sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Investimento Consciente


'Dê-lhes pão e circo e lhe serão eternamente gratos' - Disse Maquiavel ao príncipe em relação a sua estratégia para distrair o povo. Apesar de não ser este o tema deste texto, quero aproveitar o gancho e dizer que hoje em dia vivemos uma situação de distração semelhante. Falo de um distração a si mesmo. Numa situação em que o homem é o lobo do homem. Onde boa parte dos trabalhadores gastam os respectivos recursos de maneira equivocada. Sei que esta não é uma realidade generalizada. Alguns de fato precisam de melhores condições. Enquanto, de outro lado, há aqueles que ganham muito mais do que podem gastar.

Apesar destas contradições, uma parte dos brasileiros mostra que está acordando. Enquanto outros permanecem adormecidos. É uma realidade preocupante. Há casos em que culpar a sociedade seria um erro cruel. Em boa parte das situações, os indivíduos são responsáveis pelas escolhas que fazem. Às vezes por falta de instrução. E outras por teimosia. O fato é que  estas escolhas fazem a diferença e precisam ser trabalhadas. 

É triste ver trabalhadores preferindo comprar um cigarro avulso a um pão francês. Uma garrafa de cachaça a um quilo de arroz. Muitos economizam na comida para poder manter vícios destrutivos. Jovens supervalorizando festas e a boemia. Por vezes esquecendo de ir às compras de forma consciente. E investir naquilo que realmente precisam. Ou naquilo que possa lhes render lucros maiores.

Há alguns dias fiz uma comparação; Entre o que gastaria em uma festa tradicional em Porto Alegre (transporte, entrada, bebida e um lanche no fim da noite); E o que, a mesma quantia, poderia render em compras num supermercado. Percebi que, com o valor médio gasto pelos jovens em uma 'balada', é possível encher um carrinho de compras com alimentos, produtos de higiene e limpeza. Isto mostra uma grande diferença entre o investimento consciente e o investimento destrutivo dos próprios recursos. 

Sei que seria muito exigir que todo trabalhador tenha esta consciência. De que é possível aplicar de maneira inteligente os respectivos ganhos. O preocupante é o fato de que muitos se perdem ao dar importância a prazeres secundários. E nestes casos uma revisão de prioridades pode transformar o contexto em que o indivíduo vive. É preciso lembrar que, em alguns casos, os erros e os acertos provém das escolhas que fazemos. Façamos então as escolhas certas.

J.P.D.

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