzem conteúdo
multimídia em blogs, postam vídeos no YouTube e conversam no messenger. A
convergência midiática não é só uma transformação tecnológica, mas
uma transformação na identidade das pessoas. E nas nossas relações com o
infinito, seja no real ou no imaginário.
A
convergência é, sobretudo, uma mudança de comportamento. Uma mudança na
interação interpessoal. E, sobretudo, uma mudança nas relações intrapessoais.
Nós, conosco, em nossa relação. Enquanto os meios evoluem, evoluem também os
indivíduos e a sociedade. Evolui a relação da sociedade com o cosmos e o meio
ambiente. Enquanto a tecnologia é mediadora das relações entre as pessoas, as
pessoas mediam as relações entre o Universo e tudo que nele existe. Aliás,
pessoas são universos singulares, particulares e também universais.
J.P.D.
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