Conforme colocam os especialistas em dependência química, esta é uma enfermidade que não tem cura. Considero esta colocação, comum entre os psiquiatras, nada estimulante àqueles que buscam a libertação. Mas precisamos tentar entender. Quando se fala e não ter cura, a medicina quer dizer que não há como um adicto de álcool, tabaco e demais drogas, uma vez tomado pelo descontrole do consumo, tornar-se um consumidor social livre de maiores consequências. O que busca-se com os tratamentos é a abstinência. O controle da dependência a partir do ato de deixar de consumir tais substâncias.
Apesar de muitos usuários apontarem as condições sociais e problemas familiares como os causadores da dependência, sabemos que há muitos jovens oriundos de boas famílias, que desfrutam de boa educação, e mesmo assim se envolveram com o uso. A grande maioria por curiosidade, ou para serem aceitos como iguais no grupos de amigos aos quais pertencem.
No caminho da abstinência, muitos tratamentos buscam o fator que iniciou este consumo. A causa para esta experimentação. E o que fez do ato de experimentar tornar-se um vício de uso cotidiano. Agindo diretamente naquilo que estimula o uso. Muitos estudos colocam que o caminho à abstinência passa por uma revisão de valores e uma consequente mudança de atitude.
Grupos como Narcóticos Anônimos e Alcoólicos Anônimos recomendam que o usuário evite frequentar lugares que o estimulam ao consumo. Assim como desvincular-se de amizades que compartilham as substâncias. O relato dos usuários que conseguiram superar os momentos difíceis aponta ainda para uma atitude no sentido de procurar atividades que desafiem o desenvolvimento. Como o trabalho, o estudo, a prática esportiva, a espiritualidade e os relacionamentos promissores.
O tratamento tem maior chance de dar certo quando a busca pela abstinência parte do próprio usuário. Porém, nota-se uma certa dificuldade por parte de alguns jovens de assumir a dependência e pedir ajuda. Outro problema que dificulta a recuperação dos usuários é o fato de que a sociedade estimula o consumo de álcool. Assim como a vida boêmia e as festas noturnas naturais da juventude. E como colocam os grupos de auto ajuda, estes são alguns dos principais inimigos da recuperação.
O que desejo colocar é que para a sociedade ter sucesso nesta luta, será preciso rever a postura que tem em relação ao álcool. E consequentemente aos ambientes que estimulam o seu consumo. A verdade é que um jovem sóbrio, consciente e longe do álcool tem maiores chances de abster-se da drogadicção. O principal de tudo isso é que a recuperação é possível. Contudo precisa de força de vontade, decisão e determinação. Além do apoio da sociedade como um todo.
J.P.D.
Pra vencer a luta pró libertação e sobriedade total, a sociedade precisa evitar o estímulo ao consumo de álcool. Pois este também é nocivo à saúde. Ser livre e saudável é não depender de nenhuma substância química pra ser feliz.
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