Dentre as disciplinas do Mestrado em Comunicação faço uma disciplina da Faculdade de Educação chamada Metodologia do Ensino Superior. Na bibliografia desta aula encontrei ali nosso velho amigo Paulo Freire. Tratei logo de consultar os textos após a aula. E fiquei surpreso, pois, mesmo em uma publicação com quase três décadas, encontrei nos textos, ideias super atuais; Comprovando mais uma vez que Freire estava à frente do seu tempo.
Freire coloca, dentre outras coisas, a filosofia do ensino libertador. Um ensino voltado à participação do aluno. Apoiado na construção coletiva do saber. Partindo da interação intra e extra classe. Interdisciplinaridade. E abordagem de temas comuns em nosso dia-a-dia.
No Livro ‘Medo e Ousadia – Cotidiano do professor’, Paulo Freire , junto de Ira Shor, debate a renovação das técnicas de ensino. Defende a ideia de que o professor deve trazer à aula, temas atuais do cotidiano. Debatendo posicionamentos políticos, valores morais e éticos.
Os autores colocam que a construção do saber do professor não é isolado da construção do saber do aluno. Pelo contrário; Ambas as construções se dão em paralelo. Nas palavras de Freire: "O professor, portanto, não é o ponto final do desenvolvimento que os estudantes devem alcançar. Os estudantes não são uma frota de barcos tentando alcançar o professor que já terminou e os espera na praia. O professor também é um dos barcos da frota”.
J.P.D.
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