quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

A aprendizagem e o saber


Durante a jornada, tenho descoberto a importância da aprendizagem. Mesmo quando temos acesso à instrução desde cedo, algumas noções começamos ter após certa idade. A partir do que chamo de despertar da consciência. Um fortalecimento do discernimento entre o certo e o errado a partir das consequências da experimentação pessoal.

Quando criança, nos acostumamos a ouvir instruções dos pais tais como: durma cedo pra ir à aula, pergunte as dúvidas ao professor, faça o tema de casa, se alimente bem, pratique esportes, seja educado com as pessoas, agradeça, peça licença, peça desculpas, etc. De outro lado, recebemos instruções tais como: 'não brincar com fogo', 'não brincar com facas', 'não colocar o dedo na tomada', 'não brigar com os amigos', 'não conversar com estranhos'... Entre outras.

Em relação às instruções proibitivas, o certo é que muitos de nós só teve a real noção sobre o sentido de: 'o fogo queima', 'a faca corta' e a 'eletricidade dá choque', quando experimentamos pela primeira vez 'colocar a mão no fogo', 'brincar com a faca' e 'por o dedo na tomada'. O que traduz o conhecimento empírico como a abertura das portas da percepção e da sensibilidade complexa.

O fato é que cada pai e cada mãe tem um modo de passar a instrução aos seus filhos. Alguns optam pelo método da exemplificação. Outros da explanação. Há aqueles que gratificam as atitudes corretas. E outros que preferem coibir os erros. 

Ao certo há uma necessidade de colocar o caminho do bem como o caminho certo. O caminho do respeito mútuo. Da preservação do corpo e alma nas atitudes que acrescentam e edificam. De qualquer modo, a cada momento vivemos uma nova fase de descoberta. E muito do conhecimento que incorporamos só é solidificado a partir da experimentação. Principalmente aquele que inclui as faculdades sensitivas, psicológicas e espirituais.

Neste contexto, muitos estudiosos dividem a pesquisa em partes. Uma delas se resume ao garimpo bibliográfico. A outra, ao experimento propriamente dito. Partir à prática possibilita a capacidade de observação, percepção e construção de conceitos e conclusões próprias. Resumindo. A capacidade de ir sozinho atrás das respostas, que novas perguntas nos solicitam a cada dia, faz a diferença.

Fazer o certo porque é certo. E o bem porque é bom. Segue sendo o principal indício de sabedoria. O que acontece em cada escolha varia em cada caso, momento e situação. O certo é que seguir o conhecimento, colocando-o em prática, é ser prudente e sensato. Independentemente se este conhecimento provém da instrução, do estudo, da experimentação, ou da soma de cada uma destas fontes. O sábio pratica conhecimento.

J.P.D.

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