Como já coloquei antes, em outros textos, sou apaixonado por cinema. Todos os fins de semana aproveito pra assistir filmes, já que tenho evitado sair a noite. Porém confesso que sou leigo sobre o tema. Neste sentido, me inscrevi em uma disciplina do mestrado que aborda o assunto. Buscando então entender um pouco mais sobre esta magnífica arte.
Na primeira aula fui colocado em contato com uma lista de autores cuja
boa parte até então eram anônimos ao meu mínimo conhecimento sobre o tema. No
primeiro texto que li tive o contato com Andreas Huyssen. No texto em questão o
autor coloca a importância do cinema como memória coletiva das sociedades. E a
referência que alguns episódios históricos se tornaram em relação à memória
cultural.
O professor Huyssen, da Universidade de Columbia, coloca o exemplo do
holocausto como referência de genocídio. Tendo se tornado, várias vezes, tema
de filmes e documentário como a Lista de Schindler e muitos outros. Conforme
colocado pelo autor, a memória serve para que nos defendamos do risco do
esquecimento. Desta forma, sendo então a percepção do tempo e do espaço,
importantes no entendimento da cultura.
O autor também cita o crescimento do armazenamento de informações em
mídias como algo que vem ocupando a memória pública. Sendo a memória digital um
fator de risco ao esquecimento. A memória resgatada pela cultura e pela
museologia possibilita um aumento da entropia na percepção das possibilidades
futuras. Ou seja, o passado, quando lembrado, se torna referência para que
evitemos os erros já cometidos e incorporemos os acertos.
Precisamos, neste sentido, garantir o futuro da memória. E os filmes possibilitam,
em parte, este armazenamento, e futuro resgate, do espaço-tempo. Confesso que,
apesar de ter uma preferência por filmes
de ficção, fantasias épicas e sobrenaturais, a partir da leitura deste texto olharei para
os filmes documentais com outros olhos. Porém reconheço que a caminhada será
longa se um dia quiser entender um pouco mais sobre a arte do cinema. No mais,
me resta curtir bons filmes.
J.P.D.
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