Estudiosos do terceiro milênio
apresentam uma evolução da concepção da espécie humana. Alguns autores
apresentam os seres humanos como personificações mitológicas do real e do
imaginário. A educação e a busca pelo conhecimento tem aprofundado o
entendimento sobre a espécie dos Homo Sapiens. Que agora começam a
ser entendidos como uma unidade múltipla e uma multiplicidade única.
Segundo Edgar Morin, os seres humanos
são uma concepção de 'paixões, emoções, dores e alegrias'. Morin ainda afirma
que estamos numa era de emancipação do controle da racionalidade. Contudo, 'não
se trata de abandonar o conhecimento das partes pelo conhecimento das
totalidades, nem da análise pela síntese; é preciso conjugá-las'.
Para Morin 'somos a um só tempo seres
cósmicos e terrestres’. Completo esta visão afirmando que cada ser vivo é um
universo completo, a menos que subtraia propriedades específicas das
identidades dos seres vivos. Morin ainda coloca que há 'uma unidade/diversidade
cerebral, mental, psicológica, afetiva, intelectual, subjetiva'. Complemento
esta visão propondo que os seres vivos são um complexo de emoções e racionalidades.
Para finalizar, indo um pouco além
do autor, inserindo a visão mitológica, imaginária e real, podemos dizer que os
seres humanos, além de serem serves vivos, bípedes, mamíferos, vertebrados,
pluricelulares aos olhos das ciências, um misto do anjo que desperta, e do
demônio que adormece, deuses personificados, filhos de Deus e do infinito, são
o que são. Simplesmente pessoas. Em que o mais complexo coexiste com o mais
simples.
J.P.D.
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