segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Acordei no futuro



Era mais ou menos meia noite e meia. Desliguei o computador. Fiz a higiene bucal, Liguei o ventilador de teto. Apaguei as luzes. E em poucos minutos adormeci. Mas não para acordar no dia seguinte. E sim, três mil anos no futuro. 

O sol intenso e avermelhado bateu forte em meus olhos. Abri-os e percebi estar em outro território. Um território desconhecido. Estava em uma espécie de barraca de lona. Em uma região desértica. Olhei pela abertura e percebi que não estava só. Naves sobrevoavam o lugar. E criaturas estranhas, híbridos de mutantes e ciborgues, me vigiavam.

Em primeiro momento, fiquei apreensivo. Me acalmei ao notar que eles falavam a minha língua: 'Tudo bem, humano; Como foi a viagem?' - Perguntou um deles. Respondi com a mais óbvia das perguntas: - 'Onde estou?'

O ser humanoide que me questionava respondeu: 'Estás na Terra. No ano de 5.025 do seu calendário' - 'Como vim parar aqui' - Perguntei-lhe. 'Você viajou no tempo. No ano do qual você veio, houve um alinhamento do sol com o centro da galáxia. A data deste alinhamento aparecia no calendário Maia equivocadamente antecipada em doze meses. Alguns humanos chegaram até o nosso ano. Porém a grande maioria não suportou a viagem no tempo'.

'E quem são vocês'- Perguntei. 'Somos a evolução da espécie humana. O que os filósofos do seu tempo previam como o pós-humano. Fruto de mutações genéticas forjadas pela sua espécie'. Perguntei-lhes então se havia como voltar no tempo. O ser humanoide falou: 'Não há mais volta. Terás de seguir conosco. Em nossa nave'.

Assustado, perguntei-lhes: 'Que nave?' - 'A nave Terra' - Respondeu-me o pós-humano. E ainda disse: 'Gostaria que me acompanhasse até o nosso líder'. 'Ok' - Respondi-lhe.

Chegando até o senhor daquele povo, ouvi-o dizer: 'Seja bem vindo, humano. Tu és a chave às nossas perguntas'. A partir dali, percebi que enfim poderia ajudar alguém de algum modo. Porém ainda me perguntava como.

J.P.D.

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