Hoje aproveitarei este espaço pra fazer um pedido e um protesto, relacionado aos inúmeros outros protestos que presenciamos no Brasil e no mundo. É natural que lutemos pelos nossos direitos. Pelo cumprimento da lei. Pela liberdade de expressão. Pelo bom uso das verbas públicas. Pelo respeito entre as diferenças. Enfim, por tudo aquilo que possa engrandecer a humanidade e favorecer ao desenvolvimento social igualitário. Porém precisamos rever as formas como protestamos.
Soltar a
voz e o verbo é necessário. Contudo percebemos o mau uso dos direitos humanos,
quando ao reclamar por mais direitos, viola-se o espaço do outro expondo
indivíduos e cidadãos. Precisamos lembrar que o direito de cada um vai até onde
começa o direito do outro. A liberdade de expressão requer respeito. Podemos e
devemos protestar em nome das causas que defendemos e acreditamos, desde que
respeitemos aqueles que pensam, agem ou se colocam numa posição
diferente.
É certo
que cada um tem a sua posição definida. E que em alguns casos é necessário sim
'dar nome aos bois'. Principalmente quando há má conduta. De outro modo, quando
se trata de protestar em relação a atos e comportamentos, a crítica indireta e
generalizada é a melhor escolha. Pois preserva nomes e personalidades.
Salvo quando houver criminosos a serem punidos. Precisamos distinguir cada
situação.
Outro
fator que considero importante é a revisão dos protestos não pacíficos.
Depredação do patrimônio público. Invasão de espaços privados. Violência contra
as minorias. Agressão pessoal direta. Entre outras modalidades errôneas de
protestar. Precisamos distinguir, por exemplo, a diferença entre reforma
agrária e invasão de terras. Podemos e precisamos protestar quando há abuso de
poder público ou corrupção, porém, sem depredar o patrimônio público ou agredir
pessoas.
Os meios
de comunicação precisam sim fazer denúncias quando há violação da lei. Em
alguns casos é conveniente que, nós comunicadores, sejamos mais enérgicos
em nossas críticas. Porém, com respeito aos direitos dos outros, quando houver
apenas distinção de comportamento. Podemos lutar, por exemplo, pela recuperação
dos dependentes químicos sem citar nomes e expor diretamente aqueles que
precisam mais de ajuda do que punição. O que é muito diferente do combate ao
tráfico. Neste caso precisamos contribuir para que cumpra-se a lei.
De algum
modo, aqueles que violam a lei serão cobrados pelos delitos que cometerem. Peço
que a massa, e principalmente nós jornalistas, blogueiros e vlogueiros, sigamos
protestando. Pela moral; Pela boa conduta; Pelo trabalho digno; Pela educação
de qualidade; Pela saúde social; Pelo respeito mútuo; Pela inclusão total; E
pela liberdade de expressão.
Sigamos
nossa vigília e luta pelos direitos humanos, sociais, civis e políticos.
Protestando de forma consciente. Respeitando o espaço e o direito de cada um.
Precisamos sim valorizar a boa conduta na esperança de que a sociedade valorize
e recompense aqueles que optam pelo caminho certo.
J.P.D.
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