Na era da internet e dos dispositivos
móveis, surgem a cada dia novas celebridades. Blogueiros, Twitteiros e
Vloggers vêm somar conteúdo nas mídias sociais diariamente. Pessoas que revelam
outras habilidades por trás da formalidade dos trabalhos que desempenham no
mercado. Isto revela a capacidade da Web, e, sobretudo as Mídias Sociais de
lançar novos talentos a cada dia.
É difícil imaginar que estudantes,
professores e outros profissionais, em algumas horas do dia libertam-se das
normas e regras das empresas em que trabalham para produzir cibercultura.
Alguns investem na linha humorística, outros na crítica social. Uns de forma pacífica
e outros de forma mais agressiva. Mesmo com tanta diversidade há espaço para
todo tipo de personalidade.
A web não exclui, mas sim permite a
inclusão dos diferentes. É na web que os diferentes se fazem iguais. As
tecnologias estão disponíveis para todos da mesma forma. Criar um canal de
vídeos no YouTube, um perfil no Twitter e uma página no Facebook, é fácil,
simples e rápido.
Do anonimato à popularidade é questão
de alguns cliques. Desta forma, novos atores sociais surgem a cada dia. Visões
alternativas da imprensa underground. Um novo formato de trazer informação.
Comunicação em tempo real. De muitos para muitos. Deste modo, a todo momento
personagens emergem do anonimato para o acesso em massa do público virtual
conectado.
Há os que se sentem coibidos a postar o
que pensam, pois acreditam que outras pessoas fossem confundir suas
participações individuais nas redes sociais, com
seu profissionalismo nas empresas em que trabalham. Apesar de que
para o profissional competente importa o que faz em relação ao seu trabalho, e
não o que faz fora dele (na web ou em qualquer lugar desde que não envolva o
nome da empresa ou instituição de que participa), ainda há este medo,
principalmente da pessoa de uma faixa etária maior. O que para os mais velhos
seria visto como responsabilidade, para os jovens é visto como conservadorismo.
Apesar de tudo, há o outro lado da
moeda. Uma exposição exacerbada pode sim prejudicar a imagem do indivíduo. Vídeos
de sexo, bulling, bebedeiras e uso de drogas podem marcar o internauta. Nestes
casos muitas oportunidades se esvaem nas empresas mais conservadoras, e
digamos... empresas com pensamento 'acaico'. De outro lado, empresas inovadoras
como a Mycrosoft, O Google ou a Apple estimulam a liberdade de expressão. A
participação de seus funcionários nas Mídias Sociais. Não importando o tamanho
do impacto de suas exposições midiáticas, mas sim somente a sua produtividade
na hora do 'pega pra capar'.
Mesmo com tanta preocupação das
empresas e instituições conservadoras em relação à exposição de seus
funcionários na Web, a proibição e contenção da liberdade de expressão não
impede a disseminação dos atos. Fazer uma crítica social na web, ou um vídeo de
humor contando uma piada de português ainda é menos prejudicial do que encontrar
o filho do seu chefe numa casa de swing ou numa boca de fumo. Mas cada um na
sua, cuidando do próprio nariz.
Apesar dos pesares, ainda há esta
preocupação com a imagem e exposição. Que pra mim, convenhamos, é uma forma de
limitar a criatividade e a expressão. Acredito que as empresas proverão de
funcionários mais produtivos quando deixarem de se preocupar com o que eles
fazem fora do horário de trabalho. De outro modo a sociedade se constrói com
participação. O ideal é dosar com equilíbrio a exposição, a crítica, a ironia e
a responsabilidade.
J.P.D.
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