As redes sociais tem ganhado cada vez
mais espaço no tempo dos internautas. Como já sabemos o Brasil é o país com
maior número de horas de acesso às mídias sociais em todo o mundo. Apesar das
redes temáticas terem maior importância, os sites de relacionamento estão
ganhando cada vez mais espaço neste mercado. No entanto
observa-se consequentemente uma superficialização dos laços afetivos.
Muitas pessoas entram nas redes sociais
sem intenções de prosperar em um relacionamento. Dificilmente se envolvem ou
dão exclusividade. Muitos só querem uma companhia esporádica. Poucos investem
em um planejamento conjunto para o futuro. Alguns encontros partem para as
relações sexuais com facilidade. Percebe-se um risco de proliferação de doenças
e gravidez sem planejamento prévio. Além do perigo de violência, ou a situação
em que as pessoas são tratadas com objetos sem valor.
Além de todo este risco, nota-se o
crescimento das relações de afeto superficial. Sem compromisso, impulsionadas pela
libido sexual. Apesar de tudo isso, encontramos, mesmo que em raros casos,
pessoas que têm intenções de construir uma vida conjunta em prol da evolução e
do bem comum.
Não querendo ser pessimista sigo
acreditando no romantismo. Tenho certeza que há outras pessoas que compartilham
desta mesma posição. Neste sentido precisamos buscar pessoas com afinidades.
Pessoas que estudam e trabalham, preferem a companhia de pessoas que estudam e
trabalham. Pessoas que praticam esportes e tem uma vida saudável, longe do
álcool e da boemia, também se atraem por aqueles que têm os mesmos
interesses. Esta é uma tendência consciente e natural.
Tenho observado todos estes aspectos a
partir de um trabalho que venho desenvolvendo como pesquisador desde a
graduação, quando publiquei a monografia 'Tribos do Cyberespaço - Uma questão
de identidade virtual'. Neste sentido as pesquisas seguirão sendo realizadas
através da netnografia e da observação participativa. Em breve teremos maiores
considerações sobre o tema.
J.P.D.
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