Percebemos as transformações ocorrendo em nosso mundo. Tanto no ecossistema quanto nas relações humanas. Após a era da informação, podemos dizer que entramos na era da conexão e da interação. Sim, estamos todos conectados. Stanley Milgram afirmava no século passado que 'estávamos' a seis graus de separação de qualquer outra pessoa no mundo. Em tempos de Mídias Sociais, acredito que se repetíssemos o experimento de Milgram no Facebook chegaríamos a um número menor ainda.
Isso quer dizer que alguém que eu conheço pode conhecer o Papa, o presidente dos Estados Unidos ou camisa 10 da seleção brasileira; Ou no mínimo conhecer alguém que conhece tal personalidade. Sim, os graus de separação entre as pessoas reduziram. Sei que isto é uma hipótese, que há de ser comprovada ou derrubada em breve.
Contudo, lembrando Mark Granoveter sobre as redes, podemos dizer que, agora mais do que nunca, vivemos em 'mundos pequenos'. Sim, é isso mesmo. Bairros, cidades, redes sociais virtuais e demais grupos de interação cosmopolitas e repletos de multiplicidades. Espaços onde circula o conhecimento ao mesmo tempo que é criado. Espaços de debate e exercício do quarto poder por pessoas comuns.
Sim, a Ágora grega renasce no ciberespaço. A cibercultura surge como a 'cereja no bolo' da globalização e mundialização da cultura. Os dispositivos móveis e as redes de interação eliminam fronteiras. Enquanto a inteligência coletiva ganha vida a cada informação compartilhada. A exposição exacerbada dos indivíduos transparece no compartilhamento de suas individualidades. E na narrativa que constrói e legitima suas subjetividades.
Estamos todos conectados. É fato. Impossível voltar atrás. Agora é pra sempre. Precisamos sim perceber estas transformações, inserindo-nos no mundo interativo e incluindo nossa experiência e visão de mundo neste espaço de múltiplos ângulos de observação.
Impossível negar que vivemos na era da conexão total. Da realidade virtual que comunga o real com o imaginário. Que transforma a ficção em realidade. Da percepção de 'alguns muitos' para o bloco de anotações, para as telas do cinema, para as prateleiras do mercado, para os bolsos dos consumidores sedentos pelo novo, para uma foto compartilhada em tempo real em uma rede social qualquer, para a lista de compras de outros consumidores e assim por diante.
A criação é contínua, interativa, colaborativa, cooperativa e conectada. À imagem e semelhança do criador. Interativo, colaborativo e conectado. Sim, estamos todos conectados. E se estas transformações são irreversíveis, precisamos olhar pra frente, compreender o que está acontecendo para saber o que fazer com tudo isso. E como tirar o melhor proveito deste universo cada vez mais virtual e real.
J.P.D.
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