No wikipedia temos a definição de subjetividade como sendo "o espaço íntimo do indivíduo, ou seja como ele 'instala' a sua opinião ao que é dito (mundo interno) com o qual ele se relaciona com o mundo social (mundo externo), resultando tanto em marcas singulares na formação do indivíduo quanto na construção de crenças e valores compartilhados na dimensão cultural"
Neste contexto, podemos nos resumir de várias formas. Uma delas é pela forma coletiva. O 'somos' pode ser definido sobre aquilo que todos são. Vertebrados, mamíferos, pluricelulares, racionais, bípedes, etc. Enquanto o 'sou' é definido a partir das particularidades. De algum modo a legitimação do 'sou' e do 'somos' compõe-nos no que nos tornamos.
Podemos legitimar infinitos 'sou' dentro do que 'somos'. Biparti-los e inseri-los em subjetividades comercializáveis. Assim criam-se os personagens da ficção, da literatura e do cinema. Assim nascem os mitos e lendas. Contudo dentre tantas características, facilmente incorporadas por qualquer um, há aquelas que nos fazem únicos.
Quando legitimamos o 'sou' e o 'somos ' na pessoa, em vez de atribuir as respectivas características a um personagem, mito ou lenda, estamos legitimando algo único e intransferível. O que é o oposto da generalização de qualidades e características que compõe as subjetividades incorporáveis pela massa.
De algum modo, os dois tipos de subjetividades convivem na sociedade. Aquela que todos somos e aquilo que faz com que sejamos únicos. Certas características são personalizadas. Como exemplo podemos citar a armadura feita sob medida a um determinado guerreiro. Certamente não servirá tão bem a nenhum outro semelhante.
O fato é que as subjetividades são compostas pelos momentos vividos pelos indivíduos. O século em que nascemos e crescemos. As ideias que consumimos e os momentos que experimentamos. Cada experiência. Cada sensação. Cada reflexão. E quando isto tudo é parte integrante de nossa identidade pessoal como indivíduo, podemos dizer que somos dotados de uma subjetividade única composta pelo singular, o particular e o universal.
J.P.D.
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