A sociedade é uma máquina que fabrica deuses. Onde emergem as celebridades a comercializar seus caminhos pré-formatados e construídos sob medida. Indivíduos emergem do anonimato e ganham a cena ao disponibilizar em rede suas histórias pessoais.
De
toda forma a sociologia compreensiva representa um perigo. É preciso
compreender pra explicar. E só podemos entender a sociedade se entendermos o
indivíduo.
Ao
nos depararmos com a realidade de outras pessoas, enxergamos no outro um igual
ou um oposto. Um semelhante ou um diferente. De algum modo, nos encontramos no
outro e o outro se encontra em nós.
Ao
assistir determinados programas televisivos ou ao consumir determinados
conteúdos na internet, acabamos sentido o que os protagonistas das histórias
compartilhadas sentem. Ou o contrário, quando o percebemos como um oposto.
A
semelhança e a diferença se encontra nos semelhantes. E tudo está na televisão.
E, agora mais do que nunca, na internet. Notamos o interesse pela exposição e
consumo da vida privada quando navegamos em sites de mídias sociais como Facebook,
Google Plus, Twitter e YouTube. Pessoas comuns compartilhando episódios de seus
cotidianos.
Desta
forma o cotidiano se transforma em objeto de consumo. Há um desenvolvimento da
sensibilidade em torno da temática do imaginário popular. Consumimos, tanto
histórias sobre homens do passado quanto homens do presente. Está tudo
arquivado em rede. E tais arquivos contribuem para que mantenhamos o resgistro
das memórias de nosso tempo.
Os
blogs e vlogs da internet são tão importantes quanto os programas televisivos
no que tange ao caráter de registro de memória de nossa época. De toda forma
ainda há aqueles que se escondem e evitam expor-se nas plataformas de mídias
sociais.
O
fato é que desejamos saber mais sobre tudo e todos. Neste sentido a
transparência e a visibilidade facilitam este processo de compartilhamkento e
consumo. A hiper-realidade relaciona as identidades e vidas compartilhadas e
consumidas. O ciberespaço se torna uma grande vitrine. Um grande cardápio. Com
modelos de vida e caminhos os quais podemos escolher, adaptar e incorporar em
nosso dia-a-dia.
O
saber passa a ser produzido de forma coletiva e individual simultaneamente.
Estamos todos trabalhando em rede. E contribuindo com a construção do indivíduo
e da sociedade pós-moderna.
Em
um mundo hiper-globalizado reunimos informações sobre os mais distintos assuntos.
Tomamos pessoas como referenciais. E nos apropriamos de tudo o quanto for
compartilhado em rede.
Nós,
consumidores de conteúdo multimídia, nos tornamos também produtores de
conhecimento. Compartilhamos informações sobre os mais distintos assuntos. E estamos
cada vez mais interessados em consumir histórias sobre o cotidiano e a vida de
outras pessoas. O mundo multimídia se tornou um grande show compartilhado.
J.P.D.
J.P.D.
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