sábado, 30 de junho de 2012

Uma nova concepção da espécie


Estudiosos do terceiro milênio apresentam uma evolução da concepção da espécie humana. Alguns autores apresentam os seres humanos como personificações mitológicas do real e do imaginário. A educação e a busca pelo conhecimento tem aprofundado o entendimento sobre a espécie dos Homo Sapiens. Que agora começam a ser entendidos como uma unidade múltipla e uma multiplicidade única.

Segundo Edgar Morin, os seres humanos são uma concepção de 'paixões, emoções, dores e alegrias'. Morin ainda afirma que estamos numa era de emancipação do controle da racionalidade. Contudo, 'não se trata de abandonar o conhecimento das partes pelo conhecimento das totalidades, nem da análise pela síntese; é preciso conjugá-las'.

Para Morin 'somos a um só tempo seres cósmicos e terrestres’. Completo esta visão afirmando que cada ser vivo é um universo completo, a menos que subtraia propriedades específicas das identidades dos seres vivos. Morin ainda coloca que há 'uma unidade/diversidade cerebral, mental, psicológica, afetiva, intelectual, subjetiva'. Complemento esta visão propondo que os seres vivos são um complexo de emoções e racionalidades.

Para finalizar, indo um pouco além do autor, inserindo a visão mitológica, imaginária e real, podemos dizer que os seres humanos, além de serem serves vivos, bípedes, mamíferos, vertebrados, pluricelulares aos olhos das ciências, um misto do anjo que desperta, e do demônio que adormece, deuses personificados, filhos de Deus e do infinito, são o que são. Simplesmente pessoas. Em que o mais complexo coexiste com o mais simples. 


J.P.D.

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