Você já deve ter ouvido aquela música
de Rita Lee que fala que 'louco é quem me diz que não é feliz'. Ou então aquela
ditado dizendo que 'de médico, poeta e louco todo mundo tem um pouco'. A grande
diferença não está na loucura de cada um, mas sim a capacidade de superá-la.
Libertando-se das inconsequências que compartilhamos no caminho. Ser louco é
fácil, qualquer um consegue. Curar-se da loucura é exclusividade de poucos.
Todos experimentamos doses específicas
de loucura. Outros vão além de tudo o que podemos imaginar. Curar o louco
que vive em nosso interior é plantar e colher uma nova vida. Zygmunt Baumam
fala, no livro Modernidade Líquida, que as identidades se recriam a cada momento.
De outro modo revela que voltar ao primeiro grau é simples e fácil. Mas
recriar-se partindo do zero é privilégio de pessoas seletas. Esta segunda opção
é a alternativa revelada pelo autor como a capacidade criadora.
Há quem diga que o Universo surgiu do caos.
O caos criou tudo o que existe. Assim sendo o Mago colocou uma dose de
sua completa loucura em sua poção mágica, recriando assim sua identidade. Deste
modo nascem os novos mitos. A partir da cura do louco que habita no
interior de cada um.
Assim sendo, liberte-se do precipício
que ronda seu caminho. Deixe de prestar atenção nas borboletas. Afaste o cão
que insiste em tentar morder o seu calcanhar. Recrie-se. Este é um privilégio
daqueles que conseguem controlar vícios e virtudes. Um passo de cada vez, e a
magia procede.
J.P.D.
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